O episódio tem apenas um nome: Katherine. Não que ele tenha sido ruim, mas foi apenas mais um filler engraçadinho e quem deu um show de interpretação (junto da Felicity Huffman, sempre maravilhosa) foi a Dana Delany e sua personagem enlouquecida. A atriz havia dado uma entrevista dizendo que a Katherine voltaria diferente da maluca que vimos da última vez e, realmente, quanta mudança!
O depoimento da Katherine para o psicólogo foi sensacional. Ela explicava todos os problemas que teve nos últimos meses de uma forma tão casual que era quase como se estivesse conversando com um amigo, exatamente como a narração da Mary Alice nos disse ao final do episódio. Tudo bem que a aparição da personagem teve um tom mais parecido com uma despedida do que com uma volta, mas claro que todas as donas de casa sentiam falta da amiga.
A segunda melhor atriz do episódio teve uma história bem manjada, com o Tom querendo fazer terapia de casal e ela resistindo até descobrir que o Tom estava indo ao psiquiatra sem ela. Todas as vezes em que alguém menciona “terapia” nas séries, vai ter algum personagem sendo contra e que vai sucumbir no final. Pessoalmente, acho que todo mundo deveria fazer terapia; é uma ótima forma de botar para fora o que você sente sem ter alguém apontando o dedo acusador e também ajuda a compreender algumas ideias que parecem bagunçadas na nossa cabeça.
Bree continua se sentindo muito culpada por tudo o que aconteceu com Orson, que também não dá mole. Claro que ele está deprimido por não conseguir fazer as coisas como antes, mas arrisco a dizer que 70% do que ele está fazendo é somente para machucar a Bree (e de uma forma bem infantil). Ela tem toda razão em querer que ele diga “por favor” e o Orson tem todo o direito de estar irritado com o mundo e, por que não, com a esposa. Afinal, se ele não estivesse tendo uma conversa/briga com o amante dela, poderia ter se salvado do acidente.
Mas um pouco de educação não faz mal a ninguém, certo?
Angie tem que lidar com o ciúme maternal, agora que Danny está saindo com a Ana. Adorei a cena do jantar, mostra que, mesmo que a mãe esteja com medo de “perder” o filho para uma outra mulher, a Ana deu motivos para que isso acontecesse. Você vai jantar na casa da sogra italiana (e o sogro, desapareceu? o.O), ela prepara a massa com todo amor e carinho… e você só come a salada? Grande desfeita, mesmo se fosse apenas um jantar entre amigos íntimos!
– Uma modelo e um poeta! Enquanto você estiver fazendo filmes pornôs, ele pode fazer os diálogos rimarem!
A preocupação de Angie sobre o futuro do casal também é bem justificada. Ser uma modelo bem sucedida não é para qualquer uma e ser um poeta não exatamente garante comida na mesa. E não há motivos para Danny seguir a dieta da namorada.
Eu começo a simpatizar com a Ana, acho-a uma garota bem normal dentro do limite em que ela nos foi apresentada, mas a interpretação da Maiara Walsh deixa a desejar. O tom de voz dela é sempre o mesmo e ela está quase sempre sorrindo, não importa qual o contexto da cena. Na conversa com a Angie na loja de roupas, parecia mais que ela estava feliz por estar em uma cena importante e contracenando com uma atriz tão boa quanto a Drea de Matteo do que prestando atenção na carga dramática do texto.
A história mais bobinha do episódio envolve Susan, Gaby e seus filhos. Mães sempre querem o melhor para seus pimpolhos, mesmo que eles não sejam os mais inteligentes da turma. E todas elas acham que o seu filhote é o bichinho mais especial, mesmo que não sejam. Só faltou as duas perceberem que, assim como elas, as crianças não podem ser as melhores em todas as matérias e que eles precisam de ajuda onde têm dificuldade. Você pode ser um leopardo em matemática, mas uma girafa em artes, não?