Enquanto We All Deserve to Die foi um ótimo episódio, Epiphany foi morno, chato até. Embora ele seja um episódio necessário para o andamento da história, estava tudo tão desinteressante que eu teria parado de assistir na metade dele se não tivesse que escrever a review.
Mas começando pelo 6×19, Patrick chegou à Wisteria Lane e disposto a se aproximar de Danny. Aparentemente, a Angie e o Nick esconderam do filho os detalhes sórdidos da vida deles porque o Danny age tão tranquilamente com estranhos, nunca desconfia das intenções alheias. Ele tem uma leve noção do que acontece, e não deve achar que isso vai afetar sua vida. Eu ficaria com medo se um cliente falasse da história que ele está escrevendo com aqueles olhos de assassino.
Mike foi um covarde ao não dizer toda a verdade para a Susan sobre seu problema financeiro. Todo casal acaba passando por esse tipo de coisa e se você não pode confiar no seu parceiro em todos os momentos da sua vida, para quê casar? Os votos não dizem “na alegria e na tristeza”?
Outra coisa que não gostei foi da separação do Lee e do Bob. Eu gostava dos dois juntos, mesmo eles não aparecendo muito. Claro que não dá para julgar um relacionamento inteiro só pelo fato de eles brigarem por quererem ter um filho, mas foi meio jogado na história. A Gaby foi uma fofa tentando ajudar os dois a realizarem o sonho e só um pouco sem noção. Como assim, querer que o bebê seja dela também? Adoro essas maluquices da Gaby!
A Bree está com uma trama boa, com o Sam ainda fingindo ser bonzinho para dar um golpe, mas estou achando meio cansativa. Até porque é a mesma trama se repetindo pela terceira ou quarta vez na mesma temporada.
Na casa dos Scavo, a Irina finalmente mostrou que as suspeitas da Lynette tinham fundamento. Já estava imaginando que o marido da Irina apareceria na série, mas já que ela foi morta pelo Eddie… já não tenho tanta certeza. Então as atenções dos Scavo estarão voltadas ao bebê que está para nascer (e deve vir mais drama por aí).
E temos a ligação para o Epiphany. Quem imaginaria que o Eddie seria o estrangulador? Me senti um pouco enganada com a revelação. O Eddie estava ali, sendo um bom personagem secundário, pena que ele não bate bem.
Pelo menos a história dele foi bem amarrada. Vimos toda a trajetória que ele (e a mãe) passaram até se tornarem os monstros que são hoje e mesmo que a vida dele tenha sido contada de uma forma meio corrida, é totalmente compreensível o motivo pelo qual ele se tornou o estrangulador.
Ainda tivemos a participação especial da Mary Alice, sempre muito bem vinda e dando um ótimo “respiro” para a série.
No entanto, parece que Desperate Housewives está se perdendo um pouco. A temporada começou mais ou menos, ficou boa e, na reta final, está caindo de qualidade. Ao invés de focar apenas na trama principal e fazer dela algo fantástico, estamos vendo várias histórias paralelas muito mais interessantes.
E por favor, Marc Cherry, não faça mais episódios especiais focando em um personagem secundário para explicar como ele se ajustou à Wisteria Lane ou mostrando como ele se tornou um assassino. A estratégia só funcionou no centésimo episódio, com o fofo do Eli Scruggs, mas deu certo porque o ator era muito carismático. A Robin é bacaninha (e foi embora tão rápido quanto chegou) e o Eddie pode ser muito importante para definir o rumo da próxima temporada, mas o episódio foi sem graça.
