O último episódio da midseason de CSI não poderia ser ter sido melhor. Aliás, fazia tempo que eu não via algo assim tão bom na série. Mesmo se tratando de um único caso, os roteiristas foram engenhosos na construção do caso, que trouxe não só um suspeito, mas três, que se alternavam a cada reviravolta nas investigações.
Aliás, a própria construção dos investigados também foi perfeita: um agente do FBI obcecado por condenar um pedófilo que teve sua pena revertida, o próprio pedófilo que, antes de sair da prisão, havia ameaçado de morte toda a família do policial e o filho do agente, um garoto psicologicamente perturbado e que fica desaparecido por boa parte do capítulo.
A forma como o verdadeiro assassino construiu as evidências, de modo a incriminar o suspeito óbvio, foram brilhantes. Provas de crimes nunca antes encontradas deixadas à vista da equipe de Las Vegas, o modus operandi do pedófilo repetido inúmeras vezes, tudo isso me levou a “resolver” o caso muito antes dos CSIs. Resolver errado, claro. Como senti falta destes enredos que te enganam durante todo o tempo! Mais CSI do que nunca.
Outro ponto que merece ser destacado no capítulo é a construção do perfil psicológico dos candidatos a assassino. Todos, desde o policial até seu filho tinham algum problema, mesmo que causado pelo estresse de seu trabalho ou diagnosticado depois. E em nenhum momento qualquer um deles admitiu seu problema, o que tornou mais difícil tentar adivinhar o verdadeiro autor das mortes.
Bem, já a equipe.. A equipe merece menção honrosa com todo o louvor. Sem a aparição de Langston (que nos deu uma folguinha nesse último capítulo do ano), a atuação dos peritos ficou muto parecida com o que era quando Grisson estava em cena. Aliás, senti muita falta dele aqui, porque a história tinha um quê de Gil: um caso inteligente e com múltiplos suspeitos. Perfeito para ele.
Todos estavam tão entrosados que até Sara, que andava meio apagada, conseguiu brilhar novamente. Mas o homem da investigação foi Brass. O policial não só conduziu com muita fibra o autoritarismo do agente do FBI, que desejava conduzir a investigação, como foi o responsável por resolver o caso. Atuação perfeita.
Já em relação ao serial killer da temporada, apresentado nos primeiros episódios, realmente não temos ouvido falar dele há um bom tempo, mas isto não foi problema para que a série apresentasse bons crimes, alguns inusitados (como o envolvendo “Piu-Piu e Frajola” ou a “Tribo de Lobisomens”, outros bem construídos, como o incidente com a água contaminada por gás natural.
Depois deste episódio, CSI entra em hiatus, voltando apenas em janeiro. Como presente de Natal, gostaria de pedir aos roteiristas que mantenham o bom ritmo dos capítulos. E que nos presenteiem com um bom desfecho de temporada. Como a série merece.
Até a próxima.