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Switched at Birth

Por: em 15 de junho de 2011

Switched at Birth

Por: em

Estreou na semana passada a nova aposta do canal ABC Family: Switched at Birth. O roteiro é recheado de clichês, situações caricatas e totalmente previsíveis, além desse tipo de história já ter sido contada em dezenas de outras produções. Mesmo assim a série consegue cativar.

Somos apresentados à história de duas garotas que descobrem ter sido trocadas na maternidade: Bay Kennish (Vanessa MaranoGilmore Girls), uma garota rica e mimada que suspeita não ser filha biológica dos Kennishes depois de um teste de tipo sanguíneo na escola, e Daphne (Katie Leclerc), filha de mãe-solteira e que ficou surda depois de contrair meningite. Ambas se reencontram e bem, claro que muitas turbulências aconteceriam.

Inicialmente, Bay ficou revoltada, e passou a se utilizar do fato de não ser a filha verdadeira para expressar sua rebeldia, mas sua mãe biológica acabou lhe ensinando uma lição, e ela conseguiu passar a se relacionar melhor com seus pais adotivos, e também com seu “eu na outra vida”, como as personagens mesmo dizem. As duas passaram a ter um relacionamento de tamanha cumplicidade, que Bay fez uma proposta a Daphne e sua família, que gerou um excelente gancho para a série.

O maior destaque do elenco é, sem dúvida, Katie Leclerc, que deu o tom certo à personagem Daphne: meiga, gentil, atenciosa, e com um sotaque lindo. A atuação de Vanessa Marano deixa a desejar, a cada cena ela continua totalmente sem expressão, triste, feliz, enraivecida, não importa, ela está sempre com aquela mesma cara. Mas nada que não possa ser corrigido, não é? Regina Vasquez (Constance Marie) é outro ponto positivo no quesito atuação. A linguagem de sinais, bastante abordada no episódio foi interessante, apesar de as vezes parecer um pouco surreal.

O piloto foi extremamente ágil, diria até que foi corrido demais, muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo. As duas se encontrando com suas verdadeiras famílias, indícios de como será tratada a questão do preconceito, mudanças, Bay e sua rebeldia-sem-causa, enfim, dá pra ficar sem fôlego com isso tudo. Como eu já disse, apesar de tantos clichês, a história parece funcionar, pelo menos até o momento, plots como a moradia conjunta, a rivalidade entre as mães e as disputas amorosas podem ser bem trabalhadas e terem um bom rendimento, os produtores só precisam impedir que a série se torne monótona e cansativa, fazer com que ela não cai na mesmice. A questão do preconceito com a deficiência de uma das garotas parece que será um tópico de destaque mas, se for abordado em demasia, poderá se tornar extremamente repetitivo.

A série é bem leve, bem família, creio que tem história para alguns episódios, mas depois não sei o que esperar.  Se você está afim de curtir uma produção bacana, sem explosões, personagens com super-poderes, cirurgiãs ou assassinatos, Switched at Birth é uma boa pedida – ao menos por enquanto.

 

*Como você já leu aqui no Apaixonados por Séries, já tem gente nova chegando em Switched at Birth. Confira!


Tobias Romanzini

Porto Alegre - RS

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Fringe e séries policiais

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