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Reign

Por: em 19 de outubro de 2013

Reign

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Nada mal para o que eu achava que seria a bomba dessa fall season. De verdade.

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Uma das novas apostas da CW, por mais que, em sua embalagem, fuja ao padrão da emissora por se tratar de uma produção de época, Reign apresenta em sua composição e no desenrolar de seu episódio piloto todos os elementos que não poderiam faltar em qualquer série que carregue o selo do canal: Intrigas, triângulo amoroso, jogos de poder e trilha sonora pop (mesmo que a ambientação seja a França do século XVI).

A série conta a história de Mary (Adelaide Kane), rainha da Escócia, aos seus 16 anos. Prometida ao príncipe da França, Francis II (Toby Rego), ela se muda para a corte do seu futuro marido com suas damas de companhia após uma tentativa de envenenamento no convento onde vivia. O casamento entre Mary e Francis está acertado desde que ambos eram crianças e, como costume àquela época, é mais um negócio do que qualquer outra coisa. Depois que coloca os pés na corte, Mary logo percebe que Francis não é o maior fã da ideia e que seus problemas estão apenas começando.

Primeiro, os pontos positivos.

A ambientação da série é ótima. Parece que a CW investiu um pouco mais do que está acostumada e os figurinos e cenários não deixaram a dever em nada. A atuação também não foi um grande problema. Adelaide Kane e Toby Rego não comprometeram em seus papéis de Mary e Francis, mesmo que não tenham sido tão bons quanto Megan Follows e sua rainha Catherine ou Rossif Sutherland como o profeta Nostradamus.

O roteiro, por mais que tenham investido em alguns clichês pontuais, cumpriu sua missão de apresentar a história, os personagens e, principalmente, criar um clima de mistério e conspiração que são necessários para que se haja a tentativa de fidelização do público.

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É claro que, historicamente falando, há algumas falhas, como um filho bastardo de um rei e sua mãe, como Sebastian e Diane, viverem na Corte como se fossem bem vindos. Não sou o maior expert em história, então me corrijam nos comentários se eu estiver errado, mas isso não seria um escândalo? De qualquer forma, o texto do episódio usa isso para colocar Sebastian próximo a Mary e introduzir um futuro triângulo entre os dois meio-irmãos e a rainha da Escócia – porque, por mais que Francis se mostre relutante ao casamento, aparentemente é questão de tempo para que ele se interesse mesmo por Mary.

Muitos chamaram a série de Gossip Girl na Idade Média e, de certa forma, a relação de Mary com suas damas lembra um pouco a relação de Blair com suas seguidoras nos primórdios da série da garota do blog. O clima de intriga característico ao canal funcionou bem aqui, conseguindo criar ansiedade e, até certo ponto, um pouco de tensão. A edição também esteve a favor, conferindo ao piloto uma boa harmonia.

A trilha sonora não incomodou no começo, contudo mostrou-se inadequada em alguns pontos, mais especificamente na cena de uma dança em um casamento, onde uma música extremamente pop foi escolhida para embalar o momento, o que acabou tirando toda a verossimilhança da cena e tornando-a mais engraçada do que qualquer outra coisa. Se não houver um cuidado maior quanto a isso, as músicas podem acabar se tornando o Calcanhar de Aquiles da série.

Contrariando todos os prognósticos, Reign funcionou. Se continuará assim, só pagando pra ver. Por agora, eu embarco nessa.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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