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Pra quem não sabe, o Apaixonados por Séries existe há quase dez anos. Eu e Camila…

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Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Criminal Minds 6×03 – Remembrance of Things Past

Por: em 10 de outubro de 2010

Criminal Minds 6×03 – Remembrance of Things Past

Por: em

O som, a iluminação, a sequência inicial de cenas de Criminal Minds ainda consegue me deixar tensa. Sabemos que vai acontecer alguma coisa realmente ruim, como sempre acontece, nos apresentando o Unsub da semana, ficamos a espreita, esperando que a qualquer momento tudo desse errado, que saísse alguém de trás de uma porta, pulasse a janela… Mas eu não esperava por aquele telefonema.

A ideia de ter saído e não atendido o telefone deve atormentar ainda aqueles pais, imagina, a última memória da sua filha ser uma gravação dizendo coisas como aquelas? Ou sua noiva, sua irmã?

Os Estados Unidos tem um fascínio mórbido por serial killers, que ganham apelidos e legião de fãs. Até entendo estudá-los, mas como ganham fãs e admiradoras eu não entendo. Nem sei se quero entender. Mas Criminal Minds faz um bom uso desse comportamento ao colocar na série famosos serial killers como os que existem na vida real, e as vezes fazem isso tão bem que me pergunto se o episódio não foi baseado em fatos reais.

Foi o que aconteceu essa semana.

Rossi já trabalhou em muitos casos destes famosos, e as vezes uns não resolvidos batem na porta novamente. O Butcher é um desses, que volta e meia aparecem para assombrar uma cidade. O ruim destes casos é que os investigadores, no caso Rossi, colocam sua intuição acima dos fatos, numa divisão do FBI que já é bem subjetiva. É muito melhor ver toda a equipe ligando os pontos e chegando à uma conclusão do que ver tudo se baseando num “sentimento”. Ainda bem que o Hotch é um bom chefe e não deixou que nenhuma das partes ficasse frustradas. A equipe investigou segundo o que tinham, e o Rossi segundo a sua impressão. Mesmo que não tenha levado nem um minuto antes que as duas teorias se unissem, fica mais sério para mim.

O Rossi voltando de férias, me lembrei de um episódio tenebroso, lá da primeira temporada, que começa com todos os agentes de férias, e não voltam todos felizes, como o Rossi voltou não. Elle voltou até presa.

Eu estava sentindo falta de ter novamente um perfil sendo passado para a polícia, cada agente falando de uma característica do suspeito, me lembra os velhos tempos. Só falta no próximo episódio o Reid fazer um perfil geográfico, para matar minha saudade, já que nesse caso o perfil já estava pronto.

Ao contrário do que achei que ia acontecer nesse episódio em relação à imprensa, a falta da JJ não foi muito sentida ainda, não tiveram que lidar com um grande conflito com jornalistas, mas ainda acho que isso vai acontecer, que a imprensa ainda vai atrapalhar na resolução de algum caso. Tudo bem que não querem salientar a demissão da atriz, mas seria burrice não aproveitar essa oportunidade.

E é assustador que não bastasse um homem ser completamente psicopata (existe meio psicopata?) ainda tem alzheimer, que faz com que esqueça dos seus assassinatos. Embora não tenha ficado claro o que era realmente esquecimento e o que era uma manobra para controlar o filho. Como doido que é, o Butcher consegue arrastar para junto de sua loucura o filho, que não consegue abandonar o pai, e ainda caça, para ajudá-lo com o alzheimer.

Sempre acho fofo o modo como o Morgan se apega às vítimas, o cuidado que ele tem com pessoas que ele salva. Mas isso deve ser difícil né? Imaginem quantas pessoas ele não já salvou até hoje? Então, em algumas vezes temos pequenas doses dessa doçura, da comunicação com a Ellie, mostrando que ele não a abandonou. Mas isso parece mais uma dica de que a pequena Ellie irá reaparecer em Criminal Minds. Embora os roteiristas não sejam bons em retornar alguns assuntos, como o da irmã de uma vítima com a qual o Morgan se envolveu na temporada passada e esta história ficou sem fim.

Não entendi muito bem a finalidade de mostrar o assassino na cadeia e aquela tentativa de suicídio. Faltou alguma coisa para mim, mais subjetiva, ou foi só para mostrá-lo num lugar muito horrível, para presos perigosos? O que ficou evidente foi como uma doneça pode deixar uma pessoa em pedaços, não literalmente.

Quando eu era mais jovem não podia lembrar de nada, quer tenha acontecido ou não. Mas minhas faculdades mentais estão enfraquecendo agora…E logo não conseguirei me lembrar de nada, a não ser as coisas que não aconteceram.É triste ficar em pedaços desse jeito, mas todos nós temos que passar por isso.

Mark Twain

Esperar pelo próximo!


Camila

Mineira, designer, professora que gosta tanto de séries que as utiliza como material didático.

Belo Horizonte/MG

Série Favorita: Fringe

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

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