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Criminal Minds 6×07 – Middle Man

Por: em 5 de novembro de 2010

Criminal Minds 6×07 – Middle Man

Por: em

Comecei a assistir esse episódio cedo, fazendo outras coisas enquanto assistia, mas logo nas primeiras cenas fui forçada a parar tudo o mais que eu estava fazendo. Aquelas cenas iniciais no milharal foram um pouco perturbadoras, como todo esse episódio. Não perturbadoras por terror, por susto ou suspense. Mas provocaram uma coisa ruim, uma tensão. Talvez fossem as caras de espantalho. Eu já sabia desde o início que a nova moça que foi sequestrada iria sobreviver, que o FBI a salvaria no último minuto, como sempre acontece (ainda bem!).

A história foi contada da maneira mais comum que Criminal Minds tem e que funciona tão bem. A temática que trataram no episódio também não trouxe nada de novo, um grupo sequestra mulheres para se divertir e depois a mata. Infelizmente vemos muitos casos desse na televisão e na vida real. Mulheres ainda são grandes vítimas de violência nas ruas e também dentro de casa. O problema é a reação das pessoas em torno destes eventos.

Se um homem já possui força física o suficiente para subjugar uma mulher, dominá-la e torturá-la, imagina 2 ou 3 juntos! Não é fácil escapar, quando conseguem não é com força física. O que me espanta é que ainda hoje muitas pessoas (não só homens) ainda pensem que por causa de um trabalho, de uma roupa, ou de uma fantasia as mulheres estão pedindo por aquilo. Ninguém pede por isso. NINGUÉM. Isso é o grande problema das mulheres não denunciarem ataques sofridos, elas se culpam. Estes ataques são tão brutais, fragilizam tanto uma mulher que ela se retrai e assume a culpa.

Um xerife, um homem de justiça deveria saber disso,  mas também deveria saber lidar com uma criança, com um departamento de polícia. Esse xerife é completamente incompetente e repugnante. Ainda bem que o Hotch é o contrário dele e o pôs no seu lugar e ainda deu  uns toques de pai no final do episódio. Afinal, pai é isso aí, não um ser que usa o medo para controlar as pessoas.

Foi super estranho ver Michael Grant Terry no papel de Chris, drogado e agressor, sequestrando mulheres! Ele é tão fofo como o Wendell em Bones. Mas provou ser um bom ator, ele foi convincente na sua dor, na sua subjugação ao Michel. Ele mostrou sua dúvida, seu receio em fazer tanta coisa ruim. Afinal, ele foi o personagem desse episódio, o Middle Man. Infelizmente isso não foi uma boa coisa para o personagem, ser esse homem do meio. Acho que além de estar nessa posição, ele também ficou muito em cima do muro, na divisa entre um pai opressivo e um companheiro manipulador.

Eu quase fiquei com pena dos dois adolescentes tão influenciáveis, tão desesperados para ser aceito em algum lugar que acabaram se associando ao Michel e cometendo aquelas atrocidades. Eu disse quase, porque noção de certo e errado todo mundo tem, alguns simplesmente ignoram. Mesmo psicopatas que não sentem nada sabem que o que estão fazendo é errado, ou não esconderiam o que fazem por aí.

E o que foi a Garcia com tablets pra todo mundo? Isso foi mais uma ação “verde” para economizar o mundo de papel que o FBI gasta em cada caso? Ou foi só para ficar mais fácil pra ela? De qualquer forma adorei, Penélope sempre arrasa! Ela chamando o Reid de Doutor da idade média foi um toque cômico, e os episódios andam precisando de mais destes pequenos toques dentro dos 40 minutos. Eu dava tudo para saber como foi a conversa do Hotch com ela depois, sobre como ela conseguiu aqueles tablets.

Sem heróis, todos nós somos pessoas simples, e não sabemos o quão longe podemos ir.

Benard Malamud


Camila

Mineira, designer, professora que gosta tanto de séries que as utiliza como material didático.

Belo Horizonte/MG

Série Favorita: Fringe

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

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