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Mercy

Por: em 30 de setembro de 2009

Mercy

Por: em

A nova série da NBC, Mercy, começa como muitas outras, um grande acontecimento, no caso, a personagem levando tiros, e acordando logo em seguida. Mas como em muitas séries médicas, ela presencia um acidente e ajuda a manter a vítima viva. Mas Mercy está recheada de clichês, e logo que chegam no hospital, ela é xingada, não podia ter salvo o rapaz, ela é “só uma estúpida enfermeira”. Desde quando enfermeira não sabe medicina o suficiente pra manter uma vítima de acidente viva? Eu só tive num hospital uma vez (graças!!!) e sério, o que vi foi respeito com as enfermeiras, será que nos Estados Unidos é diferente? E outra, todo dermatologista é idiota?não teve que cursar a faculdade de medicina antes de escolher uma especialidade não?

A partir daí eles apresentam um pouco as personagens, da Veronica, a enfermeira protagonista, interpretada por Taylor Schiling, a enfermeira gostosa que arrasa corações, mas agora só quer um homem rico, Sonia, interpretada por Jaime Lee Kirchner, e a enfermeira novata, Chloe, iludida, sem muita experiência e emotiva, interpretada por Michelle Trachtenberg. Claro que as enfermeiras não gostam dela de início, mas elas serão “as enfermeiras” da série. A interpretação das três fazem o episódio não ter sido um total desperdício de 43 minutos do meu dia.

Tem um médico negligente que não faz o que a Veronica diz para fazer, paciente morre, ele não está nem aí. Devo falar que a edição do episódio também não é boa, torna tudo muito mais clichê pela ordem que acontece. Ainda não falei do médico que despreza as enfermeiras, e parece ser o chefe, não o administrativo, mas o que fica no plantão. Uma dúvida, hospital não tem uniforme para as enfermeiras não?

Mercy continua com um clichê atrás do outro, Veronica será mais uma enfermeira amarga pela Guerra, pelo vício em bebidas, um casamento falido com um namorado muito antigo, um amor proibido. A família toda é alcoólatra, vivem bebendo. Mike, o namorado antigo, tenta reconciliar, até consegue, mas como ela mesmo disse, é muito bagunçada. E os argumentos dele são fracos para um romance: “eu te conheço como ninguém, sou o cara certo pra você”? Claro que tem um outro, muito mais homem para ela, e ele aparece logo em seguida.

O Dr. Sands é apresentado e Veronica já mostra um pouco da sua rebeldia com o tratamento da paciente com câncer. Quando ele vai chamar a atenção dela, eles se pegam no quartinho e descobrimos que eles foram amantes durante a guerra do Iraque. Mais uma vez a edição não ajudou na história. Tudo assim, corrido, sem expectativas… E outra, como o Dr. Sands conseguiu esconder que foi ao Iraque? Ninguém mencionou isso, e acho que é uma coisa muito grande no currículo, não?

As enfermeiras interagem bem com pacientes, mostram preocupação, mas os casos  são meros suportes para os seus dramas pessoais, e seus encontros amorosos. Sonia tem táticas para deixar o homem interessada, mas acaba com outro, que ela não queria porque é pobre. Só a Chloe ainda não tem um caso, mas ela é novata, ainda vai ter muito drama tratando dos pacientes.

No fim, achei tudo óbvio demais em Mercy. A história, a enfermeira viciada e com um triângulo amoroso, a novata, os casos, a forma com as respostas são dadas, a edição. Mais uma série pegando o filão de séries médicas. Posso fazer uma lista de coisas que acontecerão no próximo episódio, sei que vou acertar grande maioria.


Camila

Mineira, designer, professora que gosta tanto de séries que as utiliza como material didático.

Belo Horizonte/MG

Série Favorita: Fringe

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

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