Por mais estranho que possa parecer, não sei o que dizer sobre esse episódio de CSI. Foi tudo tão morno que não consigo definir se gostei ou não. Se bem que, para dizer a verdade, gostei de alguns momentos apenas. Já outros foram totalmente dispensáveis (especialmente os que Langston estava em cena...).
Algumas pessoas podem se arriscar a dizer que é marcação minha, mas toda vez que a condução das investigações fica a cargo de Langston o capítulo perde o ritmo. Várias vezes já reclamei da falta de carisma do personagem, mas acho que o problema desta vez não foi esse, e sim brilho. Nesta semana, faltou o “brilho nos olhos” que eu senti em cada membro da equipe no caso da última semana, quando Grisson deu “o ar de sua graça” por alguns minutos.
Mesmo com a falta de empatia do personagem tenho de admitir que me senti um pouco comovida com seu visível desconforto diante do noivo de sua ex-esposa. Detalhe que, assim como alguns dos personagens, eu também não sabia que Langston era divorciado, já que desde que ingressou na equipe o perito fala pouco (ou quase nada) sobre sua vida pessoal.
Por falar nos demais membros da equipe, o desânimo de Langston parece ter contaminado a todos. Até mesmo Hodges, que sempre aparece com uma piada (de gosto duvidoso ou não) não era o mesmo. Tudo bem que, desta vez, ele pouco apareceu em cena, já que a dupla de investigação desta semana foi formada por Langston e Nick. Ao contrário dos demais, Nick pareceu um pouco mais “animado”. Mas só um pouco, pois esteve bem abaixo do que vinha apresentando nos últimos capítulos.
Porém, se os peritos não convenceram, o desfecho do caso foi relativamente surpreendente, principalmente porque o crime foi cometido exatamente por aquela de quem os peritos não suspeitavam em momento algum (em um primeiro olhar, claro). O roteiro foi concebido para que as investigações apontassem justamente a namorada traída que, por causa do término conturbado de seu relacionamento, poderia ter motivos de sobra para eliminar a vítima.
Mas, para o bem do capítulo, os roteiristas conseguiram convencer no final, com um ponto de virada que me pegou relativamente desprevenida. Digo relativamente porque em uma segunda olhada no episódio é possível notar certos traços de infelicidade, abandono e uma forte ligação da assassina com a principal suspeita, que deu a ela o amor que sua família não dara, motivo perfeito para o crime e, principalmente, para as demonstrações de ódio que ela afirmou sentir de seu pai e sua mãe. Finalmente uma interpretação convincente em um capítulo se não dispensável, no mínimo adiável.
Até a próxima semana.