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Arrow – 1×12 Vertigo

Por: em 7 de fevereiro de 2013

Arrow – 1×12 Vertigo

Por: em

Pois é, quem diria que Arrow conseguiria se manter depois de meia temporada como uma série consistente e que realmente parece saber o que está fazendo. Apesar da demora, por puros problemas de criatividade, preferi ainda assim postar a review desse episódio separada, porque existem coisas que merecem ser destacadas e que acabariam se perdendo se juntas as informações do seu episódio sequente. Por isso, é bem capaz de logo você já ter outra review para ler aqui na página do Apaixonados por Séries. Voltando ao episódio, acredito que temos muito o que falar, mas vamos aos poucos explorando as informações que vimos em tela, beleza?

Um dos artifícios de Arrow que eu mais gosto é como as tramas atuais conseguem caminhar de maneira harmônica com os flashbacks dos tempos da ilha que Oliver passou. Fora que, além de serem condizentes, os flashbacks em nenhum momento tornam a narrativa chata ou cansativa, muito pelo contrário, dão um vigor diferente e começam a nos mostrar ainda mais facetas do nosso protagonista. E apesar de um procedural, Arrow vem conseguindo manter o crescimento de um embrião de trama principal que vem para permear toda essa primeira temporada – que seria o envolvimento de Malcolm e Moira com tudo de “ruim” que já aconteceu na série – bomba que talvez ainda demore um pouco a explodir, mas que, com toda certeza, será um ponto de mudança para a maioria da dinâmica da série.

O caso da semana foi uma consequência dos atos finais do último episódio. A possível prisão de Thea incitou em Oliver uma revolta contida para achar um real responsável por aquele problema na sociedade – achei, no mínimo preconceituoso, o juiz querer utilizar a imagem da família Queen para dar exemplo para sociedade, mas a gente sabe que isso pode acontecer mesmo – e assim, passo a passo, chegamos ao tal conde, vivido brilhantemente por Seth Gabel, conhecido pelos fãs da já encerrada Fringe. Quando soube da participação do ator na série, o Alexandre Borges me encheu a cabeça, falou mil elogios para o ator e fez com que eu criasse uma certa expectativa na sua aparição. Depois do episódio, tudo que eu podia fazer era concordar com o que ele tinha me falado antes. O cara é brilhantemente lunático. Nunca vi um maluco ser vivido de maneira tão intensa e real ao mesmo tempo. As cenas foram muito boas e ele pegou exatamente o que precisava passar com aquele papel. Já começa que achei demais o apelido de conde, com sua posterior justificativa. Mas a cada cena, achava ele ainda melhor – desde sua barganha entre sua vida e a do seu traidor até o momento onde finalmente é capturado pela polícia e internado sob efeito de sua famosa droga.

Acabou que, apesar de uma resolução simples, Oliver se colocou na cena de um crime, mais uma vez. E, por mais que saibamos que ele é o heroi da série e ainda não pode ser descoberto, espero que o roteiro tenha um pouco mais de cuidado com os movimentos do personagem, para que não se torne óbvio a identidade do arqueiro verde – que por sinal é chamado de tudo, menos arqueiro verde. No flashback, vimos um pouco mais da onde vieram os problemas de confiança de Oliver, que pensou ter sido traído pelo seu amigo asiático, mas que, ao final de tudo, foi apenas uma artifício (doloroso) para livrar a cara dele. Alguém mais achou animal aquela morte falsa? Apesar de meio forçado, achei sensacional – assim como Dig, levei um susto quando o cara acordou com o toque de Oliver no porta-malas do carro. A questão é que a trama adolescente de Thea gerou uma certa movimentação geral dos personagens.

Laurel se dispôs a ajudar seu amigo e sua irmã, o que para mim não pareceu agradar muito Tommy – que teve pouco destaque, infelizmente, no episódio dessa semana. Não entendi muito bem como se deu o acordo com o juiz, mas esse período probatório de Thea no escritório de Laurel pode trazer uma aproximação forçada entre a advogada e a família Queen, causando problemas para o seu recém formado relacionamento com Tommy. Além disso, as discussões na casa dos Queen parecem ter chegado a uma trégua, mas só parecem. Thea superou o que sua mãe fez, por descobrir a real sobre seu pai, mas agora o peso caiu nas costas de Oliver, que descobriu informações sobre Moira que podem a comprometer, inclusive envolvendo seu nome com o desaparecimento misterioso de Walter. A tal nerd dos computadores não deu bobeira e passou um relatório completo para Oliver, que agora terá que lidar com essas novas informações – de uma maneira que ainda não temos noção de como será.

Nada muito além disso, não é mesmo? Apesar da aparente queda do arqueiro durante sua missão, a polícia ainda está longe de descobrir seu real paradeiro. A única coisa que fiquei em dúvida foi quanto a personagem que conhecemos como policial nesse episódio. Não sei, mas me pareceu que a relação entre ela e Oliver pode ir além da amizade, o que significa brincar com fogo para o nosso protagonista. Mas isso não passam de especulações. De concreto, ficamos com a ansiedade, pois o próximo episódio promete ser eletrizante. Você pode conferir o vídeo promocional de ‘Betrayal’ logo abaixo, caprichar nos comentários e logo voltar para acompanhar a próxima review que deve sair nos próximos dois dias.


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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