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Desperate Housewives 7×01 – Remember Paul?

Por: em 30 de setembro de 2010

Desperate Housewives 7×01 – Remember Paul?

Por: em

A coisa que eu mais estranhei nesta premiere foi ver o Carlos sem a barba. É incrível como pelos faciais conseguem mudar tanto o rosto de alguém. A única coisa que me fez identificar o Ricardo Antonio Chavira foi a voz dele.

Falando do episódio, eu adorei Remember Paul? A série voltou interessante, dinâmica, resolvendo algumas histórias que ficaram em aberto e mostrando as tramas que teremos nesta temporada. A começar pelas cenas com a Mrs. McCluskey correndo a rua toda contando a novidade “Adivinha quem chegou à cidade?”. Adoro a personagem, ela tem um jeito tão bom e divertido de unir das donas de casa sem ser forçado.

Marc Cherry deixou avisado que saberíamos logo qual das crianças seria a trocada no hospital e essa foi a deixa para o início da trama da Gaby. Engraçado como a minha primeira impressão foi certeira (e ela nunca costuma ser). A Juanita não é a filha de Carlos e Gaby e claro que uma descoberta dessas afeta muito uma família. Eu achava que ele ia começar a rejeitar a criança e começar uma busca desesperada em busca da filha biológica, então fiquei muito feliz ao ver que ele estava era disposto a esconder a verdade da Gaby e deixá-la continuar com a sua vida perfeita.

Por um lado, é uma atitude até bonita não contar à Gaby, já que todos nós sabemos que eles são os pais da Juanita, não importa se ela é ou não a filha biológica deles. Por outro, o Carlos não deveria ser sincero com a mulher e confiar que ela não vai surtar e fazer alguma besteira – como começar a rejeitar a menina?

A Gaby já tem motivos um pouco mais egoístas por guardar o segredo de Bree e Andrew. Ela conhece o marido e sabe que, depois de matar o filho da Bree, irá culpá-la pela morte da mãe. A Gaby não era a fã número 1 da sogra, né?

A aparição da Wilhel… opa, Renée Perry em Wisteria Lane foi ótima. Gostei muito da interação entre a Vanessa Williams e a Felicity Huffman; a Felicity até eleva o nível de atuação da Vanessa. Se você acompanhava Ugly Betty, como eu, provavelmente não conseguiu não notar as semelhanças entre a vilã Wilhelmina Slater e a Renée em sua chegada. A garota rica tentando se adaptar à vida no subúrbio rendeu boas risadas e espero que continue assim.

O timing cômico do Doug Savant estava no auge! Dei muita risada quando ele derrubou a pasta quando ouviu sobre o threesome da Lynette.

Mas que bebê mais falso foram dar para a Lynette, hein. Quando ele vomita o leite na Lynette, não tinha como acreditar que aquilo era mesmo um ser humano. Já fazem robôs mais realistas hoje em dia!

A história da Bree neste episódio serviu apenas para fechar a história do Orson, que está deixando a série e apresentar o interesse amoroso da ruiva, Keith Watson (interpretado por Brain Austin Green). Ri demais com o conceito do que seria uma cor ousada para a Bree: bege escuro.

E a Susan voltou a ter uma trama no mínimo interessante. Mas isso graças à sua vizinha maluca, Maxine (Lainie Kazan) e sua forma inusitada de ganhar dinheiro. Acho que o Mike indo para o Alasca e a Susan tendo que se virar sozinha seria uma trama melhor de assistir do que vê-la como uma faxineira sexy, mas explorar o corpo de atrizes bonitas é comum nas séries.

Ver a nova casa dela me lembrou uma fala do Dell, de Private Practice, dizendo que a vida inteira dele era bege e ele não tinha nada de interessante ou importante acontecendo. Tirando o problema financeiro, a vida da Susan anda bem bege.

O Paul vai ser o grande vilão da temporada, talvez encerrando a série de vez. O Marc Cherry disse que a sétima temporada inicialmente será a temporada final, mas tem ideias para esticar a série por pelo menos mais dois anos. No entanto, os contratos das atrizes principais terminam agora e os produtores estão negociando esses dois anos.

Por mais que eu goste da série, acho que o Paul sendo o vilão seria um bom desfecho para ela. E há outros indícios mostrando que os mistérios que faltavam ser solucionados, já estão começando a aparecer. Afinal, Paul foi o grande vilão da primeira temporada, voltando para a sua maldadezinha final, a Bree retornou com o atropelamento que causou a morte da mãe do Carlos, a Felicia Tilman deve ter a sua vingança contra o Paul, e não deve ter mais como a Lynette engravidar.

Sempre acho melhor quando a série termina no topo (como Friends) do que se arrastando por temporadas, como Heroes. E a época parece ótima para o final de Desperate Housewives; como o Caio disse em sua ótima análise sobre o cancelamento de séries, os grandes seriados atuais não devem durar mais do que alguns anos e precisamos dar chance aos novos. Uma reciclagem sempre faz bem.


Bianca

Feminista interseccional, rata de biblioteca, ativista, ama filmes, séries, cultura pop e BTS. Twitter sempre vai ser a melhor rede social.

São Paulo - SP

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Lost

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