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Love Bites

Por: em 11 de junho de 2011

Love Bites

Por: em

Pode até ser uma boa série para quem gosta do formato ao estilo de Idas e Vindas do Amor (título brasileiro – e grosseiro – do lixo Valentine’s Day). Eu não gosto nem um pouco, por isso minha experiência com Love Bites acaba no piloto. Porém, antes de dizer adeus a série farei minhas considerações.

O meu interesse por Love Bites atendia pelo nome de Becky Newton. Não tanto pela atriz, mas por ela ter interpretado a Amanda de Ugly Betty, uma das minhas séries favoritas. A Amanda era a melhor personagem do elenco, super engraçada, debochada e, às vezes, cruel.  Eu ri durante quatro anos com ela. A Amanda era a típica coadjuvante que rouba a cena (quase todas as séries têm uma). Tendo em vista o sucesso da atriz com a personagem, nada mais justo que lhe conceder uma série, no caso, Love Bites.

O problema é que Love Bites é muito bobinha. Tudo se resolve rapidamente, porque os personagens são divididos em quadros. Na primeira parte somos apresentados a Ann (Newton) e Cassie (Kristen Ritter – outra atriz cool). Enquanto a primeira está grávida mesmo sendo virgem (barriga de aluguel para ajudar a irmã), a segunda está em busca de um namorado. Para isso, a moça decide usar com arma de guerra sua falsa virgindade. Funcionou, ela conseguiu fisgar um cara legal na base da mentira, depois lhe contou a verdade e… tudo ficou bem. Sem conflitos, sem brigas, sem drama.

Depois assistimos ao contador recém-demito, Carter (Kyle Howard), que já está com a auto estima lá embaixo quando sua noiva, Liz (Lindsay Price), amiga de Ann, passa a usar um pênis/vibrador (não sei bem o formato, mas deu a entender que é isso, já que as imagens não foram mostradas) para se satisfazer sozinha. Como era de se esperar, ele se sente mal por supostamente não corresponder aos anseios sexuais da esposa. Ao chegar em casa, omite a informação de que foi demitido, mas não demora muito e ele conta a verdade. A esposa entende e tudo fica bem. Sem conflitos, sem brigas, sem drama.

Para terminar, Judd (Greg Grunberg – o mala Matt Parkman de Heroes), se encontra com Jennifer Love Hewitt (da já cancelada Ghost Whisperer) em um avião. Para sua sorte, a atriz é a sua exceção, ou seja, uma pessoa com quem ele pode transar sem trair a esposa. Primeiro: Em um mundo com Scarlett Johansson um homem decide que a J.Love será a sua exceção? Não faz sentido. E para ser bem franco, prefiro ela cantando (já assistiram ao clipe de Can I Go Now?) Segundo: Não agüento mais assistir ao Grimberg em séries. Alguém, por favor, o mande fazer outra coisa na vida! Ok, talvez seja birra da minha parte por sua participação enfadonha em Heroes. Terceiro e último: Ele teve mais destaque que a Becky Newton. #pelamordedeusné? E passado todo o enrosco no banheiro do avião, fica tudo bem, sem conflitos, sem brigas, sem drama.

Ou seja: Tudo em Love Bites se resolve facilmente.

Antes de finalizar preciso ressaltar alguns pontos positivos. A abertura é ótima, super moderna. A trilha sonora inicial da Lykke Li, uma cantora sueca de música pop alternativa que todos deveriam ouvir ao invés de comprar os discos da Lady Gaga, foi muito bem escolhida, pois levando em consideração que a série é bastante feminina (e é mesmo!), não há canção mais feminista atualmente do que “Get Some”.

De resto, se você curte filmes cheios de atores medíocres (de novo Idas e Vindas do Amor, que tem Taylors Lautner/Swift no elenco – cadê o simbolo de vômito?), talvez você curta Love Bites. Se você quer uma programação leve para substituir a sessão da tarde vazia e sem sentido, talvez você goste também. Se não quer pensar muito e gosta de resoluções rápidas, com certeza vai amar. Só não se acostume com ela, pois esta é uma produção que já nasceu praticamente cancelada (a história completa você já deve saber). Além disso, a audiência do piloto foi terrível, mais um fracasso da NBC. O público parece não ter gostado (assim como eu), ao contrário de alguns blogueiros que elogiaram a série.

Enfim, tem gosto para tudo.


Rodolfo

Uma versão masculina da Summer (de '500 Dias com Ela'): Fã de Indie Rock, o certinho da época da Faculdade e um completo 'desapaixonado'

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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