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Criminal Minds 6×12 – Corazon

Por: em 23 de janeiro de 2011

Criminal Minds 6×12 – Corazon

Por: em

Um episódio focado no Reid não poderia ser ruim, ele consegue salvar mesmo histórias que parecem saídas de outra série. Quem conseguiu assistir a este episódio e não se lembrar imediatamente de Dexter com as mortes de Santeria? Foi tudo caminhando por essa caminho fácil, de seguir uma morte por religião. Felizmente em Criminal Minds as investigações se encerram no mesmo episódio e não há risco de continuarem num caso que seria um completo fiasco.

Gosto muito quando focam no Dr. Reid, ele é o personagem mais complexo e carismático da série, juntamente com a Penélope, e estão tentando dar um destaque a ele, ao medo de também ser esquizofrênico. Mas a conexão dele com o líder do centro religioso local foi muito forçada, não acredito que darão algum caráter religioso ao Reid a esta altura do campeonato. Talvez ao longo da temporada dêem um enfoque maior ao seu medo da doença, e este episódio sirva só para ilustrar esse começo, e como ele vai escondendo isso da sua equipe. Ou talvez essa identificação tenha ocorrido só porque o Reid é o que não tem cara ou comportamento de policial ali.

Seaver ainda não me convenceu como uma agente do FBI, ainda é aluna, mas não consegue ou não dão a ela uma participação tão efetiva ou acertiva quanto a da Prentiss ou da JJ. A não ser para perguntar ao Reid se aquela era “a fila do café”, não teve mais nenhuma participação no episódio que não fosse somente decorativa.

E afinal, Corazon não quer dizer nada especificamente, e, generalizando, tudo. Cada dia mais Criminal Minds mostra como o ser humano é fraco, e como todas as ações dos maiores criminosos são baseadas em decepções anteriores, em lacunas na criação e na falta de afeto. Na resolução do caso da semana isso é provado mais uma vez, um homem já esclarecido, pesquisador, que só queria chamar a atenção do pai que o abusou e abandonou. E ainda quase conseguiu colocar a culpa em um jovem também com passado atormentado, mas que ao contrário dele, não resolveu sair matando todo mundo.

No início do episódio os agente perguntam, “O que ele está tentando comunicar” e também “com quem ele está tentando comunicar”. Se os agentes do FBI partissem sempre do pressuposto que o criminoso tem algum problema familiar, iriam ganhar muito tempo para responder estas questões e resolver o caso.

Criminal Minds conseguiu ter cenas perturbadoras em que mostravam os mortos, ou mais precisamente o sorveteiro morto, Mercado, ainda amarrado na cadeira e mutilado. Conseguiu confundir o espectador quanto a natureza das cenas que Dr. Reid estava “vendo”. Eram sintomas da dor de cabeça? Eram alucinações, premonições ou lembranças? A série sempre usa destes jogos com imagem para conseguir um pouco mais de curiosidade para episódios que normalmente são tão lineares.

Vamos ver qual será o sentido que darão a este episódio no decorrer da temporada.

“As melhores e mais belas coisas na vida não podem ser vistas, nem tocadas, devem ser sentidascom o coração.”

Hellen Keller.


Camila

Mineira, designer, professora que gosta tanto de séries que as utiliza como material didático.

Belo Horizonte/MG

Série Favorita: Fringe

Não assiste de jeito nenhum: Supernatural

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