Não tem jeito. Por mais que a Angie venha se firmando como uma das minhas personagens favoritas nesta temporada e por mais que a Gaby sempre tenha sido o melhor alívio cômico da série, eu sempre termino os episódios pensando na Lynette e no Tom e como os dois são o melhor casal das séries atuais.

Quando já tem gente apostando que eles vão se separar (e, convenhamos, algumas brigas que eles tiveram nesta temporada fariam muitos casais pensarem duas vezes antes de voltar a encostar no parceiro), eles – e a psicóloga – nos brindam com um momento ótimo e simples que reafirma toda a intimidade e o companheirismo que eles têm e sentem um pelo outro. E mostra também a vergonha alheia que eles sentiram ao ver que a psicóloga deles é uma tremenda canastrona em atuação. Nota dez!

Também adorei a forma como Gaby e Angie interagiram para resolver o “problema” de Danny e Ana. Claro que a Gaby adotaria o discurso padrão moralista norte americano, e foi muita esperteza da parte dela convencer a sobrinha a não transar subornando-a. Simples, direto e que funciona muito melhor do que muito falatório sem motivo para tanto drama.

O Carlos fez o que se esperava de um pai de séries norte americana: partiu para a porrada ao ver um menino “abusando” da sobrinha. Boring.

Já a história da Angie com a sra. Kinsky e a importância da reciclagem… foi um filler bem mal feito. É importante separar o lixo, é importante cuidar do planeta, mas não é importante jogar isso na história de qualquer jeito só para a Angie ter uma ação de efeito depois de sair mega brava da casa da Gaby. Agora que a temporada está caminhando para o final, nossas donas de casa começam a descobrir o grande segredo que a família Bolen guarda. Nada melhor do que ficar espiando e comendo cookies enquanto nos deliciamos com o que Marc Cherry preparou como desfecho, assim como Gaby fez na porta dos vizinhos.

Susan vendeu a parte de Karl na boate e ficou com pena de uma das strippers. Fez com que a garota largasse o emprego e teve que dar uma ajuda a ela, contratando-a como assistente na escola. E, mais uma vez, o moralismo falou mais alto e a Robin foi expulsa da escola. Sério, ela é stripper, mas não quer dizer que vai sair seduzindo a criançada ou ensinando técnicas de pole dance! Só espero que os roteiristas não caiam no clichê de fazer com que a garota de “moral duvidosa” confirme o que a maioria pensa dela.

E o que dizer de Bree e Orson e a trama chatinha dele não aceitando a posição em que ele está e querendo se matar? Ainda duvido que ele esteja fazendo isso somente pela depressão, mas porque encontrou uma forma de atingir a Bree e vingar-se por tudo o que aconteceu. A melhor coisa dessa parte do episódio foi Roy como “vigilante de suicídio”. Colocar uma vassoura entre as rodas para que ele consiga tirar uma soneca e não falhe no trabalho foi cruel, mas engraçado.

Um último comentário: os homens da série, perto das mulheres, são figurantes de luxo e muitos deles não fazem nada além de apoiar suas amadas. Mas quando eles se unem… não tem como não se divertir! A química entre os amigos é ótima!