Depois de semanas reclamando do ritmo morno e da falta de rumo depois da saída de Grisson, posso me encher de orgulho e dizer que o episódio da semana tem a cara de CSI, com muita ação, muitas cenas em laboratório e um caso assim não tão óbvio.

Os primeiros cinco minutos de Blood Moon me fizeram pensar em algum episódio da saga Crepúsculo, com uma sociedade vampiresca revivendo os hábitos de seu povo milenar e, claro, uma mocinha apaixonada sofrendo pela morte de seu amado. Mas as semelhanças com os filmes terminam por aqui, ou não…

Com o desenrolar das investigações, os peritos são levados à mítica rivalidade entre vampiros e lobisomens, aqui representadas por tribos que se encontram nas convenções promovidas em Las Vegas.

Essa mesma rivalidade traz à tona um dos momentos mais divertidos do episódio, quando Nick e Langston vão a uma festa na convenção dos vampiros em busca de pistas e o médico se “transforma” para se sentir parte do ambiente.

Apesar de minhas críticas com relação à atuação de Laurence Fishburne e sua sintonia com os demais personagens da série, tenho de admitir: ele estava perfeito. A sintonia entre ele e Nick, especialmente durante as investigações em campo foi ótima e rendeu boas risadas. Ou seja, nem tudo está perdido.

Nick, por sinal, melhorou consideravelmente em relação aos dois últimos episódios, recuperando seu senso de humor e sua perspicácia em campo. Ainda sem parceria, mas voltando a ser brilhante em cena. E suas tiradas com Sarah, quando ele a chama de Grisson foram ótimas. Mas, convenhamos, ela estava realmente muito parecida com ele ao fazer as análises usando as típicas comparações de Gil.

Outro que roubou a cena foi Hodges. Fascinado pela aura “vampiresca” do caso, ele quase se deixa contaminar pela mitologia da rivalidade entre vampiros e lobisomens, protagonizando diálogos no mínimo estranhos com Catherine, que o traz de volta à realidade “científica”.

No entanto, Hodges não é feito apenas por uma paixão por ficção científica. Por trás dessa máscara se esconde um homem com uma grande sensibilidade para as dores do amor, e ele compartilha seu conhecimento de causa com Catherine, que está às voltas com um pedido para oficializar sua relação, que não aceita, preferindo manter sua rotina solitária, tão comum no cargo de chefia no laboratório.

Até a próxima semana, com, quem sabe, mais um episódio “nos eixos”.