Isso tudo porque insistem em colocar como tema, músicas inspiradoras, levando os candidatos a sempre errarem a mão escolhendo músicas bregas no lugar. A exceção essa semana ficou por conta dos dois únicos que parecem saber o que estão fazendo ali: Crystal e Lee. Não apenas escolheram perfeitamente o repertório, como souberam sem exageros achar a emoção mais profunda, ao contrário de seus colegas/concorrentes.
Uma final entre os dois a cada semana parece ser mais certa e justa. Até minha antiga favorita, a Siobhan, já saiu dos trilhos e não merece ganhar nada. Mas vamos falar de cada um na ordem:
Casey: Esse é um que parece já ter se contentado em chegar onde chegou. Curte ali a guitarrinha dele, parece estar se divertindo. Mas garra de vencer? Vontade de parecer um ídolo? Não vejo nenhuma. E dessa vez, para mim, além de escolher mal a música, ele cantou muito mal também. Uma pena, o Casey sempre foi um dos meus favoritos. Mas já deu.
Lee: O cara escolher The Boxer já foi um bom começo. Mais uma das belas canções que Simon e Garfunkel fizeram (bem que podia ter uma semana só com músicas deles, né?), ela é verdadeiramente inspiradora, e a performance foi impecável, com a voz perfeita e a dose certa de emoção. Quando prestei atenção em mim, já estava soltando um “lalalai lalalalalalalai” junto em uníssono com o arranjo perfeito.
Tim: Acho que ele conseguiu fazer sua apresentação mais chata até agora, e olha que ele tem muita performance ruim nesse American Idol. Claro, os juízes pegaram leve com ele porque sabem que ele até tem tentado seguir os conselhos deles. Mas não tem jeito, ele é ruim, limitado. Não tem conselho que salve Tim Urban da mediocridade.
Aaron: Aaron já é chegado numa cafonice básica. Aí chega um tema como o dessa semana e não tem erro: lá vai ele com I Believe I Can Fly. Mas vá lá, é uma canção boa para esse tipo de competição. Só que achei que ele cantou mal demais, e me chocou ver o Simon elogiando a performance do moleque. Achei terrível, como as primeiras apresentações do Aaron. É como se todos os elogios à evolução dele que fiz nas últimas semanas se evaporassem.
Siobhan: Na moral, Siobhan, quem anda fazendo a sua cabeça? No começo você era toa excêntrica, diferente… escolhia bem as músicas. Agora você vem e me chega com uma música de diva pra cantar? Não é exatamente esse tipo de música e de performance que a gente ta cansado de ver no American Idol? O que te tornava especial era justamente você ser fora do padrão. Até a voz, que parecia incrível e tinha aqueles agudos espetaculares agora parece mais falsa, artificial, pensada demais. Siobhan perdeu a autenticidade, a naturalidade que tinha. E com isso, perdeu minha torcida.
Michael: Big Mike ficou bem abaixo das últimas semanas, principalmente vocalmente. Sei lá, tava com uma voz fina estranha, parecia um adulto imitando um bebê. Detestei. Mas francamente, mesmo que tivesse tido os vocais perfeitos, é inaceitável cantar música do Nickelback, né? É muito mau gosto.
Crystal: O que foi o começo a capella? E o que foi a emoção que tomou conta de toda a performance? Crystal foi perfeita como artista. O que isso significa? Que até quando ela não foi perfeita, ganhou pontos. Em alguns agudos ela desafinou um pouco, mas foi porque era realmente alguém soltando a voz pra falar de um sentimento. E quando a voz sumiu de vez, veio o choro que vai entrar na história do American Idol. Emoção pura, de uma artista se entregando de corpo e alma no palco. Ela vai ganhar o American Idol e com toda a justiça.
Eliminado:
Podem juntar o coral infantil e mandar a criançada cantar Aleluia, porque finalmente o encosto foi embora. Tim Urban está eliminado, como já merecia há bastante tempo.
Justiça feita, agora é irrelevante esperar os próximos eliminados. Aaron, Casey, Michael e Siobhan… Essa é a ordem que espero ver nas próximas semanas, mas se mudar entre eles, não faz diferença. A final tem que ser só uma: Lee e Crystal. E Mamasox ganha.
