Quando eu acho que tinha visto de tudo em Bones, os roteiristas me surpreendem (positivamente) lançando esse caso resolvido complemetamente “às escuras” (com o perdão do trocadilho, claro).
A ideia de acrescentar a falta de energia como um elemento dificultador à investigação foi excelente, pois não sei se só acontece comigo, mas todos os casos que aparecem são resolvidos tão rapidamente que impressionam, como se nada fosse um impecilho capaz de tornar um caso insolúvel.
Voltando à essa situação, os meios utilizados para a solução do caso não poderiam ter sido mais divertidos, embora minha sequência favorita tenha sido a das batatas para carregar o celular da vítima. A expressão de Hodgins ao entrar na sala e ver aquela quantidade de batatas espalhadas pelo chão foi perfeita.
Como não poderia deixar de ser, Hodgins arrancou boas risadas neste capítulo (como na sequência em que ele tenta retirar a bateria de uma lâmpada de emergência e termina derrubando tinta em cima de Wendell), porém nem só de comédia viveram ele e Angela nesta semana.
Assim como ele soube fazer rir, soube também me fazer segurar as lágrimas no momento em que descobriu ser portador de uma doença genética que poderia causar cegueira em seu filho. Seu sofrimento era tão genuíno que ficou difícil não chorar com ele e com Wendell, que aliás soube dizer as palavras certas para confortar seu sofrimento.
Outro que teve um momento emotivo foi Booth, ao explicar para Bones o significado daquelas poltronas que os deixou presos em um elevador no meio de uma nevasca. Por falar em Booth, só ele seria capaz de tal atitude (isso é bem a cara dele), e o melhor é ele ter levado consigo Bones e Sweets.
Por falar nos três, preciso confessar que esperava mais da “discussão da relação” entre Bones e Booth. Não que em algum momento eu tenha imaginado que a situação entre os dois se resolveria magicamente neste capítulo, mas esperava que, depois de uma conversa tão íntima, as coisas avançassem um pouco entre eles. Porém, tudo ficou como sempre: muita insinuação, alguma tensão sexual, mas nenhuma ação. Definitivamente, ficará para a próxima.
Mesmo assim, a conversa teve bons momentos, como quando os dois avaliaram a atração que sentem um pelo outro, como um relacionamento entre eles seriam bom (mesmo que passageiro) e, principalmente, conseguiram falar disso abertamente, sem ser interrompidos por ninguém.
Falando em Booth, ele também deu uma clara demonstração de que ainda não esqueceu Hannah (Sweets e o saco de ervilhas que o diga) tanto que, durante a conversa com Bones, ela sequer foi citada. Menos mal.
Até a próxima semana.
