Depois amargar números baixíssimos de audiência, Chuck se despediu com dois episódios marcando records de views nessa temporada. Chuck vs Sarah conseguiu 1.2 na demo de 18-49 anos e foi acompanhado por aproximadamente 4.12 milhões de telespectadores. Chuck vs the Goodbye marcou 1.3 na demo de 18-49 anos e foi assistido por 4.32 milhões de telespectadores. Depois de 91 episódios, recebemos de presente um final épico e que vai ficar marcado nos corações dos fãs da série. E se você é daqueles que não ficou satisfeito com os rumos dos personagens, aconselho que aguardem o lançamento do DVD dessa 5ª temporada. O produtor Chris Fedak anunciou que teremos um final estendido e eu aposto minhas fichas em cenas típicas de final de novela brasileira.
Nos dois episódios finais, foram muitas as referências ao começo de tudo, especialmente do episódio piloto. Amei a referência ao primeiro emprego de Sarah disfarçada, o consulado russo e o vírus pornô. Todas as cenas em que ela assistia aos DVD’s sobre as missões me fizeram chorar litros. Ellie e o Incrível estiveram ótimos. Por um momento, achei que a proposta de emprego seria da CIA, mas fiquei feliz que eles tenham uma vida “normal” com a pequena Clara, aquela bebê linda que entrou na base secreta no canguru do pai, num dos momentos mais fofos do episódio final. Ellie mostrou que é mesmo uma Bartowsky, quanta coragem em bater o carro pra salvar Chuck. Mary Bartowsky apareceu pouco, mas acho que o final deveria ser mesmo do casal protagonista.
O grande vilão da série foi mostrado e não decepcionou. Quinn tentou a maior crueldade de todas: separar Chuck e Sarah. Felizmente, não foi bem sucedido. Sarah usou e abusou de cenas de luta espetaculares e roupas super sensuais, penso que a idéia era realçar seu lado “espiã fatal”. Algo que eu acreditava improvável aconteceu: Chuck recebeu o Intersect de volta, mesmo estando a caminho de sua aposentadoria como agente. Durante toda a temporada, mostraram como ele evoluiu emocionalmente e fisicamente, sendo capaz de ser um espião competente sem ajuda dos flashs. Mas a escolha entre as memórias de Sarah e impedir o vilão era importante pra mais uma vez mostrar reforçar seu caráter. Alguém duvidou que Chuck abdicaria do amor em prol de salvar o dia? Sobre a bomba, por um momento pensei que ele usaria suco (de uva?) pra desarmá-la.
Casey bem que tentou ser novamente um coronel bravo e sem escrúpulos, mas agora ele é um homem de família com uma filha crescida e um grande amor pra reencontrar. Palmas pra Gertrude Vesbanky, mesmo que ela não tenha dado o ar da graça no final. Tive receios de matarem Casey ou Morgan, agradeci muito por eles terem sido poupados. O que foi aquela cena do Chuck atirando no helicóptero do Casey? Ri alto nessa hora, simplesmente a cara do Chuck, espião nerd e atrapalhado, fazer isso. Gostei do final de Jeff e Lester se mudando pra Alemanha pra serem estrelas do rock. Muito inteligente utilizarem as habilidades de perseguidores dos dois pra encontrar Sarah. E aquela cena do show que ajudou a salvar minha querida Beckham? A general esteve ao lado do team Bastowsky o tempo todo e eu não esperava menos da mais divertida comandante da CIA.
O plot da falta de memórias da Sarah foi algo que não me incomodou pela maneira com que foi tratado pela série, se encaixando com a história do Morgan no começo da série e funcionando como um obstáculo para o final feliz dela ao lado de Chuck. Nas últimas temporadas, não houve um homem ou uma mulher capaz de separar os dois. Só mesmo um Intersect com problemas colocaria em risco o casamento de um dos casais mais queridos do mundo das séries. Chuck vs the Goodbye termina com Sarah e Chuck sentados à beira da praia. Enquanto ele conta a história do relacionamento deles, tivemos cenas lindas que me fizeram viajar no túnel do tempo e agradecer por cinco anos de série.
Quando Sarah começa a rir, fiquei na expectativa de que ela começava a se lembrar de tudo. Será que lembrou mesmo? Ou aquele beijo aconteceu porque ela se apaixonou novamente por Chuck? Fiquei imaginando que apesar dela não confessar, Sarah voltou a se apaixonar por ele em cada pequeno gesto durante todo o episódio, com toda a preocupação com a felicidade dela, a incapacidade de matar alguém numa missão e todos os relatos de suas memórias gravadas. Não sabemos se foi isso mesmo que aconteceu, mas a possibilidade de pensar assim já é suficiente pra me deixar muito satisfeita.
Em uma entrevista concedida após o final da série, Chris Fedak descreveu como seria o final dos Bartowsky após a cena da praia: “Eu vejo Chuck e Sarah juntos, sendo marido e mulher, começando aquela empresa de segurança de computadores. Felizmente, eles não se encontram desviando de balas pelo resto de suas vidas”.
Chuck deixou saudades e agora só nos resta esperar pelo final estendido e, claro, rever esses 91 episódios de alegrias, suspense, diversão e lágrimas. Uma série sobrevivente e com grande mérito a um dos elencos mais carismáticos do mundo da espionagem.
Agradeço a companhia nas reviews dessa temporada e não se preocupem, sempre que houver uma boa oportunidade, Chuck estará em alguns dos nossos especiais. Agora é a sua vez de compartilhar suas alegrias e tristezas. Aguardo seu comentário.
