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Punho de Ferro – 1×06 Immortal Emerges From Cave

Por: em 18 de março de 2017

Punho de Ferro – 1×06 Immortal Emerges From Cave

Por: em

As escolhas entre Danny Rand e Punho de Ferro.

Para aqueles que vinham sentindo falta de ação, o sexto episódio da nova série da Netflix foi um prato cheio. Recheado de momentos onde vimos Punho focalizando o seu Chi e externando suas forças, sentimos também os primeiros sinais de que a crítica pode não estar tão errada quando “bate” tanto na atração. Pelo menos para mim, isso acontece por um simples motivo: a sensação que fica ao assistir Punho de Ferro, é que estamos preparando o terreno para algo muito maior que, provavelmente, só se desenvolva junto dos outros Defensores. Isso é uma verdade? Não sei. Mas quando ligamos os pontos, não parece tão impossível – ainda mais com o Tentáculo sendo tão pontuado e já conectado com os outros heróis.

A chegada de Claire, no episódio anterior, também fortalece isso. Apesar da gente amar a personagem, sua chegada não poderia ser mais proposital. Do nada, ela aparece como uma aluna de Colleen. Ok, aceitando esse ponto, grande parte das suas cenas soam dispensáveis e atestam um apelo desnecessário da série, numa espécie de fan service mal utilizado. Claramente, Claire não precisava estar ali, pelo menos não agora, mas foi um artifício usado para prender o público na trama que ainda parece não saber para onde caminha.

Depois dos muitos desafios no antro do Tentáculo, com cenas muito bem coreografadas – talvez esse seja um dos pontos mais fortes da série, a sensação que fica é de que tudo está meio desconexo. Danny abriu mão de si mesmo para se tornar Punho, mas agora parece retroceder e largar mão dos preceitos que aprendeu em K’un Lun – o que pode ter um pouco a ver com os motivos que o fizeram deixar o paraíso para trás. Outro sério problema é sua extensa conversa com aquela espécie de espírito do passado, como se tentasse externizar sentimentos confusos, mas que soam ainda mais complicados quando falados com um “fantasma”.

Uma dúvida que eu fiquei depois deste episódio é se a gente já sabia que Madame Gao tinha poderes? Primeiro porque acho essa personagem extremamente desconexa. Você olha para ela e acredita que ela é aquela vovó que prepara biscoitos em casa, só que, na real, ela é do mal e bem das macabras. A bicha parece que sai do bueiro e, do nada, brota nos lugares. Para com isso. Depois me surge com aquele poder meio Dragonball Z – que minha memória não reconhece como um conhecimento prévio – e a gente fica aqui, aceitando tudo que está acontecendo.

Momento vergonha alheia: cenas “românticas” entre Danny e Colleen.

Cara, tem como ter menos química que esses dois? As cenas deles são tão constrangedoras, a ponto da gente querer que passe logo para não ter que viver mais daquele sofrimento. É muito bizarro. Parece que são duas crianças desajeitadas, que se olham, se gostam, mas não sabem o que fazer. Este tipo de comportamento até faz sentido para o Danny que ficou recluso do mundo por muito tempo. Agora Colleen? É só estranho mesmo.

No campo dos coadjuvantes, tivemos o espaço para o desenvolvimento dos problemas de Ward com o vício em medicações, cumprindo a sua cota de clichezão anti-heroi. Sério, o cara tem problemas com o pai, quer provar para o mundo que é independente e acaba descontando as frustrações em algum tipo de vício. Tem como ser mais óbvio? Claro que não. Ver uma cabeça decepada sempre dá uma força na hora de piorar o problema mas, por si só, ele já é bem estragado – e cheio de traumas.

Lendo tudo que escrevi, parece que não suporto a série, mas ela não me entedia em nenhum minuto. Não fico desesperado querendo saber quanto tempo já passou, nem nada do tipo. Só que não podemos negar os problemas, né? A série tem um longo caminho para trilhar e, talvez, seus 13 primeiros episódios tenham sido prejudicados pelo mal que é o fardo de introduzir uma reunião entre os heróis. Por aqui, seguimos na maratona e queremos ver você junto com a gente. Até mais.


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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