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CSI 11×21 – Cello and Goodbye e 11×22 – In a Dark, Dark House (Season Finale)

Por: em 22 de maio de 2011

CSI 11×21 – Cello and Goodbye e 11×22 – In a Dark, Dark House (Season Finale)

Por: em

Quem acompanha minhas reviews de CSI aqui no blog sabe que desde o início da temporada eu reclamo da insistência dos roteiristas em colocar Nate Haskell como vilão deixando Squeegel de lado. Mas depois de ver os dois últimos episódios dessa temporada (principalmente o último) comecei a repensar minhas opiniões.

Desde que o personagem foi apresentado ao público como “substituto” de Grissom, os roteiristas deixaram claro que havia um lado sombrio em Ray, principalmente porque como seu pai era um serial killer ele lutava todos os dias contra essa escuridão que, vira e mexe, tentava se apoderar dele.

Com a evolução da relação entre ele e Haskell eu comecei a não levar muita fé nesse lado do perito, além de sonhar com o retorno de Gil a cada semana, até que vi o que Ray é capaz de fazer quando o serial killer da temporada resolve mexer com a ex-esposa dele. Começando pelo tratamento que ele deu à última noiva do assassino.

Tudo bem que não foi ele quem a matou, mas a forma como ele a torturou para tentar arrancar dela o paradeiro de Gloria foi tenebroso. Mas não tanto quanto a expressão do próprio Langston, bem diferente do que estávamos acostumados até aqui. A sequência em que ele entra em uma loja e compra uma arma e um computador já deu a noção exata de que as coisas poderiam se complicar, assim como o momento em que Nick o encontra em um hotel barato.

Aliás, a conversa entre os dois foi tensa, e a iluminação usada (um jogo perfeito entre luz e sombra) contribuiu para dar aquele clima de tensão que a cena pedia. Ali eu percebi que algo de muito errado estava acontecendo com Ray. Ele não estava só em uma cruzada para salvar a vida de sua ex-mulher. Era muito mais do que isso.

A grande cruzada aqui era de Ray contra Haskell, que ao contrário do que todo mundo pensava, tinha muito mais em comum com Langston: os dois eram filhos de serial killers, tinham convivido com a violência durante sua vida toda, tinham essa escuridão dentro de si, mas acabaram optando por caminhos diferentes.

No início da temporada essa ligação não ficou bem clara. Aliás, pareceu forçada em boa parte do tempo. Só agora ela faz sentido. Não que eu concorde com isso, mas preciso admitir que aqui os roteiristas foram inteligentes porque, se não conseguiram me fazer torcer para o bem do personagem, ao menos conseguiram me fazer desejar que Haskell encontrasse aquilo que desejava.

Ironicamente, ele encontrou, e com tanto sofrimento como ele inflingia em suas vítimas, e a sequência em que Ray revela a Brass o que de fato aconteceu nos momentos finais foi intensa porque não vimos muitas palavras. Os roteiristas optaram por mostrar o que de fato aconteceu, a fúria de Ray, o ódio em cada soco ou chute que dava em Nate (ou melhor dizendo, Warner) e o sarcasmo do criminoso, que parecia se divertir com a transformação de Ray em algo do qual ele fugiu a vida toda.

Nate passou boa parte dos dois capítulos finais dizendo a Langston que nunca se esquecia da primeira. No início, imaginei que ele estivesse se referindo à Gloria, ou a alguma mulher que havia passado por sua vida, mas depois de ver seu desfecho entendi que, na verdade, ele se referia à primeira morte. Warner depois de matar um vendedor tornou-se Haskel. O que acontecerá com Ray?

Desde o início assumo que não gosto do personagem e nunca o achei capaz o suficiente para substituir Grisson à altura, mas nem por isso gostaria de vê-lo convertido em um serial killer. O desfecho de Haskell foi mais do que merecido, além de trazer aquele clímax que estava faltando à série, mas eu espero sinceramente que os roteiristas de CSI não decidam transformá-lo em um novo Dexter, porque isso não vai colar, de verdade.

Em setembro, quando finalmente Ray responder à pergunta da corregedoria sobre o motivo que o levou a matar Haskell, tudo o que eu espero ouvir é legítima defesa. E que essa seja a primeira e última morte de Langston.

Obrigada a todos que acompanharam meus textos e compartilharam (ou não) suas opiniões. Nos vemos em setembro.

Ps; Já ia esquecendo: os roteiristas foram tão espertos nestes dois últimos episódios que me peguei torcendo até por Eckler, justamente porque me surpreendi com a atitude dele, que decidiu proteger Ray, e não lançá-lo às feras como ele fazia com Warick a algumas temporadas. Se o personagem continuar tão simpático assim vou ser obrigada a rever minha antipatia por ele..rs


Rosangela Santos

São Paulo - SP

Série Favorita: Smalville

Não assiste de jeito nenhum: Grey's Anatomy

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