Poucas vezes um hiato foi tão bom para uma série como a pausa de duas semanas foi para Bones. Não que a série tenha melhorado ainda mais, o que não é necessário, já que esta temporada está excelente, mas o show manteve seu ritmo, o que por si só já é ótimo.
O caso da semana não foi tão nojento como os anteriores, mas as investigações tiveram momentos senão asquerosos, no mínimo engraçados, como a reação de Bones durante a visita à fazenda de corpos. Vê-la gargalhando enquanto explicava a um atônito Booth o processo de decomposição dos vários cadáveres que estavam ali foi, no mínimo inusitado, já que a personagem estava tão feliz quanto uma criança em uma loja de doces.
Outro momento que rendeu risadas e uma pontinha de enjôo foi o momento em que um dos corpos simplesmente explode. Ver as partes dos intestinos de uma pessoa ali, expostos daquela maneira, combinado com a expressão de nojo de Booth foi de revirar o estômago de qualquer um. Perfeito, como apenas a série é capaz de fazer.
Por falar na investigação, uma pessoa tem de ser citada: a presença do Dr. Douglas Filmore, um podólogo que trabalha como consultor forense. Depois de ter seu trabalho totalmente desacreditado por Bones em um artigo e, com tamanha tensão, ficar com uma estranha paralisia em seu braço direito, ele se torna peça-chave na elucidação do caso.
Mas, muito mais do que isso, Filmore teve um papel importante no capítulo desta semana: mostrou que Bones é capaz de, a seu modo, admitir seus erros e pedir desculpas àqueles a quem magoa com seu “excesso de sinceridade”. Tudo bem que isso não aconteceu assim tão fácil, nem foi tão rápido. Antes de tudo tivemos várias sequências em que ela desacredita seu trabalho, além de não entender (ou fingir que não compreende) quando ele agradece, ironicamente, a cada vez que seu trabalho é desacreditado.
Comentando sobre este personagem, preciso dizer que adorei Dr. Filmore. Sua excentricidade e simpatia foram tão cativantes que até me despertaram o desejo de vê-lo em cena mais uma vez, aprendendo e ensinando algo a Bones, quem sabe?
Outro detalhe dele que não poderia deixar passar é, em minha opinião, claro, uma certa semelhança entre ele e Sheldon, de The Big Bang Teory não em termos de personalidade, mas na forma como os dois se expressam, seus trejeitos e até seu tom de voz. Se bem que, se fossemos comparar os dois, acho que eu ainda preferiria Dr. Filmore.
Deixando um pouco o caso da semana de lado, não poderia deixar de comentar as sequências envolvendo Camile, especialmente a que ela pede um conselho a Sweets sobre como contar a Michelle que ela havia forjado sua inscrição para a universidade. Mesmo seguindo, a sua maneira, o conselho de Sweets de contar a sua filha a verdade, ela ficou verdadeiramente surpresa com a decisão da garota em obter a inscrição por seus próprios méritos.
Aliás, uma sábia decisão e uma cena fechada com a fala perfeita. Mas não tão perfeita quanto o diálogo final entre Bones e Booth. A sequência de “pedidos de desculpa” dela foram hilários. Já a desculpa que ele deixou no ar só serviu para deixar aquele gostinho de curiosidade na boca. Afinal, o que será que ele gostaria tanto de se desculpar?
Até a próxima semana.
