5×12 – Death Gone CrazyO 12º episódio desta temporada foi bem típico de uma série policial, mas foi muito bem feito. A vítima foi Beau Randolph, o dono de uma popular boate chamada Universitárias Enlouquecidas. Ele foi assassinado no banheiro de seu clube com um sutiã. A dificuldade em desvendar este crime é que Beau era um cara odiado por muitas pessoas. Ex-namoradas, garotas arrependidas de terem sido gravadas, namorados irritados, pais, etc, etc…

O ponto forte de Castle continua sendo seus personagens. Claro que o roteiro costuma ser sempre muito bom, mas a química e o charme dos personagens é essencial para diferenciar a série das outras milhões do mesmo gênero. A dinâmica entre Castle e Beckett é fantástica, como todo mundo já sabe. Mas isso não exclui os outros personagens, como Esposito, Ryan, Lanie, Alexis e Martha, que sempre rendem vários ótimos momentos nos episódios. Falando nisto, nos últimas semanas senti um pouquinho de falta dos grandes momentos Caskett. Mas de qualquer forma, os dois são fofinhos mesmo quando só estão falando de trabalho. Alexis deu o ar de sua graça neste episódio, combinando bastante com a temática de jovens se expondo em vídeos pela internet. Acho bonitinho como Castle sente ciúme dela e entendo o lado dele. Gosto da relação dos dois.

Com tantas pessoas que queriam ver Beau morto, o episódio correu como um clássico das séries policiais, com os detetives investigando suspeito por suspeito, seguindo a trilha até voltar ao início e descobrir que o culpado foi a primeira pessoa com que eles falaram. Eu me divirto com as entrevistas em que cada suspeito conta algo que ajuda a construir a história e levar ao  próximo suspeito. Depois de várias especulações e muita investigação, descobrimos, para a surpresa de todos, que Beau queria realmente resolver sua vida. Em meio a segredos, espionagem e chantagem, o real assassino era o sócio de Beau, que não suportou a ideia de parar de lucrar milhões filmando universitárias bêbadas semi-vestidas.

Resumido a história, Death Gone Crazy foi um episódio bom e divertido, mas não foi nem de longe memorável. Coisa que não se pode dizer do episódio seguinte, Recoil, que foi uma coisa linda de se assistir.

5×13 – RecoilJá dava para saber que Recoil seria bom só pelo “previously on Castle…”, onde percebemos que a história do assassinato da mãe de Beckett estaria de volta. Como previsto, o episódio foi fantástico, mas de uma forma diferente do que poderíamos imaginar. Já sabíamos que o Senador William Bracken é muito mau e é o responsável pela morte da mãe de Beckett, mas neste episódio, Kate teve que fazer o oposto de seus desejos de vingança e proteger o indivíduo.

O caso começou com o cruel e bem elaborado assassinato de Melanie Rogers. Assim que a vítima foi conectada ao ilustre Senador, Beckett imediatamente imaginou que ele estivesse por trás do crime. Mas não foi desta vez que Kate conseguiu justiça. O que realmente estava acontecendo é que alguém queria assassinar o Senador e  Melanie simplesmente estava no meio da história. Isso significava que os detetives deveriam proteger Bracken. Devo dizer que estou gostando bastante de Jack Coleman neste papel. O ator sempre me deu arrepios, não sei por quê. O que importa é que ele rendeu ótimos momentos com Kate.

Confesso que quando eles acharam o carro roubado com aquela quantidade enorme de evidência eu pensei: “Hããã?!? O cara tem o maior trabalho arrancando os dentes da mulher para que ninguém a identificasse para simplesmente largar um carro roubado cheio de evidência em uma garagem??”  Enfim, este pequeno detalhe, para a minha alegria, foi resolvido no fim do episódio. Na verdade, fiquei absurdamente feliz de não ter sido um erro de roteiro e sim algo que causaria a grande descoberta de Kate.

Uma coisa que foi muito bem feita no roteiro foi o dilema de Beckett. Foi interessante a forma em que ela está decidida a alcançar justiça e não vingança. Tenho minhas dúvidas se ela agiria da mesma forma nesta situação se fosse há algumas temporadas atrás. Mas o que realmente gostei foi que mostraram bem que a escolha certa não era necessariamente fácil. Quando ela percebeu que McManus era o bode expiatório, ela poderia ter deixado quieto e deixado Bracken ser assassinado que ninguém nunca a culparia.

No final das contas, Kate realmente salvou Bracken, mas ficou muito claro que esta história não vai parar por aí. O motorista que tentou assassinar o Senador aparentemente não era mais do que um intermediário. O que acontece é que Bracken prendeu Benjamin Moss como mandante do crime e acabou tornando o Senador ainda mais popular. Afinal, nada melhor para a imagem de um político do que ter a vida ameaçada por se posicionar a favor do que é certo. Essa história ainda vai render muito. Espero que ela tenha continuidade antes do final desta temporada, porque odeio ficar temporadas e mais temporadas na mesma coisa. Vamos ver no que isso vai dar.

A review saiu bem atrasadinha, me desculpem, não consegui fazer antes. Mas me digam o que vocês acharam destes dois episódios!