Com estréia oficial no próximo domingo, 23, o episódio piloto foi disponibilizado na íntegra pelo IMDB.
Quando o presidente da ABC, Paul Lee, disse que Once Upon a Time tinha conquistado seu lugar na grade pela força de seu episódio piloto, ele não poderia estar mais correto. Todas, absolutamente todas, as minhas expectativas com relação à série, criada por Edward Kitsis e Adam Horowitz, roteiristas de Lost, foram superadas, e elas eram muitas!
O texto contém spoilers moderados do episódio.
Emma Swan (Jennifer Morrison – a Drª Cameron, de House) deu seu filho para adoção dez anos atrás, e no dia de seu aniversário de 28 anos, foi surpreendida pela chegada inesperada do garoto Henry (Jared Gilmore), contando-lhe estranhas histórias sobre contos de fadas. Segundo ele, os personagens das histórias infantis foram aprisionados pela maldição da Rainha Má (Lana Parrilla) na cidade de Storybrooke, onde o tempo foi congelado e eles esqueceram de quem realmente são. E apenas Emma poderia mudar essa história.
Emma é, na verdade, a filha da Branca de Neve (Ginnifer Goodwin) com o Príncipe Encantado (Josh Dallas) e foi salva do feitiço, já que Rumpelstiltskin (Robert Carlyle), um feiticeiro das trevas, previu que era o destino de Emma lutar a favor do bem na guerra que se iniciaria quando ela completasse 28 anos. Em Storybrooke, a Rainha Má se tornou Regina, a prefeita da cidade e mãe adotiva de Henry. Branca de Neve é a professora Mary; e o Príncipe, depois de ter sido atingido pelos guerreiros da Rainha, está em coma no hospital.
O destaque do elenco fica por conta de Lana Parrilla, interpretando com maestria a antagonista da história, uma personagem de extrema dificuldade de interpretação, já que uma linha tênue separa a atuação comedida e adequada da caricata. Lana arrasou, e tanto como Regina quanto como Rainha Má, tornou-se a dona do episódio. Sua força é transmitida a nós espectadores, em um dos clássicos casos em que é impossível não amar a vilã, mesmo com apenas um episódio exibido! Outro grande ponto alto do elenco é o pequeno Henry, fiquei extremamente surpreso com a capacidade de Jared Gilmore trabalhar o personagem, com seu jeito meigo e gentil, e sua determinação e bravura, enfrentando sua mãe para encontrar sua progenitora, aquela que seria capaz de salvá-los do mal.
Ao saber da escolha de Jennifer Morrison, fiquei um pouco receoso. Em House, ela se saia muito bem como coadjuvante, e tinha boas cenas, mas agora, a história seria diferente, e ela teria que segurar uma protagonista. A atriz foi, digamos assim, adequada. Fez o necessário, mas não conseguiu surpreender e cativar. Neste início, Emma não conseguiu me prender e estava até mesmo apagada, em meio a atuações excepcionais de Lana, Ginnifer Goodwin dentre outros. Claro que ela tem tudo para crescer com o desenrolar da trama, e eu espero realmente que ela funcione no papel.
A fotografia usa e abusa do chroma-key, e sabe aqueles momentos em que a montagem cehga a ficar tosca, mas se encaixa perfeitamente no contexto? Pois foi exatamente assim em neste episódio. O clima idealizado criado nos remete diretamente à fantasia dos contos de fadas, com cores vivas trabalhadas no mundo fantástico e tons de cinza predominantes no “mundo real”.
Bem versus mal, a batalha dos mundos começou, e apenas Emma pode dar uma esperança de um final feliz. Agora resta-nos esperar ansiosamente a estreia oficial e a reação do público norte-americano. Dedos cruzados torcendo por uma boa audiência e aceitação. Pelo piloto, realmente, Once Upon a Time, promete! E você vai poder conferir as reviews semanais da série aqui, no Apaixonados por Séries. Fiquem ligados!