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Siberia

Por: em 10 de julho de 2013

Siberia

Por: em

Um dos meus maiores problemas sempre que vou assistir a uma nova série é o tamanho da expectativa que tenho para o piloto. Geralmente, quando me empolgo demais, acabo não curtindo muito. Quando não dou nada pela série, acabo sendo conquistado facilmente pela trama ou pelo amor impossível do casal principal. Com Siberia, foi um pouco estranho. Quando eu vi o vídeo promocional, acreditei que a série tinha chances de se dar bem na programação da NBC, pela sua proposta relativamente simples e por seus personagens terem determinados apelos que acabam conquistando o público. Porém, depois de (longos) quarenta minutos de episódio, posso dizer que estou ligeiramente decepcionado com o que a série apresentou. Um roteiro que beira o óbvio, personagens extremamente caricatos, situações forçados e um estilo de seriado que, pelo menos comigo, não colou.

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Talvez para os fãs de reality’s como Survivor e No Limite – este segundo que eu assisti a todas as temporadas exibidas pela rede Globo – até gostem do episódio, só que realmente não foi nada demais. A proposta da série é simples: 16 pessoas são jogadas num lugar completamente isolado do resto da humanidade com uma simples missão: sobreviver. Sem mais regras, sem mais especificações. Como eles farão para se manter vivos é unica e exclusivamente problema deles. E, a partir do momento que a competição começou, a única maneira deles conseguirem qualquer tipo de ajuda da produção seria desistindo do prêmio. Simples, certo? Sim, muito simples. E a série ainda explora a maneira que reality’s do gênero apresentam seus episódios – situações entrecortadas por depoimentos dos participantes -, só que o episódio simplesmente se arrasta de uma maneira cansativa e previsível. Diria previsível até demais.

Quando começa a primeira prova do programa, você já consegue prever tudo que vai acontecer por conta dos estereótipos inerentes a cada um dos personagens. E acreditem, todos tipos possíveis estão ali. Então tudo começa a acontecer e sua sensação é de esperar uma surpresa, porém isso não acontece. O resultado não poderia ser mais previsível. Concluída a primeira prova e realizada as primeiras eliminações, começa o jogo de verdade. A série não teme em explorar pontos chaves desses programas como a intriga entre personagens ou depoimentos que acabam confessando momentos não muito bons entre eles. Você esquece que está vendo um seriado até o momento que aparecem os câmeras ou o apresentador do programa. E, de uma hora para outra, as coisas começam a ficar estranhas. E, de uma hora para outra também, surge uma preguiça enorme em mim, porque todas as séries que se passam em um local deserto, de uns tempos para cá, tem uma péssima tendência a usar clichês já desgastados por Lost, o que acaba com a graça de qualquer coisa.

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Sério, eu não consigo suportar pessoas desaparecendo em meio a florestas ou barulhos misteriosos no meio da noite. E vejam bem, eu gostava do mistério de Lost, porque lá isso ainda não tinha sido muito explorado. Agora, qualquer coisa que se utilize desse artifício soa forçado demais para mim. Enfim, os barulhos estavam lá, o pânico dos personagens também. Até que chega o momento crucial do episódio, onde um dos participantes aparece morto – isso mesmo, morto -, deixando os demais e até mesmo a produção do programa sem ação. O que parece é que ninguém contava com um tipo de situação como essa e eles definitivamente não sabem como agir. Após isso, somente um cliffhanger apelativo poderia fazer a audiência continuar com a série: eles tem uma escolha para fazer – continuar na disputa pelo dinheiro ou desistir do desafio naquele momento.

E porque não citei muito as características dos personagens? Porque isso não é explorado pela série. As apresentações são superficiais e fica muito difícil se apegar a algum deles logo no primeiro episódio. Sinceramente, não acho que valha gastar tempo com uma série assim. Nada de novo, uso de situações bem desgastadas e um formato que apesar de diferente, cansa muito quando inserido no mundo dos seriados. Mas claro, essas escolha fica por conta de vocês. Quem são o único que não gostou mesmo fui eu, não é?

Se vocês já assistiu, dá uma comentada aqui embaixo para eu saber o que você achou!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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