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Quantico – 1×10 Quantico

Por: em 8 de dezembro de 2015

Quantico – 1×10 Quantico

Por: em

A uma semana do hiatus da primeira temporada de Quantico, fomos apresentados a um episódio que poderia muito bem ter se chamado Trust. Já que em uma manobra feita por Liam, após Alex ter se declarado culpada, vimos todos os antigos companheiros de academia juntos na tentativa de provar a inocência de Parrish. O problema é que a nova reestruturação não sobreviveu nem a um episódio, e se você, assim como eu, pensou que veríamos o começo da caçadas pelos outros 61 agentes, mais uma vez o roteiro deixou claro de que não estamos enxergando muito além das cinzas do atentado no Gran Central.

O fato é que o episódio usou de várias situações para mostrar que todos têm seus segredos, mas que isso não faz de alguém melhor ou pior. No caso de Quantico, mais ou menos capaz como agente. O fato é que algumas perguntas foram respondidas, como: quais as intenções da suposta irmã de Shelby; a origem e o porquê da falsa cicatriz de Natalie; e principalmente, de quem eram originalmente os projetos das duas bombas. A forma usada para explicar parte destas respostas sempre esteve ligada às verdadeiras intenções de cada pessoa. No caso da irmã fake, coube uma declarada má-fé da outra parte, usando da dor e desamparo de Shelby na tentativa de se manter em contato com algo real ligado à imagem do pai; já Vazquez – que pela primeira vez pode mostrar um lado mais humano da agente – retratou as consequências que os relacionamentos abusivos deixam mesmo após seu término; a grande surpresa, no entanto, esteve na descoberta da mente por trás das bombas, Simon.

quantico-1x10-haas-shelby-simon

A inserção da temática Israel x Palestina é algo que exige certo cuidado, por se tratar de algo muito mais complexo que apenas uma questão Good Cop x Bad Cop. A forma como foi trazida para a trama, acentuada a última ação promovida por Simon, serviu para justificar os motivos encontrados pelo agente para desmistificar a ideia de que a academia do FBI é a detentora das verdades absolutas. Cabendo aqui o exemplo da postura – extremamente questionável – tomada por Miranda, já que de uma forma um tanto quanto absurda decidiu por expulsar Asher (mais uma vez) de Quantico. A questão aqui era justamente a de nos levarmos direto ao raciocínio de que Simon seria o agente duplo, infiltrado, pronto parar incriminar Alex desde o início. Por outro lado, me transmitiu estranheza o fato de termos visto Raina indo visitar o líder da célula terrorista, Hamza, no hospital. E mesmo já deixando claro que não há pessoa mais ligada a ideais e crenças que a irmã de Nimah, só posso enxergar como uma falha no roteiro esta preocupação repentina pautada na “verdadeira transformação das pessoas”.

O episódio que dá nome a série, foi responsável por destruir a aliança criada ao longo de árduos nove episódios. Deixando claro – pelo menos literalmente através do discurso – que no fim das contas a única pessoa que seria beneficiada com o status de heroína seria Parrish. A grande questão que me intriga é que estamos a menos de vinte e três horas até o julgamento de Alex, que agora conta apenas com o apoio de Miranda, Liam e possivelmente do eterno enamorado Ryan. Ou seja, como será resolvida a questão do novo atentado a tempo e a absolvição de Alex?

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E se algo me fazia perguntar por onde andava Elias Harper, que tinha dado as caras apenas no episódio passado. A invasão à casa de Simon deixou claro que a postura stalker do analista nos tempos da Academia, talvez passe a se justificar a partir de agora. O grande problema aqui tem a ver com quais seriam os motivos, ou a forma, como nos será vendida a parte que cabe a ele no roteiro de Quantico.


O ritmo mais lento dos últimos episódios tem provocado de certa forma uma sensação de que tudo ficará bem e de que o winter-finalle talvez nem seja tão impactante como tem de ser. Concorda com isso ou acredita que estes últimos episódios serviram para se aprofundar um pouco mais na persona de cada um dos agentes de Quantico? Não deixe de dividir aqui quais suas impressões ou o que esperar para o episódio da próxima semana.


Marcel Sampar

Paulista que puxa o erre pra falar, PHD em Análise do Drama pelas novelas mexicanas reprisadas no SBT e designer de homens palito. Com sérios problemas em se definir por aqui - sim, esta já é minha terceira tentativa em menos de um mês - mas que um dia chega lá!

Rio Preto/SP

Série Favorita: Sex and the City

Não assiste de jeito nenhum: Teen Wolf

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