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The Tomorrow People

Por: em 10 de outubro de 2013

The Tomorrow People

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Estreou na noite desta quarta feira uma das principais apostas do canal The CW para a fall season 2013-2014, o drama de ficção científica The Tomorrow People, que traz como protagonista o jovem Stephen, interpretado por Robbie Amell, primo de Stephen Amell, protagonista de Arrow, a série que fará dobradinha com TTP nas noites de quarta.

A base de sustentação da série é a história das chamadas “Pessoas do amanhã”, uma evolução da raça humana, com DNA modificado e que possuem, adivinhem… super poderes, que vão desde a telepatia até o teletransporte. Caçados por uma organização secreta do governo, Ultra (também composta por pessoas com poderes), eles vivem escondidos, sob a ameaça iminente e o temor do que poderia acontecer caso a sociedade descobrisse o que eles são capazes de fazer.

Tomorrow-People-John-Cara-Stephen

A premissa, é claro, não é novidade alguma para os fãs do gênero. Na TV, Heroes e The 4400 já abordaram a temática. Nos quadrinhos e no cinema, X-Men é um sucesso. E, em The Tomorrow People, não existe nenhum grande diferencial em comparação aos outros formatos, o que não chega a ser exatamente um problema, graças à boa condução que o episódio piloto tomou, mesmo em meio a alguns problemas que podem, no futuro, atrapalhar o andamento do show.

O protagonista da série, Stephen, é uma dessas “pessoas do amanhã”, mas ainda não sabe disso. Seus poderes estão começando a se manifestar, mas sua mãe, que acha que seu problema é psicológico, apenas lhe entope de remédios e mais remédios. Ao mesmo tempo em que usa e abusa de alguns clichês para contar a história, como a melhor amiga que não acredita nos poderes, um grande vilão relacionado ao mocinho e uma força rebelde (aqui comandada por Cara e John, que tentam recrutar Stephen), o roteiro também consegue se desviar de alguns caminhos fáceis e surpreender – como na decisão que Stephen toma nos minutos finais -, abrindo interessantes caminhos para o futuro.

Um problema, contudo, diz respeito a motivação dos personagens que dividem os holofotes com Stephen, como Cara e John. Os dois tem suas personalidades bem definidas – Cara é a garota sonhadora, mas durona, que acredita que pode mudar o mundo e John é o pessimista amargurado que já levou muito pancada da vida e por isso se tornou frio -, mas falta algo para que suas atitudes soem 100% críveis. Acredito que isso possa ser sanado a medida em que o passado dos dois vier a tona (E John parece ter uma história interessante com o personagem de Mark Pellegrino), bem como toda a mitologia em torno das pessoas com poderes merece uma explanação melhor.

Jed-Tomorrow-People

Mesmo caindo novamente no clichê de bem x mal, a organização comandada por Jed (Pellegrino) funcionou, muito graças ao ator, que depois de fazer participação em metade das séries do mundo, parece finalmente ter encontrado um lugar para passar um tempo. O mais interessante aqui é que tanto Pellegrino quanto o roteiro constroem um vilão que, no ato final do episódio, mostra que pode não ser tão maniqueísta quando se espera, ao apresentar sua versão da história. Acompanhar os desdobramentos disso também pode ser interessante.

Os efeitos especiais são até bem feitos, considerando que falamos de uma série da CW e seu orçamento é limitado. A maior demonstração do poder de Stephen, perto dos minutos finais, foi bem executada, bem como os momentos de luta entre John e os agentes da Ultra e os diversos teletransportes que aconteceram no episódio.

O calcanhar de Aquiles da série, por enquanto, tem nome e sobrenome: Robbie Amell. O garoto é bonito e carismático, mas nem de longe conseguiu uma causar uma boa impressão. Sua atuação é limitada, as caras e bocas forçadas e em diversos momentos do episódio, eu senti uma profunda vergonha alheia de como ele tentava emocionar e não conseguia. Ainda estamos no piloto (e vale lembrar que no começo de Arrow, Stephen Amell também não era muito bom) e há tempo para melhorar, mas este é um ponto que precisa realmente ser levado a sério, pois não há roteiro e direção bons o suficiente para segurar uma série com um protagonista ruim.

Por agora, The Tomorrow People se mostrou promissora. Se a série usará o seu potencial e corrigirá seus erros, só mesmo pagando pra ver.


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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