O melhor  e o pior de Brooklyn Nine-Nine…

Esses dois episódios são belos exemplos pra mostrar o que Brooklyn Nine-Nine tem de bom e de ruim. Enquanto o primeiro está entre os melhores da série (isso se não for o melhor), o segundo é o mais sem graça e, consecutivamente, o pior até aqui. Isso ilustra muito bem a certa irregularidade apresentada nessa temporada inicial. Porém, quem disse que essa pequena irregularidade é algo ruim? Os episódios não variam entre terríveis e bons, mas sim entre ótimos e “apenas bons”. E isso é algo que merece ser celebrado nos dias atuais, onde as comédias estreantes estão cada vez piores e sem os personagens carismáticos vistos aqui.

Aliás, essa é uma característica muito forte que B99 já firmou: os personagens. Estamos no 14º episódio e parece que  já conhecemos essas pessoas a mais tempo, parece que já sabemos como eles vão agir e, acima de tudo, gostamos dessas pessoas. De todo o elenco não há nenhuma pessoa que provoque raiva ou seja chato. Claro que alguns personagens são melhores que outros, mas no fim, todos são agradáveis de se assistir.

Enfim, vamos aos episódios em si. No 1×13 The Bet, a aposta entre Jake e Amy sobre quem pode fazer mais prisões chega ao fim. Essa aposta ter retornado foi algo ótimo, pois passa aquele sentimento de continuidade que sempre é algo muito bom de ser visto em comédias, que geralmente optam por apresentar apenas momentos sem ligação uns com os outros. Já era óbvio desde o piloto de que o Peralta tem uma queda pela Amy e vice e versa, mas foi ainda melhor ver isso ser exposto aqui. Os dois formam um casal bem bacana, mas a série precisa tomar cuidado se for investir no romance, principalmente tão cedo.

O Boyle estava só contando verdades nesse 1×13, o que também rendeu alguns ótimos momentos. O seu romance com a Rosa também teve um pequenino foco aqui, mas esse casal é pouco provável que aconteça. Na verdade, eu torço pra que não aconteça, porque, além de parecer forçar a Rosa em algo que ela não faria, o roteiro fará com que a dinâmica de B99 mude de maneira brutal.

Já no 1×14 The Ebony Falcon, a cena inicial prometia um episódio muito engraçado, pois aquele jogo “esposa ou cachorra”  foi simplesmente hilário e já se tornou um dos melhores momentos da série até aqui. Um pena que o humor parou por aqui e o que se seguiu foi totalmente sem graça. Em sua primeira tarefa de volta ao trabalho, Terry acaba com uma facção que vende esteroides, ao mesmo tempo que dá a Jake dicas de como lidar com as emoções. Esse foi um plot que chegou a ser um tanto entediante e, sinceramente, não consigo lembrar de nenhuma piada engraçada envolvendo essa história.

Enquanto isso, a outra história, o arrombamento no apartamento da Gina, falhou consideravelmente. Claro que dar foco a Gina parece uma aposta certeira, mas não foi isso que ocorreu. A personagem estava exagerada demais, chegando a me aborrecer em algumas partes. Felizmente ela não chegou ao ponto de irritar e ainda conseguia ter algumas tiradas aqui e ali, mas no fim foi algo bem inferior ao que a secretária apresentava até agora. Vamos torcer pra que isso não se repita…

Observações:

-Nessa terça Brooklyn Nine-Nine não apresentará um novo episódio, mas sim no domingo, dia 02/02, em que irá passar após o Super Bowl, com um episódio especial com a participação de Adam Sandler.

-Torcia para que a esposa do Terry fosse a Tichina Arnold (a tão conhecida Rochelle)…