Fazia muito tempo que não me emocionava tanto com um episódio de Bones quanto com o desta semana The Signs In The Silence. Talvez seja influência dessa aura pré Dia das Mães ou talvez a ansiedade por ver o bebê de Angela e Hodgins nascer, mas posso dizer que adorei o capítulo de hoje, tanto que tive de segurar as lágrimas em vários momentos, principalmente nos cinco minutos finais.
A começar pela vítima, que ao contrário das demais não estava morta, tudo foi carregado de emoção. O drama da garota que aparentava ser apenas mais uma criminosa, mas com o decorrer das investigações se revelou mais vítima do que aquele a quem matou comoveu não só a equipe do Jeffersonian como a mim também. Se bem que dentre todos os envolvidos a mais tocada pela história foi Bones, que surpreendeu com tamanha emotividade.
O fato da garota estar longe de seus pais e ter sofrido inúmeras agressões durante sua infância mexeram tanto com ela que descobrir o que levou aquela menina a cometer aquele crime se tornou praticamente uma obsessão para ela, e foi aí que o capítulo se tornou especial. Ver uma Bones mais humana, segurando as lágrimas enquanto recordava detalhes de sua curta convivência com sua mãe e se lembrando de cada momento difícil vivido em lares adotivos foi marcante, e a história foi conduzida com tanta sabedoria pelos roteiristas e principalmente pelo elenco que os quarenta minutos de duração do capítulo mais pareciam dez. Quando menos esperei, os créditos finais estavam subindo na tela.
Mas, se Bones me convenceu por sua emotividade, boa parte desse avanço se deve a Sweets, que soube como ninguém despertar nela todas as lembranças que ela tanto lutou para esconder, tranformando-a em “alguém como nós”, e a revolta com que tratava a garota se tornou rapidamente em um carinho contagiante. Até eu gostaria de estar ali, abraçando aquela menina e ajudando-a a superar tudo aquilo pelo que havia passado.
Sobre Booth nem preciso dizer que ele mais uma vez foi guiado pela emoção, o que foi muito bom pois combinou com o clima emotivo do capítulo, e mesmo quando estava dominado pela fúria conseguiu extrair a verdade dos pais, também com a ajuda de Sweets, que aqui foi peça fundamental na resolução do caso.
O desfecho das investigações, por sinal, foi magnífico. O reencontro da garota com seus verdadeiros pais foi de poucas palavras, mas tão carregado de simbolismos e emoção que foi difícil conter as lágrimas ao vê-los se abraçando pela primeira vez depois de tantos anos. Assim como ficou complicado segurar a ansiedade pelo nascimento do bebê de Angela e Hodgins, que finalmente está a caminho.
As sequências envolvendo os alarmes falsos de Angela, por sinal, renderam momentos cômicos graças ao desespero de Hodgins, que mais parecia atrapalhar do que ajudar. Se em um alarme falso ele literalmente entrou em pânico, o que devemos esperar dele quando a criança finalmente nascer?
Falando no bebê, a discussão inicial entre Bones e Booth foi outro momento divertido do capítulo. As opções de presentes sugeridas por Bones foram inusitadas, mas bem a cara dela. Se bem que, depois de acompanhar todo o caso da garota ela voltou atrás e sugeriu algo bem comum: um coelho de pelúcia. Um desfecho leve para um capítulo tão agradável, e a uma semana do final da temporada.
Até a próxima semana, e feliz dia das mães a todos os leitores.
