Desde que os produtores de CSI optaram por investir no formato de um caso por episódio a série vem oscilando entre momentos ruins e outros nem tanto (inclusive, os melhores desta temporada foram justamente quando a aposta esteve em múltiplos casos). No entanto, o capítulo desta semana me fez rever um pouco meu conceito, e às vezes investir em um crime só por quarenta minutos não é tão ruim assim.
Muito bem escrito, “A kiss before frying” mistura o presente e o passado fornecendo pistas para um espectador mais atento – prova disso são os cinco minutos iniciais. Mas tudo acontece de uma forma tão inusitada que, por alguns minutos eu não só esqueci dessas cenas como também me perguntei qual o significado delas ali, afinal durante boa parte do capítulo elas parecem estar deslocadas ou não ter qualquer relação com as vítimas.
A forma como as vítimas foram executadas, aliás, é um capítulo a parte. Principalmente o método escolhido – cadeira elétrica. A cada corpo encontrado, a sensação era de que se tratava de um serial killer em evolução, cuja técnica era “refinada” a cada homicídio. E o que falar sobre a escolha destas vítimas? Inicialmente sem qualquer ligação entre si, a investigação apontou uma conexão que dificilmente eu imaginaria. Excelente.
Mas, se a forma de execução e a escolha das vítimas me surpreendeu pela aparente falta de sentido, a identidade do idealizador dessas execuções não foi assim tão misteriosa. Ellen, que se apresentou como professora, mostrou já em sua segunda aparição que não era assim tão inocente. Seu olhar a entregou, era nítido. Menos para ele, Greg.
Se até hoje ele foi um mero coadjuvante, aqui Greg foi a estrela do capítulo. Praticamente toda a investigação girou em torno dele, afinal foi ele quem desvendou o caso. E pior: quem mais sofreu com isso, pois descobriu que sua namorada estava envolvida até o pescoço na história. Nessa hora eu senti pena, sério. A expressão dele ao descobrir que Ellen não era exatamente quem afirmava ser e o quanto estava envolvida com os assassinatos foi de cortar o coração.
Porém, mesmo sofrendo, ele mostrou que fazer a coisa certa vem antes de qualquer coisa. Não que eu não tenha pensado, por alguns segundos, que ele largaria o laboratório e fugiria com ela, em busca de “uma ilha qualquer”. Ele não foi, para nossa sorte já que, apesar de não ser tão explorado como Nick ou Catherine, o personagem é divertido, sendo um dos únicos que se manteve igual mesmo no “pós-Grisson”.
Por falar em Grisson, seu fantasma finalmente parou de rondar o laboratório, o que foi bom, pois isso permitiu que os outros peritos tivessem mais destaque em cena. Até mesmo Langston, embora ele, pelo menos para mim, tenha feito mais o papel de coadjuvante. Mais perfeito impossível.
Até a próxima semana.
Ps: O fantasma de Grisson pode ter sumido dos episódios, mas o burburinho em relação a ele está fortíssimo fora da série, afinal tudo aponta para sua volta. Até que enfim os produtores notaram que Langston não funcionou como seu substituto e Catherine, mesmo sendo uma excelente perita e uma personagem carismática não tem a mesma presença que ele. Agora é torcer para que esses rumores se tornem realidade.