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Brothers and Sisters – 4×01 The road ahead

Por: em 29 de setembro de 2009

Brothers and Sisters – 4×01 The road ahead

Por: em

Depois de uma irregular terceira temporada, Brothers and Sisters está de volta e podemos enfim matar as saudades da família Walker! E como essa é a primeira review de Brothers and Sisters por aqui, resolvi começar com uma forma diferente. Que tal falar sobre os Walkers um a um?

Kevin Walker

Incrível ver que no meu casal mais querido da série, pela primeira vez é Kevin quem está pronto para dar um próximo passo. A exitação de Scotty em adotar uma criança me pareceu a princípio estranha, mas ao final do episódio totalmente plausível. Afinal, não é porque ele está pronto para se comprometer com o amor e o casamento, que ele necessariamente está pronto para ser pai.

Já Kevin, de um jeito ou de outro, vem enfrentando o assunto “paternidade” em sua vida desde o ano passado. É justo que Scotty também tenha um tempo para se adaptar e se adequar (ou não?) a idéia.

Justin Walker

Mas esse não é o único casal que sempre terá a minha torcida. Torço por Justin e Rebecca desde o momento em que a filha de Holly colocou os pés na série. No entanto, sou obrigada a confessar que a minha torcida, e minha afeição por Rebecca, é um pouco resquício de Everwood, série anterior da Emily Van Camp.

É incrível o quão real é esse tipo de desentendimento  pós-noivado entre os dois. Quem nunca ouviu falar de algum casal de namorados que namorou durante anos até o dia em que, tendo noivado, começou a brigar, brigar, até por fim romper? Espero, claro, que esse não seja o destino de Justin e Rebecca. Até porque toda a  pressão em cima de Justin realmente justificou todo aquele stress.

Bem que eu tinha estranhado a rápida aceitação dele no curso de medicina, tão disputado aqui e no mundo. Tudo não passou de uma “mexida de pauzinhos” do seu prepotente cunhado. E, não importam o que digam, o raciocínio de Justin está corretíssimo, importa sim como ele entrou. E graças ao jeitinho de McCallister, por mais que ele se esforce, será sempre um janeleiro, que só fez jus ao curso graças a influência alheia.

E, ainda sobre o jovem casal, quão desnecessário foi o começo do episódio com o acidente de carro? Pra quê aquilo? Se a idéia era nos deixarmos o episódio inteiro preocupados com o futuro do jovem casal, decidamente não funcionou.

Kitty Walker

Kitty  continua uma chata ao lado de Robert. Nunca fui fã da personagem, a quem amavelmente costumo chamar de Ally McBeal, já que a interpretação de Calista Flockhart é exatamente a mesma nas duas séries, e é visivel o quanto ela tem se tornado cada dia mais insuportável desde o dia em que Robert McCallister cruzou seu caminho. E toda essa encenaçãosinha dos dois, pagando de casal modelo é realmente triste. Muito me admira que Norah ainda aguente esse cara, sabendo o quanto a vida da sua filha tem sido uma farsa.

E por falar em Robert, sabiam que Rob Lowe recusou o papel de Patrick Dempsey em Grey’s Anatomy? Imagina que horror um Mc Dreamy como esse? Ainda bem que  Lowe tem um agente com um péssimo faro, e Grey’s pôde respirar aliviada sem esse canastrão no elenco. Sobrou pra Brothers and Sisters, onde, pelo menos, Robert não é do clã principal, e ainda que seja, temporariamente, um Walker, não acho que essa condição permaneça até o final da temporada, mesmo com a eminente doença (câncer?) de Kitty Que assim seja!

Mas se tem uma coisa de agradável naquela família é Evan. Que bebê mais fofo! Bocudo e com um olhão cheio de expressividade, e ainda barrigudinho como toda criança bem alimentada e saudável deve ser! Foi particularmente bonito vê-lo tão perfeitamente encaixado e sereno no colo da sua mãe na ficção que, assim como sua personagem, também tem um filho que adotou recém nascido.

Talvez a coisa mais desagradável, atualmente, em Brothers and Sisters seja a questão política, tanto que ela foi devidamente diminuída. Não me entenda mal, acho uma discussão saudável e necessária, e adorava os embates das duas primeiras temporadas. Mas é duro ter uma republicana entre as protagonistas. Na temporada passada a série sabiamente parou de tocar tanto no assunto ou, quando o fez, foi de maneira mais abstrata. Afinal, a grande maioria dos americanos torcia pela vitória (que ainda viria a se concretizar) de Barack Obama, então era complicado manter os discursos republicanos de Kitty, acabaria por ridicularizá-la demais, principalmente se lembrarmos da exposição que teve a vice do Senador McCain, candidato republicano a presidência. Sarah Palin foi diversas vezes ridicularizada no Saturday Night Live com as imitações (perfeitas diga-se de passagem) de Tina Fey. Então não dava pra continuar dando a Kitty toda a argumentação republicana das primeiras temporadas, dava?

Sarah Walker

Que site de encontros online foi esse em que Sarah foi parar? Não tinha busca por idade, interesses, nada? Porquê peloamordedeus, cada tipinho que apareceu… Foi a cena clássica e estereotipada do encontro às cegas, nada realista se considerarmos que hoje em dia, com a precisão desse tipo de serviço, é bem difícil encontrar tantos idiotas numa tarde só.

Rachel Griffiths merece cenas melhores e um arco digno de respeito e indicações a prêmios. Tudo bem usarem Sarah como alívio cômico, mas também não precisavam apelar!

Tommy Walker

Meramente citado como estando em recuperação, Tommy não mereceu nem o previously do começo do episódio. Será que Baltazar Gethy é realmente carta fora do baralho?

Norah Walker

Que saudade das conversas da despensa! Ainda por cima com direito a Norah e Holly numa tentativa de conversa amistosa. Adoro toda e qualquer interação entre as duas, principalmente deza vez, com um objetivo comum.

E o melhor ponto do episódio foi mesmo a participação de Marion Ross como a mãe de Norah. A atriz aqui encarna um tipo muito parecido com o que fazia em Gilmore Girls, onde era mãe do Richard e avó de Lorelai, sendo a inspiração pro nome dela e de Rory. Em Brothers and Sisters, sua personagem, Ida, veio para adicionar o quesito surpresa a festa de noivado de Justin e Rebecca. Ok, todos sabiam que ela iria. Mas alguém sem papas na língua e cheio de preconceitos como ela demonstrou ser (“eles fazem bebês bonitos” em relação ao filho de Kitty) é sempre um fator surpresa!

E que esse fator surpresa retorne nas próximas semanas!


Cristal Bittencourt

Soteropolitana, blogueira, social media, advogada, apaixonada por séries, cinéfila, geek, nerd e feminista com muito orgulho. Fundadora do Apaixonados por Séries.

Salvador / BA

Série Favorita: Anos Incríveis

Não assiste de jeito nenhum: Procedurais

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