Depois de quinze episódios, Arrow mostra para a CW que não está para brincadeira. Sua audiência vem passando as do carro-chefe da emissora (The Vampire Diaries) de longe, o que pode significar algumas mudanças na estratégia do canal. Nessa semana, o show marcou 3.15 milhões de espectadores, o que é um número relativamente alto para uma emissora como a CW. Talvez essas mudanças não venham tão rápido, afinal Arrow está em sua primeira temporada, mas já está claro que o público comprou a série e quer ver essa trama andar – o que explica a renovação precoce para a segunda temporada. Mas tudo isso é muito justo. A fluidez da trama que a série apresenta é muito boa e os personagens favorecem isso ainda mais. Que bom que estamos acompanhando uma série de tamanha qualidade, série esta que muitos não davam nada até sua estreia.
‘Dodger’ volta ao ritmo normal da temporada, com um vilão específico para o episódio e nosso arqueiro correndo atrás dele para que os danos sejam contidos. O que vem de diferente agora é a presença crescente de Felicity, personagem espetacular que merece esse maior destaque que vem tendo nos últimos episódios. Depois do último episódio, onde ela estivera no meio de toda ação, achei muito difícil que o papo dela de só salvar o Walter fosse realmente levado para frente. Ela estava ali no meio já, não tem como evitar de participar de tudo que esta acontecendo. E assim como Diggle, ela mostrou essa certa resistência, mas que não durou muito tempo. Quando percebeu, ela já estava impedindo Oliver de ir atrás de alguém por não acreditar que aquilo fosse certo.
E a dinâmica que a garota trás para o clube dos bolinhas é muito bacana. A personagem é leve, sarcástica e muito engraçada. Claro, além de muito inteligente, o que fez com que ela se encaixasse bem no meio dos dois sem muita demora – muitas vezes parece que ela esteve ali o tempo todo e a gente que nunca tinha reparado nisso. Creio eu que ela já tenha se tornado uma das personagens mais adoradas pelos fãs – a atriz já garantiu um contrato de recorrente para a segunda temporada -, por isso colocá-la em perigo deu um gás no episódio. Apesar de sabermos que ela estaria a salvo, a tensão do momento foi grande e o medo que a personagem passava transpassou as telas – vamos combinar que não é fácil estar com um explosivo no próprio pescoço (por sinal, como ela estava bonita na festa, né?). Mas, além de provar ser de confiança, ela conseguiu mostrar para nossos garotos que merece estar nesse jogo. Suas coordenadas para Oliver foram fundamentais para a captura do tal Dodger.
Sobre o caso da semana, nem há muito o que falar. Dodger era um covarde que mandava seus reféns cometerem os crimes no seu lugar, ficando com o s lucros posteriores. Quando foi realmente fazer o serviço, foi visto e Oliver entrou em ação. Fim. E quando salvar o crime se torna fácil, nossos garotos tentam apelar para uma noite normal, regada a um primeiro encontro. Adorei Felicity zoando os dois sobre isso, estava muito bom mesmo – e com muitas verdades. Mas o que era para ser uma noite agradável, acabou se tornando um fracasso em ambos os casos. Diggle trouxe a tona a memória do irmão, o que foi um tiro no pé, porque deu motivos para a garota que sempre quis se sentir culpada.
Claro que entendemos os motivos dele, não tem como fingir que um passado não existe, mas aquele não era o momento, não mesmo. Oliver, o garanhão da série, parece que perdeu completamente a prática depois da sua hospedagem maldita na ilha. Todos os assuntos com McKenna não fluiam, o que foi tornando o encontro insustentável – pausa para comentarmos os métodos de Oliver e Felicity para encontrar informações: enquanto o primeiro atira uma flecha na pessoa e espera que o medo a faça falar a verdade, a segunda só coloca um dispositivo de escuta no celular da policial envolvida no caso, e aí Oliver? Tá precisando aprender algumas coisas! – e culminando na partida da detetive. No fim, os dois caras se deram bem e ganharam uns beijos para dar uma amenizada nos problemas.
Problemas estes que prometem crescer agora que McKenna estará envolvida na investigação atrás do arqueiro. Pelo menos Oliver tem consciência disso e pode tomar um pouco mais de cuidado quando for agir ou deixar sua ficante o esperando em algum lugar para salvar a cidade de alguém. Thea e Laurel, apesar de não terem um grande papel nesse episódio, trouxeram para a trama um novo personagem, Roy Harper, que promete aparecer muito mais vezes. E a história de menina rica com garoto do subúrbio parece que vai colar de uma maneira surpreendente, afinal todo aquele desprezo seguido de compreensão não vai parar por ai, ainda mais com uma garota como Thea que adora confusão. O personagem deve começar a crescer nos próximos episódios e ai poderemos ter um julgamento melhor do que o tal do ‘Abercrombie looking guy‘ veio fazer na série. E com tanta gente ganhando espaço, quem perdeu um pouco foi Tommy, que nem deu as caras. Seu foco deve ser restabelecido no episódio da semana que vem, já que seu querido papai estará na mira de Moira.
Parece que a ameaça do arqueiro mexeu mesmo com a cabeça da matriarca da família Queen, que decidiu tomar providências para ser tirada do meio essa confusão toda. Claro que isso pode dar muito errado, ainda mais com Oliver se metendo no meio, mas foi o jeito que ela arrumou de tentar sair disso. O assassinato comprado de Malcolm pode ser o grande gerador do embate entre Oliver e Tommy, coisa que está para explodir a algum tempo e tem um potencial grande de acontecer agora. Além disso, finalmente Moira não poderá negar que tem sangue em suas mãos, portanto não é tão boa quanto finge ser. Enfim, uma grande problemática a caminho. Nos flashbacks da ilha nada muito significativo aconteceu, além da demonstração da falta de confiança que Oliver adquiriu com a sua estadia por lá. Nada além disso.
E foi isso mesmo. Arrow fez mais um excelente episódio e promete repetir a dose na semana que vem com ‘Dead to Rights’, que você pode conferir o vídeo promocional abaixo. E agora dá uma caprichada nos comentários! Até a semana que vem!
