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Primeiras Impressões: Valor

Por: em 7 de novembro de 2017

Primeiras Impressões: Valor

Por: em

Ainda estou tentando entender como que essa série foi parar na CW.

Divulgação/CW

A minha maior teoria (que, na verdade, roubei de meu amigo Alexandre) é que ela foi uma das sobras da CBS, emissora do mesmo grupo, na última temporada e acabou na mesa do Pedowitz (presidente da CW), que aprovou por falta de pilotos mais aderentes a faixa etária do canal. Porque, de verdade, não tem nada a ver e quando eu começar a contar do que se trata, você também vai perceber isso.

Valor é um drama militar (sim, eu disse militar), que narra os acontecimentos depois de um acidente durante uma missão de um grupo específico de soldados. Durante essa empreitada em meio ao território inimigo, eles acabam caindo em uma emboscada (que eu não vou comentar a fundo, para não perder completamente a graça do episódio para você), o que os fazem tomar decisões contraditórias – que claramente os atormentará no futuro.

Agora relê o parágrafo anterior e enxergue isso na CW. Claro que abusaram nas doses de descamisados, sexo sem necessidade e casos amorosos mal construídos, mas a real é que a ambientação da história causa um estranhamento quase que imediato – e esse é, sem dúvida alguma, o maior problema da série.

Reprodução/CW

Não pense que, com tudo que foi colocado, eu tenha achado o piloto ruim – não é.

A construção não-linear chama atenção, apesar de ser um recurso mega batido, e acaba prendendo o espectador para saber o que realmente aconteceu (o que já é revelado no final do episódio).

Ao passo que vamos conhecendo os impactos traumáticos do acidente/emboscada, com doses cavalares de transtorno pós-trauma (TEPT), entendemos que a história que está sendo contada no presente, pouco bate com aquela que nos é mostrada nos flashbacks.

Reprodução/CW

O elenco não tem nenhum nome que chame realmente atenção, em grande maioria formado por alguns atores que já fizeram papeis menores na casa, em séries como Hellcats (saudades!) e One Tree Hill (mais saudades ainda).

Podemos falar que sobra carisma por ali? Claro que não. O episódio todo depende muito da atuação de Matt Barr, o comandante Gallo, que segura, além do enredo, o casal principal da série. Christina Ochoa é crua, crua. Nos momentos que a série precisa que ela entregue uma atuação mais forte, as cenas são fracas, abaixo do tom esperado (mas também nada que incomode) – o que é realmente uma pena, porque o texto não é ruim.

Reprodução/CW

Resumidamente: a série não tem um texto ruim, muito menos chega a incomodar com atuações ou direcionamento dramáticos. Mas ela está no lugar errado e, só por isso, parece fadada a dar bem errado também. Acompanhando Supergirl na programação, Valor não conseguiu sustentar nem 50% da audiência e vem capengando nesse seu primeiro mês de exibição (sim, eu estou atrasado com esse texto, não me julguem!).

Ao que tudo indica, ela será mais uma das muitas que a CW tentou emplacar para um “novo público”, mas errou feio. Uma pena, né? Talvez eu continue vendo, só para saber o final (juro que conto para vocês!).


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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