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Brothers & Sisters – 4×15 A Valued Family

Por: em 26 de fevereiro de 2010

Brothers & Sisters – 4×15 A Valued Family

Por: em

Escrevo essa review leve e feliz, como há algum tempo eu não ficava com Brothers & Sisters. Depois dessa pausa de duas semanas, depois de episódios tão fracos, tive medo de passar todo o resto da temporada apenas falando mal. Escrever sobre uma série que só afunda é praticamente um fardo, e eu fiquei com medo de ter que carregá-lo durante toda essa temporada com os Walker… Não poderia estar mais enganada.


Brothers & Sisters retornou do pequeno intervalo sem episódios com a inspiração e, principalmente, a emoção que não apresentava desde sabe-se lá quando. E o engraçado é que, se formos parar pra pensar, não houve nenhuma grande mudança dos últimos episódios para esse. Talvez a direção, mais firme, precisa, mostrando a tristeza de uma maneira mais econômica, menos água com açúcar. E o irônico é que o diretor desse episódio foi Michael Schultz, que nessa temporada também esteve a frente de um dos piores episódios, Zen & the Art of Mole Making.

Também ajudou o fato da trama ter sido centrada em duas das melhores atrizes da série. Claro, sem contar a veterana Sally Field. É sempre um prazer ver Rachel Griffiths e sua mais que querida Sarah protagonizarem um episódio. Sou fã do trabalho da atriz desde O Casamento de Muriel e sua presença em Brothers & Sisters foi um dos fatores que mais me atraíram para a série. Sarah vinha andando tão apagada e seu enlace romântico com Luc, no interior da França, de nada ajudou. Quem sabe agora, nessa segunda tentativa, definitivamente em solo norte-americano, essa história não acerta os seus ponteiros? O reencontro dos dois, mesmo não gostando do casal, me comoveu. Claro, muito graças a atuação de Rachel. Ao ver o homem que ama, ali, tão perto, de forma tão abrupta, ela demonstrou a surpresa que qualquer um realmente demonstraria, sem saber direito o que falar, correndo os olhos sobre ele, quase não acreditando no que via. Não gosto de Luc, mas agora estou até disposta a dar-lhe uma segunda chance.


O outro destaque do episódio foi Emily VanCamp, a doce e tantas vezes intragável Rebecca. Emily e sua atuação centrada e sempre cheia de emoção, ainda que contida, merece aplausos diante de uma geração sempre tão exagerada, cheia de maneirismos, acostumada a atuar com caras, bocas e lágrimas. Sei que muitos não gostam de Rebecca, mas peço que tentem distinguir a personagem da atriz, que é sempre incrivelmente superior ao seu parceiro em cena, Dave Annable.

Mas, olha, até que Dave esteve bem hoje, viu? Me deu uma dó ver Justin segurando aquele cd que ele daria pra mãe do seu filho. Desde a primeira temporada, quando ele deu a insulina a Paige e me fez gostar do personagem, o ator não se saía tão bem. Ok, estou exagerando, ele também atuava direitinho na época do tratamento contra as drogas.


Quem acompanha as reviews de Brothers & Sisters religiosamente já sabe: eu não tenho saco pro casal McCallister. Mas não é que eles vêm me surpreendendo? Tem sido interessante essa mudança nos pólos do casal, e o Robert não-candidato é um Robert muito mais interessante que o político frio que tínhamos que aguentar. E tem como não gostar da nova assessora de Kitty? A presença constante de Buffy, e seu nome nada sugestivo, ao lado de Kitty com certeza será um interessante contraponto. Claro, não tão “interessante” quanto ver os Walker disfarçados de republicanos! Sarah e aquele cabelo à la Sarah Pallin foi um daqueles suaves toques cômicos que só uma série como essa é capaz! Só não gostei da excessiva semelhança de Kitty à Hillary Clinton. Bom, pelo menos Hillary é democrata.

E alguém por favor me explica porque inventaram de fazer aquilo com o cabelo o ex-quase-futuro amante de Kitty? Ok, nós entendemos, ela ama Robert e vai continuar casada. Não precisavam enfeiar o ator com aquele cabelo diretamente saído de um clipe dos anos 80!


Eu tenho uma opinião tão dividida a respeito de Holly Harper que, em episódios como esse, fico sem saber se a amo ou a odeio. Provavelmente nem um nem outro. Mas, peloamordedeus, ela é cega? É claro que ela é da família, pro bem e pro mal. Ninguém se dá tanto ao trabalho, ninguém se importa tanto, com alguém que não represente nada… Se há discussões, conflitos e desavenças eternas entre Holly e Nora, ou entre Holly e quem quer que seja dos Walker, é porque eles já a aceitam como parte do clã. Claro, muito devido a Rebecca e seu envolvimento com Justin. Mas e daí? Ela faz parte da família e isso já ficou mais do que claro. Então que baita punhalada nas costas ela estava preparando, não? De qualquer forma, foi bonito vê-la voltando atrás e cancelando o negócio, ainda que um pouco mais tarde do que deveria.

Alguém arrisca um palpite sobre o que Dennis York pode saber a respeito da Ojai Foods? Não faço idéia do que pode estar escondido por trás daquela terra ou das ações. Aguardemos os próximos capítulos!

E semana que vem:


Cristal Bittencourt

Soteropolitana, blogueira, social media, advogada, apaixonada por séries, cinéfila, geek, nerd e feminista com muito orgulho. Fundadora do Apaixonados por Séries.

Salvador / BA

Série Favorita: Anos Incríveis

Não assiste de jeito nenhum: Procedurais

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