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Covert Affairs 1×04/1×05 – No Quarter/In the Light

Por: em 15 de agosto de 2010

Covert Affairs 1×04/1×05 – No Quarter/In the Light

Por: em

Só eu achei a maior falta de assunto para o roteiro essa missão em Zurique em No Quarter?

Embora a participação de Oded Fehr (visto na franquia A Múmia e em Sleeper Cell) como o agente israelense Eyal tenha sido muito boa e tenhamos presenciado a volta de Arthur (Peter Gallagher), ficou a impressão de que os roteiristas queriam tratar logo do vazamento de informações da CIA para a imprensa e relaxaram um pouco com a história da missão da Annie.

Esta história de troca de maletas entre dois agentes que dá errado simplesmente não tem como render assunto. Mas aí entrou a excelente química entre Piper Perabo e Oded Fehr, que me fez torcer para que a as agências de inteligência dos EUA e de Israel continuem cooperando uma com a outra para que possamos vê-lo novamente na série.

Aí o resto do episódio foi para nos mostrar basicamente 3 coisas:

1ª: Arthur e Joan parecem ter encontrado uma forma de manter o casamento em ordem. Parecem felizes. Ela não está mais tão megera com ele no trabalho e ele voltou a confiar informações importantes a ela.

2ª: Arthur está mesmo repassando informações da CIA para a tal repórter sensacionalista e teve que programar uma mini caça às bruxas dentro da Companhia para tentar encobrir seus rastros.

3ª Plantar uma semente de dúvida em relação à confiabilidade de Joan e Auggie. Vimos Joan com uma cara mega sinistra quando finalmente conseguiu a confiança de Arthur e vimos Auggie com um papinho estranho para o cara do detector de mentiras. Ora, se conseguiu enganar o detector de mentiras falando que não é cego, como foi que não conseguiu enganá-lo em nenhuma das outras perguntas?

E, ao final, tivemos um toque do roteiro, muito sutil mas que merece ser lembrado: Annie chegando de volta aos EUA e usando o lenço que lhe foi dado pela mulher que a ajudou a se esconder na Suíça. São estes pequenos detalhes que vão compondo o caráter da personagem e nos dizem que ela é firme e forte sim, que como espiã ela sabe que precisa deixar no passado as coisas que viveu e seguir em frente, mas mostram também que a forma que ela encontrou para manter-se humana nesta profissão é apegando-se a pequenos rituais como usar a pulseira dada pelo cara que ela amou e a enganou ou o lenço dado pela mulher que lhe ajudava e acabou morta.

In the Light foi um episódio cheio de participações especiais.

Para começar Henry Wilcox, o tão famoso e temido papai do Jai, deu as caras na série. E é ninguém mais ninguém menos do que Gregory Itzin. O homem deve ter cara de funcionário do Estado, porque já o vimos como Presidente dos EUA em 24 Horas, chefe da equipe da Lisbon em The Mentalist, diretor do FBI em NCIS e agora ex-diretor da CIA em Covert Affairs. Fato é que ele chegou causando incômodos: seus ex-funcionários o detestam (alguns o odeiam mesmo, como o McAuley), o filho parece querer seguir um caminho totalmente oposto ao seu e o cara não se esforça nem um pouco para melhorar a situação. Destaque para a cena do Auggie contando a historinha de amor dos pais de Jai e falando mal do cara sem notar que o próprio Jai já havia chegado na conversa.

Depois tivemos Eriq La Salle (o Dr. Benton de ER) como Christopher McAuley, o ex-agente meio surtado e valiosíssimo que Annie conseguiu convencer a ajudá-la na missão em troca de uma vingança contra o badass que matou a sua amada. Eu ri toda vez que ele apareceu na tela porque não conseguia deixar de me lembrar do papel dele como o namorado cafona e garanhão da menina que o Eddie Murphy queria conquistar no clássico da Sessão da Tarde “Um Príncipe em Nova York”. Mas o fato é que mais uma vez, como no episódio 1×03, trouxeram um personagem que sofria por amor e do qual Annie precisava da ajuda, fazendo com que ela confrontasse a sua própria situação novamente.

E, fechando as participações especiais, tivemos a volta do ex da Annie, Ben Mercer (Eion Bailey, o Soldado Webster da fantástica Band of Brothers), que parece estar numa missão pessoal, abrangente e sanguinária. Já é o segundo bad guy que Annie tenta prender que acaba morto por ele.

In the Light foi um episódio movimentado, recheado de caras conhecidas e que jogou uma luz sobre o caráter de vários personagens: Annie e seu dilema moral entre usar ou não as informações que possui para alcançar seus objetivos; Arthur e suas prioridades: primeiro meu cargo, depois meu trabalho e por último a transparência; Jai e o seu propósito de ser diferente do pai.

E embora todo mundo odeie Henry Wilcox, no final ele estava certo sobre tudo.

Só duas coisas estão me incomodando: o sub-aproveitamento de Anne Dudek, que já está sumida há 2 episódios, e a falta de química entre Annie e Jai. Se insistirem em aproximar os dois e transformá-los no novo casal 20 da CIA, a coisa vai ser feia. E chaaaaata.


Iraia

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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