Aquele em que dizemos adeus

Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Memphis Beat

Por: em 25 de junho de 2010

Memphis Beat

Por: em

De um lugar que é uma das bases fundadoras do blues e do rock n’ roll, e o responsável pelo empurrão inicial para artistas como Elvis, Johnny Cash e B.B. King, só poderia vir coisa boa. A história de Memphis Beat acontece em…bem, em Memphis, e é nessa cidade que a nova série da TNT nos apresenta Dwight Hendricks.

Apesar de todos os clichês das séries policiais, Memphis Beat chama atenção por sua trilha sonora e seu clima sulista, onde a vida é mais calma, as pessoas mais interessantes e os sotaques musicalizam os diálogos. Para quem não sabe a história conta a vida de Dwight Hendricks, um policial querido pelos colegas que possui seu jeito próprio de conduzir as investigações. Tudo isso tende a mudar quando Tenente Tanya Rice chega para assumir o departamento de Memphis. Tanya usa instintos maternos rígidos para comandar sua equipe, jogando pelas regras, ao passo que os policiais de Memphis sempre estiveram acostumados a agir por seus próprios meios.

No piloto nós somos apresentados a Dwight, com quem me identifiquei pelo apego a sua mãe. Ela, Paula Ann, também ama o filho, mas quer tentar encontrar um outro amor, mas Dwight não aceitará tão fácil. O policial é a favor dos bons costumes, é um homem de família, que honra e agradece quem lhe criou e acha que nada, nem ninguém, pode causar danos a uma pessoa boa, ainda mais quando ela é sua mãe. E é exatamente um caso desse que a série nos apresenta no primeiro episódio. Um caso forte e polêmico de um suposto filho que bate na mãe, uma senhora com Alzheimer que já foi uma grande radialista local. Ele não só bate, mas como algema, prende e tortura psicologicamente sua mãe. Isso já incitaria a vontade de justiça a qualquer pessoa de bom senso, assim como eu, que fiquei com ódio por terem feito isso com uma senhora que não pode se defender, então imaginem o policial Dwight ao pegar tal caso.

A série é boa em mostrar reviravoltas e pistas falsas para o caso até sua resolução, ao mesmo tempo que vai mostrando alguns clichês como o policial conseguir desvendar a história através de seu instinto, enquanto sua chefa acha que ele deve pegar alguns dias de folga, e mesmo fora de serviço ele consegue descobrir a verdade. Porém, tirando esses clichês (que fazem parte, apenas precisam ser bem administrados) Memphis Beat já acerta por nos fazer simpatizar com Dwight e seus amigos, até mesmo pela Tenente durona. Como já comentei, a trilha sonora é um show a parte e podem ter certeza que teremos muito mais de Elvis Presley. No início do episódio vimos Dwight cantando Heartbreak Hotel e no final If I Can Dream, as duas de Elvis, claro.

O elenco é ótimo!! Jason Lee consegue tirar completamente My Name Is Earl de nossas cabeças com essa nova interpretação. Seu Dwight é sincero e suas cenas cantando também foram um presente para nós. Alfre Woodard (que nós vimos essa semana em True Blood) esteve perfeita como a Tenente Tanya, não só mostrando o lado durona, mas também o lado emocional. DJ Qualls é sempre engraçado, então seu policial Davey é mais uma grande adição. Celia Weston também se saiu muito bem como a mãe Paula Ann. O parceiro de Dwight é Whitehead, interpretado por Sam Hennings, que também não desaponta. Ainda no elenco principal sem terem participado muito do piloto estão Leonard Earl Howze como o policial Reginald e Abraham Benrubi como o Sargento Lightfoot.

Acompanharei mais de Memphis Beat, mas se continuar a ter tramas boas, com ótimas interpretações, trilha sonora maravilhosa e todo o clima da cidade de Memphis e seus moradores, então a série deve ser a melhor estreia dessa summer season.


Caio Mello

São Bento do Sul – SC

Série Favorita: Lost

Não assiste de jeito nenhum: Séries policiais

×