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Primeiras Impressões: The Good Fight

Por: em 20 de fevereiro de 2017

Primeiras Impressões: The Good Fight

Por: em

Spoiler Alert!

Este texto contém spoilers leves,

nada que estrague a série ou a sua experiência.

Se você ouviu falar de The Good Fight, se interessou pela trama, e não conhece os protagonistas da série, tenho uma ótima notícia: tem sete temporadas inteiras te esperando na Netflix. Como assim?

The Good Fight é um spin-off de The Good Wife, produção de 2009 da CBS estrelada por Julianna Margulies, Christine Baranski e Josh Charles. Com sete temporadas de 22 (ou 23) episódios, o seriado agradou público e crítica ao longo dos sete anos em que foi ao ar. Nunca teve uma grande audiência, mas nas suas temporadas finais manteve um público fiel de, em média, nove milhões de telespectadores, com picos de 12 milhões. Nada mal para um drama da CBS.

E porque a série chegou ao fim? Problemas de bastidores, principalmente envolvendo a protagonista, Margulies, que interpretava a advogada Alicia Florrick. Nada é oficialmente confirmado pelo casal de criadores, Michelle e Robert King, mas  é um pouco suspeito que, um ano depois do final da série, os dois encarem uma nova empreitada no mesmo universo de The Good Wife e com boa parte do elenco original, não?  Então, se você gosta de um bom drama jurídico, corre pra Netflix e comece já a maratona.

Mas The Good Fight promete ser um spin-off disposto a criar sua própria trajetória de sucesso e, se depender do piloto, vamos querer acompanhar da primeira fila. A série já começa no ritmo dos episódios mais marcantes de The Good Wife (e vai ser impossível não fazer referências à ela por enquanto), com tudo dando errado para as protagonistas Diane Lockhart e Maia Rindell (Rose Leslie). Quando Diane finalmente resolve se aposentar e se dedicar ao “próximo capítulo da sua vida”, tudo muda e ela é forçada a voltar a trabalhar.  Mas sua antiga firma, cheia de tubarões  dispostos a atacar como David Lee (Zach Grenier, sempre maravilhoso), não vai deixar que seu caminho seja fácil.

O que dizer sobre a piada recorrente com a quantidade de sócios no escritório?

Também enfrentando o seu pior momento está Maia, afilhada de Diane, recém formada, acaba de passar no exame da ordem e, em seus primeiros momentos como advogada, já vimos que ela está à altura de sua madrinha. Mas o maior problema de Maia será sua vida pessoal: logo quando a conhecemos, os Rindell são acusados de uma fraude bilionária, que arruinou as finanças de milhares de americanos. Com a família em ruínas, como Maia vai se levantar? E como Amy, sua esposa, vai reagir a tudo isso? O casamento vai sobreviver ao escrutínio da mídia?

Quem não ganhou tanto destaque nesse primeiro episódio foi Lucca Quinn (Cush Jumbo). Pelo material de divulgação, a advogada divide o posto de protagonista com Diane e Maia, mas acabou ofuscada pelo sócio Robert Boseman (Delroy Lindo), que promete ser uma grande adição ao já excelente elenco. Quem sabe Robert não pode ser um bom interesse romântico para Diane, agora que seu relacionamento com Kurt McVeigh (Gary Cole) parece ter virado história?

Com um ritmo acelerado, The Good Fight promete entregar episódios rápidos, cheios de reviravoltas nos casos e na vida dos personagens, sempre contando com a participação de grandes nomes da sua série de origem. Para a primeira temporada, estão confirmados:  Elsbeth Tascioni (Carrie Preston), Mike Kresteva (Matthew Perry), e o juiz Charles Abernathy (Denis O’Hare), além de Marissa Gold (Sarah Steele), que retorna como a filha de Eli Gold em participação regular.

Uma única ressalva ao piloto: a esquizofrenia do roteiro nos primeiros minutos, tendo que lidar com a inesperada vitória de Trump na presidência americana. Ao que parece, os King (e boa parte do mundo) contavam com a vitória de Hillary Clinton em 2016, já que as primeiras cenas do episódio mostram uma Diane feliz e realizada, depois de chegar ao topo em todas as frentes. E quem já conhecia a personagem sabe: ela jamais estaria tão feliz logo depois de uma derrota política avassaladora como essa. Pra resolver esse “equívoco histórico”, a série teve que retomar a produção e regravar algumas cenas. Entre elas, a que abre o episódio:

A gente entende o que você está sentindo, Diane.

É assim que somos apresentados a The Good Fight. Com uma Diane Lockhart tão estupefata quanto qualquer um que acompanhe o, agora presidente, Donald Trump no Twitter. E como serão os próximos episódios? Teremos referências ao novo governo e a situação dos Estados Unidos? Com certeza. Robert King já declarou que eles descartaram os roteiros já escritos e começaram tudo de novo. Nada mais natural para o spin-off de uma série que retratou casos já clássicos da política norte-americana como as revelações de Edward Snowden.

A primeira temporada de The Good Fight terá 10 episódios e todos serão liberados semanalmente na CBS All Acess, plataforma digital da CBS, infelizmente indisponível aqui no Brasil. Quem vai seguir acompanhando essa história?


Para os saudosos, reunimos algumas referências à The Good Wife:

Will Gardner: O sócio de Diane aparece em dois momentos no piloto e já fica a torcida por um episódio em um universo alternativo em que ele não esteja morto.

Alicia Florrick: A referência a Alicia ocorre em alguns momentos. Quando Diane conversa com Maia e fala que já se decepcionou muito na vida, ela diz: “pessoas que eu achei que eram santas, não eram”. Alicia foi muitas vezes chamada de “Saint Alicia”, em uma ironia com seu jeito certinho. Também quando Lucca consola Maia no banheiro, ela conta que teve uma amiga que passou pela mesma coisa e disse que foi um inferno por alguns meses.

Cary Agos e outros junior associates: Logo quando chega ao escritório, uma outra advogada diz à Maia que “ela soube que eles demitem metade dos associados no final do primeiro mês”.  Uma referência à primeira batalha entre Cary e Alicia, quando apenas um deles ficou na Lockhart and Gardner.

Que saudades desses dois! <3

 


Cristal Bittencourt

Soteropolitana, blogueira, social media, advogada, apaixonada por séries, cinéfila, geek, nerd e feminista com muito orgulho. Fundadora do Apaixonados por Séries.

Salvador / BA

Série Favorita: Anos Incríveis

Não assiste de jeito nenhum: Procedurais

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