“Nostradamus always said that you would be the cause of my son’s death. I never imagined you’d kill him by breaking his heart.”
Após assistir a esse episódio tenho duas teorias em mente: ou Reign resolveu esquecer de vez a história, ou está preparando alguma reviravolta que causará a morte de Francis. No momento, a primeira hipótese parece mais provável, mas é preciso esperar para ver o que será feito. Dito isso, Reversal of Fortune foi um episódio bem mediano.
Os acontecimentos mais uma vez se arrastaram e foram várias as vezes em que em peguei contando quando tempo faltava para o fim do capítulo. O principal problema, no entanto, foi a completa indiferença que me suscitou. Era para esse ser um episódio emocionante, mas não foi. Um dos protagonistas parecia estar em seu leito de morte e nada do que vi me sensibilizou, o que quer dizer muito, já que choro até em comercial de margarina.
De um modo geral, assistimos a Mary em um misto de culpa e tentativas desesperadas de salvar seu país, que se encontrava em uma situação de crise. É sempre bom ver a garota mostrando toda sua força e se portando como uma verdadeira rainha e, naquelas circunstâncias não havia mesmo muito o que fazer além de utilizar as tropas francesas, ainda assim, ela continua traindo Francis repetidas vezes e agindo de forma bastante egoísta e pouco crível.
A questão política e todo o conflito entre França e Inglaterra e, mais especificamente entre Mary e Elizabeth (na disputa pelo trono britânico), começa a ganhar força e pode ser uma trama muito interessante na próxima temporada. Nos próximos episódios isso deve se acentuar ainda mais, mas é praticamente certo que a história deverá ser verdadeiramente desenvolvida na terceira temporada. Isso me dá um pouco de esperança, pois fica claro que Elizabeth assumirá o papel de antagonista e uma atriz já foi escolhida para o papel.
E já que estamos falando de antagonistas é necessário comentar como essa figura fez falta nessa temporada. Apesar de Narcisse e o rei de Navarre estarem sempre rondando a trama, eles não possuíram posturas firmes o suficiente para se tornarem verdadeiras ameaças. O Lorde, então, perdeu boa parte da sua força após o hiatus de fim de ano e, por mais que continue serpenteando a trama e mostrando que não é confiável, falta ainda algo para que se consolide como um verdadeiro vilão.
Por fim, é preciso comentar a trama sem sentido de Bash e o reaparecimento de Clarissa, apenas para morrer e aparentemente livrar Francis da morte. Ao que tudo indica a profecia de Nostradamus, que gerou tanta dor de cabeça na temporada passada, se concretizou com a primogênita da rainha Catherine morrendo. Ainda assim, se essa história toda tiver sido tão facilmente resolvida será no mínimo frustrante. Além disso, quando o Bash vai arrumar uma vida e parar de se envolver em tudo quanto é picuinha sobrenatural desse reino? Depois a Kenna fica insatisfeita e arruma novos pretendentes e ele não sabe a razão.
De qualquer modo, a série se encontra em um ponto decisivo. Bem ou mal (e nós sabemos que na maioria das vezes é mal) Reign é uma série histórica e deveria ter o mínimo de fidelidade aos acontecimentos que permearam a vida da Mary Stuart. Sendo assim, a morte de Francis é mais do que esperada. Ainda assim, a morte de um dos protagonistas e um personagem tão querido pelo público pode ser prejudicial para a série e diminuir ainda mais a audiência (que já não está lá essas coisas). Dessa forma, a morte de Francis será o que vai determinar se Reign se manterá minimamente fiel a história ou seguirá um roteiro livre e totalmente ficcional.
