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The Originals

Por: em 5 de outubro de 2013

The Originals

Por: em

É estranho chamar esse post de “Primeiras Impressões”, porque na verdade nada do que vi era novo para mim. Mas assim como a emissora americana The CW fez com a estreia de The Originals, vou tentar me manter o mais ‘limpo’ possível quanto a tudo que rolou lá no episódio 4×20 de The Vampire Diaries (review que eu recomendo que vocês deem uma lida depois). Como a grande maioria sabe, a série é derivada de uma dos carros-chefe da emissora teen americana e que vinha com uma expectativa alta de sucesso, devido aos seus personagens já serem grandes conhecidos do público.Claro que com isso surge a crítica ferrenha de muitos sobre a ausência desses personagens na trama da sua série de origem, mas o ponto é que a trama levou tudo para esse caminho já que Klaus e os Originais virariam meros coadjuvantes perto da história que será desenvolvida nesse quinto ano (cuja review do primeiro episódio você já pode conferir aqui no Apaixonados!). Então essa é a nova chance de Klaus reinar como único vilão, como único rei e é isso que veremos daqui pra frente.

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Então vamos aos conformes. Klaus é a tormenta. Um híbrido, umas mistura maluca de vampiro com lobisomem, fruto de uma traição de sua mãe com a vontade da mesma de proteger seus filhos, como foi brevemente mostrado no episódio (por sinal, achei inteligente a maneira que os produtores encontraram de sanar em parte essa ausência de background que novos espectadores do seriado poderiam ter). Não aceito pelo seu pai, Klaus passou sua vida inteira causando a desgraça por onde passava, tendo problemas inclusive com a sua própria família.

Elijah é a serenidade. Tentando sempre manter as coisas em ordem e proteger os seus, o vampiro é um ponto de equilíbrio na família e entra como o apaziguador em muitas situações. Seu passado com Klaus é bastante turbulento, mas mesmo assim ele sempre estivera do lado do irmão quando este precisou. E Rebekah é a instabilidade. Meio que uma adolescente eterna, ela, diferente de Elijah, não consegue passar por cima de tudo que aconteceu no passado (recente inclusive, com a perda da cura do vampirismo) e ainda acha que tá na hora de seu irmão pagar pelo que fez. Esses três, juntos, fizeram uma única promessa: permanecerem juntos e unidos, sempre e para sempre. O problema é cumprir com isso.

Nisso o episódio peca um pouco, por quase que não apresentar essas novas pessoas, porém se tornaria algo muito massante para os fãs que já acompanhavam eles a algum tempo em TVD. A trama da série discorre em torno da gravidez repentina de Hayley e Klaus – o que ainda me soa muito idiota até hoje. Eu sei que a nova criatura que pode sair dessa gravidez é algo bastante interessante, porém Hayley é uma das piores personagens que já existiu – fora que a atriz é uma das piores que já vi em tempos, mesmo para uma série da CW. Sim, faz sentido ela ser a personagem que fica grávida porque seu histórico familiar é tão problemático quanto o de Klaus, mas, salvo as justificativa dramática, ainda a acho uma péssima escolha.

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Vimos um pouco de Marcel também – o chefão da cidade. Na real, achei até que ele teve pouco destaque quando comparado com o pré-piloto. Ele meio que foi colocado de lado para que toda a história que leva ao embate entre ele e Klaus fosse contada. Claro que com os próximos episódios, seu destaque deve vir crescendo, mas é bem difícil engolir alguém que queira ser mais vilão que Klaus, ainda estou me acostumando com essa ideia. Só que Marcel tem uma arma poderosa e completamente desconhecida de seus inimigos: Davina. Dentre os muitos poderes que a menina pode ter, ela consegue sentir quando uma bruxa está fazendo magia, o que dá uma grane vantagem ao vampiro na hora de colocar a cidade ao seus pés. Esse fato deve eclodir em breve, porque os personagens já se questionam de como ele consegue ter tanto controle sobre as bruxas, mas o mistério mesmo é o que Davina é? Uma bruxa ou algo a mais?

Conhecemos também a bruxa Sophie que tem objetivos claros em sua mente. Ela quer Marcel fora dali, quer que esse controle sobre as bruxas acabe, utilizando para isso a influência e o poder dos Originais, já que sua moeda de troca é a vida de Hayley – até então não nos tinha sido revelado que a vida da bruxa estava diretamente ligada com a vida da grávida. Apesar de todo o sofrimento que passara recentemente, Sophie não parece se entregar para a dor e sucumbir. Ela é mais como uma atiradora, que se arrisca e chega sempre perto de conseguir o que quer – com um potencial para ganhar muitos problemas no meio de tudo isso. Camille, a bartender, também teve seu destaque reduzido nesse episódio, aparecendo brevemente e deixando para que sua participação somente cresça com o progresso da série.

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Quanto a trama em si, ela tem muito potencial. Isso porque conhecemos a capacidade desses atores e da sua dedicação. Se o texto for bom, eles darão um show em cena e todos nós ficaremos viciados por essa nova série. Meu receio é que eles se percam em uma trama medíocre que minimize os personagens e tudo que fora construído de bom, acabe sendo esquecido. A série ainda não tem sua temporada completa garantida, mas é bem capaz que ganhe até pelo hype que teve por trás da sua produção. Vale lembrar também que o dia fixo de exibição é terça-feira e não quinta – essa foi uma estratégia da emissora para conseguir a audiência de Vampire na estreia de sua série derivada.

O final do piloto nos mostrou exatamente o que podemos esperar da série: Klaus quer o poder, sempre e não importa o que ele terá de fazer para conseguir isso. A estaca no peito de Elijah – mais uma vez – comprova isso e deverá ser o fator que motivará a ida de Rebekah para New Orleans, deixando tudo muito mais interessante (a série está realmente precisando de um up no elenco feminino). Não posso dizer que já estou apaixonado, mas é que não foi uma estreia para mim, não vi nada novo ali. Anseio bastante pelo segundo episódio porque ai sim dará para sentir o tom do que veremos daqui para frente. Claro que a série ainda tem muito a galgar para ser um sucesso, mas o potencial está ali, basta ser bem aproveitado. Explorando bem o passado dessa família e o potencial dos atores, podemos ter um grande show a caminho.

Então, agora temos mais um encontro durante a semana, só que mais para o meio dela. Te deixo com o vídeo promocional de “House of Rising Son” e espero pra saber qual foi a sua opinião nos comentários!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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