Primeiro quero dizer que não precisava daquele Previously enorme; conhecemos Parker semana passada, então não esquecemos que ela e Auggie ficaram. Só precisavam nos lembrar de Eyal, e sendo sincera, é um personagem que eu nunca me dei ao trabalho de entender porque nunca pareceu importante para a série.
E segundo, alguém mais reparou que Annie Walker parece não se importar quando está num encontro e o trabalho interrompe? É como se ela já esperasse a tal ligação e não se importasse nem um pouco em não ter uma vida social. Auggie não precisa nem sair pra arrumar namorada e Annie tenta enganar a si mesma de que está dando uma chance para o cara da vez, quando na verdade ele não tem nenhuma.
De volta para minha alegria, Vicente Rossab (Noam Jenkins) é quem interrompe o encontro às cegas de Annie pra pedir um favor. Um informante do FBI foi abordado por um agente da CIA e Vicente queria que a agência não interferisse porque ele é importante para um caso no qual o FBI está trabalhando há um tempo. Não sei dizer ao certo se gostei ou não deste caso, o contexto e a forma como foi conduzida foi bem interessante, mas algo não batia, a explicação do caso foi confusa, acho que nem consegui entender direito a relação de Jacob e Mossad e qual era o caso que o FBI montou em cima dos dois.
Porém, foi como eu disse, o desenvolvimento do caso escondeu esses problemas. Sempre que Eyal Lavin aparece percebe-se a gritante diferença entre Annie e os outros espiões e agentes que estamos costumados a encontrar. Ela, diferentemente dos outros, não é movida por vingança, por amor, nem por desejo de justiça. Annie também evita métodos violentos, tortura nem pensar, uma conversa sempre é a solução, e armas, essas eu acho que nunca a vi usar.
Uma gracinha, mas faz as cenas como a da emboscada, parecerem ridículas. Eram quatro homens bem armados, Eyal e Annie com uma pistola simples e os dois saíram ilesos. Ou cenas como a do hotel em que Vicente enfrenta quatro homens bem armados e Annie chega e tenta ganhar a briga no braço. Eyal serve apenas pra mostrar que ele e Annie possuem uma forma de trabalhar bem diferente.
Mesmo pra mim que resenho a série e gosto, tem me surpreendido a qualidade desta segunda temporada. Os casos tem sido mais elaborados, as tramas não parecem tão óbvias e, apesar de alguns erros, o conjunto da obra vale a pena. Por isso este episódio não me decepcionou.
Minha única crítica é quanto a essa atração de Annie por Eyal. Não estava preparada pra ver esse envolvimento, e considerando a última cena – Annie esperando sozinha no bar – beijá-lo não foi só pra salvá-lo de si mesmo, porque se fosse assim eu teria de matá-la por não ter ido pra cama com Zavier, no episódio 2×11.
O que mais? Ah, Jai sempre dispensável.
P.S: Apesar de gostar do Jerry Barber, personagem de Noam Jenkins em Rookie Blue, Vicente Rossabi é muito melhor e encaixa em Covert Affairs. Quem sabe um interesse amoroso para Annie? (Sim, eu não desisto de arrumar um namorado para ela.)
P.S: Adoro o figurino de Annie, ela sabe se vestir bem em qualquer ocasião. Já colei o modelo daquele vestido branco do início do episódio ^^
