O 101º episódio de Castle começa com a vítima estranhamente sendo jogada na frente de um hospital. Infelizmente a moça não suportou os ferimentos e a nossa equipe de policiais (e escritor!) favorita foi investigar o caso. A vítima era Anne Cardinal, nativa americana que cresceu em uma reserva indígena e fazia doutorado em Biologia Evolutiva. A imaginação de Castle começou a funcionar à mil quilômetros por hora quando ele descobriu que a vítima trabalhava em um santuário primata. A primeira teoria dele envolvia uma grande conspiração de macacos.A segunda teoria dos detetives surgiu com a identificação do carro que deixou Anne na frente do hospital. O carro pertencia a Eddie Maslon, assassino condenado com um cão de ataque. Dessa vez a história era bem mais plausível, do jeito que Kate gosta. Acontece que a teoria foi rapidamente descartada, já que na verdade Eddie encontrou a moça no beco e resolveu levá-la a um hospital, mas ficou com medo que achassem que ele havia feito aquilo com ela. Não foi aí que descobriram quem era o assassino, mas pelo menos foi útil para revelar a suposta cena do crime.

No beco Castle encontrou algo de interessante. Pegadas gigantes. É por isto que gosto desta série. Não é todo dia que vemos pessoas sendo assassinadas pelo Pé Grande do meio de Nova Iorque. Rick ficou tão animado com a possibilidade quanto o garoto que ganhou um Nintendo 64 de Natal. A investigação continua com um pouco de tudo: um doutor que dedicou a vida pesquisando sobre o Pé Grande e sua esposa cética, um aventureiro com um gancho no lugar da mão que se achava o Indiana Jones e um programa que daria 1 milhão de dólares por uma prova da existência da criatura.

Achei engraçado o fato de uma pessoa andar na rua com uma prótese de gancho e todo mundo achar normal. O cara foi interrogado com o gancho. Isso não seria considerado uma arma? Não me parece muito realístico, mas não me incomodou. A grande pista que ajudou a resolver todo o mistério foi deixada pela própria vítima. Horas antes de morrer, ela engoliu um colar que pertencia à sua colega de quarto, assassinada algum tempo antes. A partir deste momento, o principal suspeito passa a ser o ex-namorado de Justine, que estava desaparecido.Neste ponto o caso parece estar bem encaminhado, com um suspeito bem plausível e com a descoberta da real cena do crime. Toda a parte em que Castle e Beckett estavam na floresta foi impagável. A roupa dele estava ridiculamente engraçada. Não conseguia olhar para ele e não rir, principalmente quando ele estava se comunicando à distância com o Pé Grande. Cada segundo foi uma diversão: os dois caindo na armadilha, Castle assustado, Kate dando uma de líder de torcida e enxergando a “justiça poética” da situação. Isso tudo até o Pé Grande realmente aparecer. Claro que não era um Pé Grande de verdade, mas quem não levou um susto quando ele apareceu? É engraçado como Darrell Meeks realmente acreditava na criatura.

Depois de muitas reviravoltas, descobrimos que o assassino estava lá o tempo todo. Nem desconfiei o professor. O orientador da moça era completamente obcecado por Justine e a matou para mantê-la em silêncio. Só que Anne descobriu toda a história, mas infelizmente não conseguiu escapar do assassino. Mas de uma forma ou outra, ela conseguiu solucionar o caso do assassinato de Justine e o culpado foi preso.

Este não foi o único mistério do episódio. Na casa de Castle, a comida estava misteriosamente sumindo da geladeira. Claro que ele não poderia resolver o problema de uma maneira convencional, então ele resolveu montar uma armadilha para pegar o “ladrão” de restos de comida. Desde o começo imaginei que seria Alexis, mas foi engraçado quando ela ficou toda azul. No fim, a garota estava sem dinheiro porque investiu tudo em um projeto de um amigo e ficou com vergonha de pedir mais dinheiro para o pai, por isto esta roubando comida da geladeira de Castle.

Para concluir, gostei muito do episódio. Toda a investigação envolvendo o Pé Grande foi divertida e inusitada. A forma em que cada personagem lidou com o caso foi muito legal, com Castle animadíssimo com a existência de criaturas mitológicas e Beckett acreditando na magia do cotidiano. Por isso que esse casal é lindo, eles se equilibram. Todo o episódio foi sobre o que as pessoas acreditam e eu achei que todos conseguiram justificar muito bem quais são as coisas que creem. Rick acredita no fantástico, Kate no cotidiano e Alexis acredita nas pessoas.

Melhores da semana:

– Adorei o nome do episódio! The Fast and the Furriest. Me fez rir.

– A comida não pode ter sido roubada pelos Pequenos. Afinal, eles são pequenos demais para abrir a geladeira.

– A cena de Castle com o gorila foi fantástica. Quase morri de rir com a cara que ele fez quando o bicho decepou a boneca.

– Castle cheirando a terra. Quem vê pensa que ele entende alguma coisa sobre o cheiro da terra!

– “Quem é Darrell Meeks?”