Incrível! Melhor episódio até hoje de Criminal Minds e melhor que de muitas outras séries. Conseguiram contar uma história relativamente simples, de um jeito incrível, emocionante e crível. É, tenho que dizer que foi muito emocionante o desenrolar da história, as atuações bem convincentes. E pela primeira vez a chefe Erin Strauss teve uma conclusão que nos agrada.
"Muito do que é melhor em nós está ligado no nosso amor pela família, que continua a ser a medida de nossa estabilidade porque mede o nosso sentimento de lealdade"
Poeta Haniel Long
Essa é a citação do final do episódio (a primeira é uma repetida, do Friederich Nietzsche) e reflete bem o clima do episódio. A lealdade entre a equipe, a sinceridade e a união dos agentes, coisa que a chefe Erin não pode destruir, tentar ela tentou bastante.
O episódio começou mostrando o final, mas nós só percebemos isso depois, quando chegamos no final. No inicio fiquei sem saber se era o fim, ou se era a continuação do episódio anterior, pensei que o Foyet tinha matado alguém desconhecido, e deixado lá alguma coisa da Haley… Mas era o final. E eu não lembrava da fachada da casa do Hotch.
Conduzir o episódio como uma investigação interna do FBI foi ótimo, tirou o episódio da normalidade, mas se formos analisar, o caso era um caso “comum”, e com essa forma de apresentação, deixou todo mundo com expectativas, tensos, sem ter certeza do que aconteceu, já que cada agente interrogado contava um pouco do que viu da história, e na hora H, saiam e outro começava a contar outra parte da história.
Foi ótimo ver a JJ discordando da Erin, “não é só uma opinião, senhora”. Todos tiveram uma boa parcela na solução do caso, até a supervisora de comunicação, JJ, que descobriu que o Foyet poderia estar comprando remédios fracionados, sem receita, genéricos. Porque a única coisa que eles tinham para poder procurar o Reaper era os remédios que ele tem que usar. E a JJ estava dando ordens ao Anderson, lembram dele? que ficou de proteger a Elle, e a deixou em casa, quando ela foi atingida. Também o seu marido e se filho apareceram, para acrescentar drama e emoção ao episódio.
Nem precisamos falar da Garcia né? Ela é totalmente demais, conseguiu rastrear os remédios (com ajuda do namorado Kevin), consegue parar as atividades do laptop do Foyet, criar triangulações, interceptar conversas… Não sei o que seria dessa equipe se não fosse ela! E é a mais emotiva, consegue guardar sua humanidade e sofrer, ela sofre em cada episódio, cada caso de Criminal Minds! E a Penélope deixou isso bem claro na sua hora do interrogatório, falando para a Strauss que ela está fazendo as perguntas erradas, que deveria se preocupar mais em como está o Hotch do que ficar fazendo a inquisição! A rapidez com que ela faz as coisas, acho que o raciocínio dela é tão rápido quando o do Reid.
Adorei o Rossi sendo interrogado e ele falando de bolsa, de ouro! Ele já estava aposentado, e decidiu ficar no FBI, na BAU. Ele fundou a BAU, e vem a Erin tentando confundi-lo e fazer acusar o Hotch? Ingenuidade dela. E chatice, totalmente fora da realidade aquilo? o Hotch ter matado o Reaper era um banho de sangue? Já vi casos com mais sangue em Criminal Minds. O Rossi, apesar de ser o menos queridos dos fãs, não dá desgosto de ver como o Langston em CSI, e ele vem sendo um pouco do lado racional do seriado. É ele quem pontua coisas que todos quando estivessem de cabeça fria iriam pensar.
E pra quem queria ação, teve de sobra! perseguição, quando eles entraram na casa do Foyet, (agora Peter Rheas, eu ri com o modo como o Reid chegou ao nome, mas…), e a SWAT disfarçada pela rua, de mecânico, mãe, todos dirigindo por DC, só esperando um sinal para atacar! E depois os agentes com escutas, tentando rastrear o telefone do Foyet, que era bem difícil, os telefones dos US Marshal não são rastreáveis assim. E ainda, chegando na casa do US Marshal Kassmeyer que estava encarregado de proteger a família do Hotch.
Vamos dizer que o grande erro do Foyet foi ter deixado o Hotch escutar ele falando com a Haley, e assim descobriram onde ele estava. Não que ele não quisesse se encontrar com o Hotch, ele queria sim! Sempre no controle.
O Dr. Reid e sua memória eidética me assusta! E ele sendo interrogado pela Chefe, deve ter a assustado também. Mas os outros já estão acostumados, pedindo para ele repetir toda a conversa exatamente igual. É outra peça muito importante de Criminal Minds, com sua genialidade. E se o Hotch com sua experiência ligou aquela fala à sua casa, à localização do Foyet e Haley e Jack, Reid repetindo tudo levou toda a equipe até a casa do Hotch para o desfecho final. O olhar de ternura que o Ator consegue passar em suas cenas, vai além do seu ar de genialidade e estranheza.
E tortura? tivemos tortura dos espectadores, do US Marshall Kassmeyer, dos agente, e nem preciso dizer, do Hotch e da Haley. A ligação no final, Foyet brincando com o Jack, Haley e Hotch no telefone, todos escutando, aquilo foi TENSO! Haley saber o que iria acontecer, estar ali e esperar! O Silencio depois, com o Hotch dentro da casa, ou a música quando ele pegou o Reaper! Eu não poderia esperar nada mais que isso.
Ainda temos que dar o devido mérito ao C. Thomas Howell, com uma incrível interpretação! O George Foyet teve tudo que precisava, o que nós já sabíamos da sua personalidade, tudo confirmado nesse episódio, seu prazer em fazer os outros sofrerem! Ele sempre adiantado ao FBI, sempre escolhendo suas vítimas! e se não tivesse sido morto, não ia ficar de jeito nenhum preso.
Ninguém no lugar do Hotch ia conseguir deixar de lado, não matar o Reaper, só prender, Ninguém! Morgan teve que segurar o chefe para ele parar de bater no Foyet, mesmo com ele já morto. Afinal, foi quanto tempo de tortura? Sem poder ver a família? Ninguém passa por isso ileso, calmo e frio.
Agora quero ver como vai ficar a liderança no próximo episódio, nesse, já vimos o olhar do Morgan atravessado quando o Hotch falou que tinha deixado o cargo não por causa da chefe, mas para o Reaper achar que ele estava sucumbindo. O Derek Morgan ainda deve ficar no comando por mais alguns episódios, ele já provou que tem liderança pra isso, mesmo sendo menos experiente do que o Rossi, e a CBS já divulgou que o Hotch deve ficar fora um tempo, nem aparece no próximo episódio. Agora eles terão que lidar com isso, se o Hotch quiser e aguentar. Agora com o filho sozinho, acho que o Hotch não vai querer voltar ao comando.
Com o pequeno Jack órfão da mãe, Hotch vai ter que se desdobrar para cuidar dele e da equipe, com suas constantes viagens. Provavelmente irá surgir uma avó na história para poder ajuda-lo com a criação do menino. Para os Shippers Hotch e Emily Prentiss, pode ser um prato cheio. E ainda bem que ele é um garoto obediente, e ficou quietinho no seu canto por algum tempo e se salvou do Reaper.
Capitão América é bem a cara do Hotch né?
Foi um excelente episódio! E eu poderia escrever muito mais, de cada detalhe, de cada cena que tivemos (bom, eu quase fiz isso né?). Mas no final, a única coisa que podemos dizer é o mesmo que a chefe Erin Strauss falou para o Hotch, "Isto é o suficiente para mim".
E esperemos o próximo!
