As coisas estão se encaminhando bem em Wisteria Lane: a Lynette está conseguindo lidar com o novo bebê e a amiga em casa, a Bree está fazendo uma bela reforma e a Gaby continua escondendo do Carlos que o Andrew foi quem matou sua mãe. A Susan também não está nada mal, conseguindo um emprego (meio duvidoso, mas ela se ela está ganhando para trabalhar, é um emprego) e pagando as dívidas do Mike
Achei “You Must Meet My Wife” um bom episódio, mas não consegui gostar totalmente dele. Por exemplo, a trama da Bree. Essa briguinha besta entre ela e o Keith serviu apenas para darmos risada com a falta de habilidade dela no volante. Atropelar a Juanita tinha lá seus (bons) motivos, mas como ela não viu o grandalhão atrás do carro?
Por mais que a Bree seja uma mulher com fortes princípios morais e seja a mais recatada das donas de casa, ela já traiu o Orson com o Karl e essa história de ela estar reprimindo seus desejos agora que está separada não faz sentido. Ela nem ao menos está “de luto” (se é que isso existe) por estar divorciada.
– Vocês estão querendo matar todas as Juanitas Solis do planeta?
A Gaby mal teve uma história no episódio, mas o ótimo timing cômico da Eva Longoria salva todas as suas cenas. Ela fingir ter sexsomnia (que, por sinal, é mesmo uma síndrome) para esconder uma traição que ela não tem certeza se aconteceu foi hilário! O mesmo para quando ela foge do Carlos no hospital e é parada na retirada de um corpo.
Na família na Lynette, as coisas não estavam tão divertidas. O Tom está com depressão pós parto (que não é muito comum em homens) e claro que reclama que a mulher não o ouve. Não culpo a Lynette, que tem os mil filhos para cuidar mais a hóspede que não ajuda na casa. Ri bastante da cara do Tom contando o problema para a Lynette; nem ele acredita que tem esse tipo de depressão.
O intrigante mesmo foram as cenas finais. Então algo rolou mesmo entre a Renee e o Tom há alguns anos e a empolgação dele no episódio anterior era por reencontrar uma possível ex-amante?
Marc Cherry está querendo mesmo me fazer odiar mesmo o Paul. Se já não bastasse tudo o que ele aprontou na primeira temporada, agora ele faz uma ameaça de estupro para a maluquinha da mulher, da esposa do título do episódio. Já sabemos de tudo o que o Paul pode aprontar, mas a Beth (Emily Bergl, a Annie de Men in Trees) não parece ter os pensamentos muito em ordem. Afinal, como o Paul mesmo disse, ela quis casar com um cara que estava preso por assassinato.
Surpreendentemente para mim, a história que eu mais gostei foi a da Susan. Não por ela ter aparecido de lingerie (mostrando que a Teri Hatcher está em ótima forma), mas porque parece que ela tem uma trama nesta temporada. Essa vida dupla e a consciência pesada de estar fazendo algo contra os princípios dela pode render coisas boas para a personagem.
