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Primeiras Impressões: Pitch

Por: em 28 de setembro de 2016

Primeiras Impressões: Pitch

Por: em

Surpreendendo a todos, inclusive a mim, Pitch estreou com o pé direito, ao tratar de um assunto que é pouco explorado na TV americana. A importância da mulher no esporte e, ainda, a sua trajetória em um dos esportes que é claramente taxado como masculino. O novo drama da Fox acerta no tema, mas peca em alguns detalhes de atuação, mas nada que comprometa a sua estreia. De toda sorte, foi um bom início e se melhorar um ponto ali ou aqui, tem tudo para engrenar, afinal, novidade como essa não pode ser desperdiçada. Sem mais delongas, vamos a análise dessa premiere.

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Como eu havia mencionado, a Fox ousou muito ao tratar de um tema que é debatido muito pouco nas séries de televisão. Não o fato da mulher ser a protagonista dos seus shows, mas sim desse show ser justamente o esporte. A escolha deu tão certo, que eu assisti ao episódio com o coração na mão, na espera de que finais felizes acontecessem. O acerto foi muito grande, tratar do esporte com atletas femininas é muito importante, e nos faz refletir o que realmente ou supostamente acontece nos bastidores. Contando a história de Ginny Baker (Kylie Bunbury, de Under The Dome), a série tem como temática a vida dessa menina, que desde pequena treina com Bill Baker, seu pai, que é interpretado pelo ator Michael Beach, de The 100Ginny aos poucos vai ocupando seu espaço no mundo do baseball, participando de times pequenos, treinando muito, até que finalmente consegue chegar a tão sonhada Liga Principal.

A dinâmica da série é boa, usando do artifício do flashback, a gente vai e volta entre a infância e a atualidade para entender não só como funcionava a relação entre pai e filha, como também como se deu essa paixão, ou melhor, essa relação da Ginny com o baseball. Eu digo “ou melhor”, porque em um momento do episódio, a Ginny teve um surto de crise existencial, em que joga na cara do pai, que aquilo não era o que ela sonhou a vida toda. Que ela foi obrigada a ser boa, a ser uma jogadora de baseball a partir do momento em que ela arremessou uma bola, enquanto pequena, despropositalmente. O pai falhou ao tentar cativar o menino com esse esporte e viu na Ginny uma oportunidade de levá-la para os melhores espaços dentro do esporte. E a partir daí ela só cresce, até se tornar conhecida mundialmente e a primeira mulher a estar na Liga Principal. E os problemas disso tudo vêm junto com a fama, com o sucesso e principalmente com o reconhecimento.

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Ginny tem que lidar com a cobrança dos seus treinadores, dos seus colegas de equipe, dos seus amigos, jornalistas, mídia e todo mundo que influencia na sua vida profissional. O fato do pilot ter mostrado que ela é humana e mesmo sendo a melhor ela ainda erra e erra muito, foi muito bom. Isso porque não tivemos aquela estigma de que ela é boa e já de cara mostramos isso, como um bom clichê reclama. Não tivemos clichê, não fomos levados a um episódio cansativo e longo, muito pelo contrário, com dinamismo e vontade de continuar a série se mostra entusiasmada a falar um pouco sobre empoderamento feminino, machismo, poder e baseball.

A representatividade importa e Pitch quer fazer isso, a placa de “I’m next.” que uma garotinha na arquibancada mostra para Ginny, demonstra que ela tem muito trabalho bom pra mostrar, e se fizer do jeito certo, com certeza vai conquistar corações.


E você, gostou de Pitch? Pretende continuar ou acha que vai flopar? Não esquece de contar pra gente sua opinião!


Helaine Marina

Assiste séries com a mesma frequência que sente fome. Estudante de Direito, futura professora de Inglês e louca pelos animais, em especial, seus amigos. Uma aquariana que não é brinquedo não .

Salvador BA

Série Favorita: Impossível decidir

Não assiste de jeito nenhum: Glee

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