“You are alive. You will survive this. I know this because I survived. You know that. They try to destroy you by taking your pride and your strength, but those things cannot be taken, not from you. Not ever.”
Faz alguns minutos que estou tentando começar essa review, mas apenas rememorar os acontecimentos de Acts of War me faz chorar. O episódio foi forte e sofrido, mas antes de analisá-lo é necessário comentar seu antecessor, Terror of the Faithful.
Primeiramente gostaria de me desculpar pelo atraso nas reviews, mas meu amado jornalismo tem consumido todo meu tempo. Ainda assim, aqui estou para comentar o desenrolar dessa série que vem melhorando a cada semana. A temporada pode ter começado fraca, desorganizada e arrastada, mas ao longo dos episódios foi se recuperando e consolidando uma trama interessante e bem construída.
Mas vamos falar de Terror of the Faithful. O oitavo episódio da temporada mostrou que a tensão entre católicos e protestantes aumentava de um modo assustador. O decreto aprovado por Francis, que obrigava todos os cidadãos a declarem sua fé, trouxe membros do Vaticano à França, aumentando o clima de intolerância religiosa.
Com isso o pastor, que teve a igreja/celeiro incendiado alguns episódios atrás, conseguiu uma reunião com Mary e Francis para ameaçá-los com uma suposta bomba. Suposta, pois não havia bomba nenhuma. Era apenas um plano dos protestantes para que os monarcas condenassem o pastor à morte, o transformando em um mártir. Ainda assim, quando isso não aconteceu, o homem foi assassinado por seu próprio povo, criando o caos que se esperava.
Além disso, descobrimos o motivo de Catherine estar sempre tentando afastar Claude. Aparentemente, quando criança, a princesinha foi responsável pela morte das irmãs, as gêmeas Emone e Henrietta, as sufocando ainda bebês. É o fantasma das duas garotas que Catherine vem vendo, mas começo a questionar se são mesmo fantasmas ou se a rainha está apenas ficando louca.
Acts of War, por sua vez, trouxe muitos acontecimentos e conseguiu ser devastador de muitas formas. Para começar tivemos um clima de aparente paz que não durou muito. Mary apostava que uma união entre Claude e Louis poderia ser uma boa forma de criar um laço entre católicos e protestantes. É claro que a princesa não gostou nada dessa história, mas protagonizou uma cena muito engraçada de flerte com Condé. O moço é lindo, charmoso, rico e está até mesmo disposto a ter um relacionamento aberto, caso os dois não funcionem como um casal. Se a Claude não quiser, eu quero. Ainda assim, fica cada vez mais evidente que Louis está apaixonado por Mary e fará qualquer coisa por ela. No entanto, sua saída misteriosa após o anúncio do noivado foi muito suspeita. Para onde será que ele estava indo?
Já que mencionei a Claude aproveito para externar todo o meu descontentamento com a personagem. Ela é chata, mimada, irritante, desnecessária e cada vez que aparece em cena me tira do sério. Em três episódios conseguiu roubar da Greer o posto de personagem mais insuportável da série. Até acho que ela tem uma história relativamente interessante, mas a oscilação entre sua presunção e vitimismo me irritam. Há plots muito mais importantes e não acho que a princesinha tenha acrescentado muito à história. Gostei da cena entre ela e o Condé, mas ficarei muito feliz se Catherine conseguir despachá-la para o quinto dos infernos.
Voltando ao que realmente interessa, assistimos a Francis e Bash colocando em ação um plano para acabar com controle de Narcisse sobre o rei. Gostei muito da forma como tudo isso se desenrolou e do plano ter funcionado. Já estava ficando cansada dessa história e de todo o drama que isso vinha trazendo para o relacionamento de Francis e Mary. Ainda assim, vale ressaltar que monarca merecia um Oscar por sua atuação em frente à Narcisse. Espero que agora ele finalmente tome coragem e conte tudo o que aconteceu para a esposa, criando uma chance de salvar o casamento.
Lorde Narcisse, por sua vez, parece ter percebido que tem uma grande parcela de culpa em todo o caos que acomete a França, o que pode sugerir uma possível redenção. Além disso, o clima de romance entre ele e Lola continua. Apesar da “traição” da moça, ao escolher ajudar Francis e, consequentemente, todas as pessoas que ama, o nobre ainda se importa com ela e eu realmente espero que em algum momento eles se tornem um casal. Por isso, rezo para que essa insinuação ridícula de casamento entre ele e Claude continue sem dar em nada, pois todo mundo sabe que a química de verdade existe entre ele e Lola.
Por fim, é necessário comentar o momento mais emblemático e intenso dessa semana: o estupro de Mary. Ainda que nada tenha sido mostrado de forma explícita, a cena foi forte, impactante e dolorosa. Acho que ainda mais triste que o acontecimento foi todo o seu desenrolar. Sofri junto com a Mary e chorei enlouquecidamente. O fato de ela ter que se forte e fingir que nada aconteceu, enquanto estava devastada, deixou tudo mais deprimente. Ainda assim, adorei a reação da Catherine e todo o apoio que ela deu à menina, afinal se alguém conseguia entender o que a moça estava sentindo esse alguém é a antiga rainha.
Francis também conseguiu ser bem sensível diante a situação, o que reforça minhas esperanças no futuro do casal. Outro ponto a ser destacado é a reação de descontentamento da maior parte dos homens que atacaram a rainha, estava claro que eles não concordavam com aquilo e, embora não tenham feito nada para impedir, isso demonstra como o ato é completamente repulsivo. Estupro é sempre um tema pesado, mas Reign conseguiu tratar o assunto de forma sensível, sem deixar de evidenciar a crueldade da situação.
Sendo assim, assistimos a dois excelentes episódios que mostraram todo o potencial e qualidade dessa trama e deixaram um gostinho de quero mais.
