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The Playboy Club

Por: em 26 de setembro de 2011

The Playboy Club

Por: em

Buscando sempre inovar na hora de proporcionar um compartilhamento de opiniões, desta vez, o Apaixonados por Séries buscou uma forma nova na hora de comentar este novo seriado: mostrar o contraponto de opiniões masculinas e femininas sobre uma mesma polêmica. E é exatamente isso que você vai conferir agora. Eu, Leandro, e minha colega Bruna seremos, pelo menos por enquanto, os responsáveis por The Playboy Club. Com uma estréia bastante contráditória quanto a opiniões, você confere aqui o que nos achamos desse primeiro episódio, começando claro pela dama, Bruna Antunes.

The Playboy Club é uma série de época, que usa como pano de funo a fase gloriosa da Playboy Mansion e do Playboy Club, onde apenas sócios (ou keyholders) tinham acesso garantido, e onde mulheres podiam ganhar mais dinheiro que seus pais, trabalhando como bunnies. A série não pretende apenas retratar um clube em uma determinada época de prosperidade: a série também conta a história de Nick Dalton e Maureen, que cometem um crime e precisam esconder esse segredo.

Em sua primeira semana como bunny no Playboy Club, Maureen é assediada por muitos homens e antes mesmo de saber ao certo como deve se portar em seu novo emprego, acaba sendo atacada por um cliente, quando buscava cigarros em um depósito. O advogado Nick Dalton percebe a demora de Maureen e a encontra, sendo atacada por Bruno Bianchi, um homem muito poderoso de Chicago. Enquanto Nick tenta segurar Bianchi, para evitar que ele atacasse Maureen novamente, ela acerta seu salto na jugular de Bianchi. Maureen e Nick se livram do corpo, e as consequências desses 7 minutos iniciais de episódio desencadearão a trama da série.

Outras bunnies são apresentadas no piloto e todas elas parecem muito interessantes: Com a bunny Janie, notamos as várias facetas do machismo da época: na forma como os clientes se dirigem a ela, e as insinuações sobre a possibilidade das bunnies serem garotas de programa ou garçonetes, e principalmente pela forma como seu noivo lida com o assédio da profissão. Os diálogos de humor ficam por conta de Brenda, a única bunny negra, que percebe tudo no ar, e dá altos conselhos a Maureen. Até agora, a bunny que mais me surpreendeu foi de longe Alice, com a questão da homossexualidade e seu casamento de mentira. Ela pareceu tão doce e inocente inicialmente que eu demorei a acreditar.

Carol-Lynne é a mais antiga bunny, e tem um relacionamento aparentemente duradouro com Nick Dalton. Toda a confusão do início do episódio faz com que ela pense que ele a traiu com Maureen. Carol-Lynne é deslumbrante, canta lindamente, mas é notável em seus traços que é a mais velha entre as garotas do Playboy Club. Em menos de 10 minutos ela é despedida e volta como “bunny mother”, o que eu achei um tanto estranho. Certamente ela tem algo a esconder, relacionado ao homem que comanda The Playboy Club. Será ele o narrador?A cada cena com Maureen fico boba com a beleza da moça. Todas elas são lindas, mas a atriz Amber Heard, certamente é a que mais chama a atenção pelos traços delicados e corpo perfeito.

E agora que eu, Leandro, entro na parada. Apesar de concordar com muitas das colocações da Bruna, teimo em dizer que achei o piloto bastante parado. Funcionou para nos situar na trama e no tempo em que ela reside, apresentou de maneira prévia a maioria dos personagens, mas focou numa trama boba demais para começo de série. Tudo bem, eu sei que a máfia e todo o seu comando era a coisa mais pesada que existia para a série situar seu acontecimento, mas precisava ocorrer de uma maneira tão besta? E eles precisavam mesmo jogar o corpo no fundo de um rio de maneira tão clichê como aquela? Pois é, o que me passou foi que The Playboy Club fica como uma opção barata de Mad Men na TV aberta.

Quanto aos personagens, o que achei mais interessante foi o núcleo que ira explorar o tema da homossexualidade. Esse é uma temática bastante problemática, ainda mais no tempo em que a série foi alocada e pode render excelentes vertentes dramáticas aos personagens que estão envolvidos, portanto gostaria muito que a série explorasse bastante essa possibilidade. Outra trama que me chamou bastante atenção foi a da única bunny negra, uma personagem fantástica e que se destaca dentre as demais, coisa que minha colega Bruna já destacou em seus comentários. Já Carol me soou cansativa e forçada. Apesar de ser a mais velha das coelhinhas e poder passar muita experiência a todas, a personagem foi designada para uma trama besta de ciúmes com o personagem principal, Nick Dalton, que não tinha como ser mais imitação do famoso Don Draper.

A protagonista apesar de belíssima, precisa melhorar em sua atuação, que pareceu forçada na maior parte do tempo. As suas únicas cenas interessantes foram quando quase foi estuprada e quando a mesma se empolga durante um dos shows realizados na casa. Comentando isso, as músicas e o ambiente ficaram se encaixaram perfeitamente com a trama e deram o tom que a série precisava para localizar seus espectadores. No mais, a série meio que só cumpriu seu papel, longe de um sucesso desde o piloto, The Playboy Club pode sim se tornar uma boa trama se souber trabalhar bem seus personagens e suas temáticas, tentado fugir de clichês como o final do episódio. É bom a série dançar conforme a música da concorrência, senão ela vai passar longe da porta do clube chamado Fall Season.

Agora queremos saber a sua opinião. O que acharam dessa polêmica estréia? Estão com as opiniões mais próximas as minhas ou as da Bruna? Solte o verbo nos comentários!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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