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O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Hung

Por: em 1 de julho de 2009

Hung

Por: em

Com um episódio piloto, duas coisas podem acontecer.
Ou ele é bom, ou ruim.
Se for ruim, tudo bem.
Mas se for bom, duas coisas podem acontecer.
Ou dá origem a uma série boa, ou ruim.
Se for ruim, tudo bem.
Mas se for boa, duas coisas podem acontecer.
Ou ela tem uma história capaz de aguentar várias temporadas, ou não.
Se tiver, tudo bem.
Mas se não tiver, duas coisas podem acontecer.
Ou a série fica ruim, ou se reinventa.
Se a série se reinventar, tudo bem.
Mas se ficar ruim, duas coisas podem acontecer.
Ou ela é cancelada ou não.
Se for cancelada, tudo bem.
Mas se não for, duas coisas podem acontecer.
Ou você continua assistindo ou não.
Se continuar assistindo, tudo bem.
Mas se não, duas coisas podem acontecer.
Ou você procura uma nova série, ou não.
Se não procura, tudo bem.
Mas se procura, duas coisas podem acontecer.
Ou você escolhe um novo piloto pra assistir, ou não.
Se não escolhe, tudo bem.
Mas se escolhe, duas coisas podem acontecer.
Ou ele é bom, ou ruim.

(Baseado nos vídeos Na vida de um homem duas coisas podem acontecer e Na vida de um estagiário).

Hung teve um grande mérito nesse piloto, fez com que eu me importasse com o destino daquelas pessoas. Porque as vezes você pode realmente gostar de uma série, mas sem se deixar envolver, sem dar muito valor a vida daqueles personagens que você acabou de conhecer. Com Hung foi diferente. Eu já me importo com Ray, seus filhos, e até com Tanya e Jessica (Anne Heche, irreconhecível). Quero entender melhor o que fez a líder de torcida deixar o melhor jogador e ir morar com o nerd que virou dermatologista. Estabilidade? Amor maduro?

Interpretado por Thomas Jane (meio canastrão em O Nevoeiro), Ray é um daqueles personagens que realmente dependem da boa atuação de seu intérprete. É muito fina a linha entre o esteréotipo, o unilateral, e o complexo, o ser humano real com sentimentos. E eu não sabia que Thomas Jane poderia ser um ator desse porte, foi uma grata surpresa. Ainda mais porque Hung está nas suas costas, se ele fraquejar, Hung fraqueja.

Mas, pra quem ainda não viu o episódio, vale saber que Ray é um técnico de basquete falido, que perdeu a mulher e em seguida os dois filhos no último desastre que se abateu sobre sua vida, o incêndio da sua casa. Frequentando um curso de auto-ajuda, ele decide investir no seu maior talento: seu pênis. E é auxiliado pela colega de curso Tanya, que Ray vai tentar expandir seu “negócio” e dominar o mercado. Sim, Ray tem até uma cafetina!
A estréia de Hung teve uma boa audiência pros padrões HBO, foram 2,8 milhões de espectadores. Se esse número vai diminuir ou não, depende apenas da capacidade da HBO de reinventar a série, porque não acredito que essa premissa possa se manter interessante por muito tempo.

Afinal, se nem a mulher de Ray ficou ao seu lado para sempre só por causa do seu enorme “talento”, porquê nós ficaríamos?

“Ray, it’s so big! Oh my God!”

Por aqui, continuamos assistindo Hung, se quiser acompanhar os reviews, seja bem vindo.


Cristal Bittencourt

Soteropolitana, blogueira, social media, advogada, apaixonada por séries, cinéfila, geek, nerd e feminista com muito orgulho. Fundadora do Apaixonados por Séries.

Salvador / BA

Série Favorita: Anos Incríveis

Não assiste de jeito nenhum: Procedurais

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