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Desperate Housewives 7×05 e 7×06 – Let Me Entertain You e Excited and Scared

Por: em 4 de novembro de 2010

Desperate Housewives 7×05 e 7×06 – Let Me Entertain You e Excited and Scared

Por: em

Eu não sei se esta vai mesmo ser a última temporada de Desperate Housewives ou se o Marc Cherry conseguiu convencer as atrizes a permanecerem por mais dois anos, mas estou achando que esta sétima temporada está com muita cara de despedida. Mas uma boa despedida; trazer de novo o Paul, vilão da primeira temporada, aprontando todas na final é uma ótima homenagem à própria série e está sendo bem conduzida, devagar, para que os episódios finais concentrem-se somente nele.

Eu até prefiro que esta seja a última temporada, pois acho muito melhor quando as séries terminam no auge, com histórias a serem contadas (como aconteceu com Friends) e não sejam canceladas por baixa audiência e se arrastando por anos.

Dito isso, vamos à história. Fiquei com muita pena da vizinha Emma Graham (interpretada pela cantora e compositora Dana Glover) por ter o seu sonho arruinado pela briga da Renee e da Gaby. Nem conheço a mulher e sei que a pequena trama dela foi só para ser o pano de fundo da “catfight” das duas (para os americanos, deve ser super engraçado ter pessoas – principalmente mulheres – brigando na festa alheia), mas eu sempre compadeço dos personagens coadjuvantes.

Também gostei bastante da Gaby e da Renee se tornando amigas. “As mais bonitas de Wisteria Lane” (na visão delas. Para mim, a Bree é tão bonita quanto as duas) tinham que se juntar e ter um clubinho de segredos só delas. O que uma não esperava é que a outra pudesse ser tão barraqueira. Fico feliz por serem tão briguentas; gosto da dinâmica que a Renee trouxe à ruazinha pacata e convenhamos, aquele ex-marido dela é um canalha.

A Gaby agora precisa entender que não pode favorecer a Grace em detrimento da Juanita, não importa o quão parecida com ela a biológica seja. Não consigo nem culpar a Juanita por ter cortado o cabelo da Grace depois de recolher os doces do Halloween. A pequena mexicana é mimada, mas também é carente e parece ser um pouco complexada por achar que nunca está ao alcance das expectativas da mãe. Eu achei-a adorável fantasiada como um cachorro, mais do que a Grace vestida como uma princesa. Tão sem graça!

A Bree está muito feliz com o Keith e não é à toa. Há quanto tempo ela não sabia o que era transar três vezes em uma noite? Achei legal que ele reconheça que não é tão culto quanto a ruiva e tente compensar em outros aspectos ao invés de começar a rejeitá-la por ser “melhor” do que ele. Ainda bem que o lado violento dele não apareceu nesta hora e ficou apenas para o 7×06, destinada ao vizinho que estava enchendo o saco da Bree. Agora que ele e ela sabem o pior um do outro, só resta ela conhecer os pais dele.

A melhor frase veio dela, no chuveiro:

– Por favor, me diz que você veio para me esfaquear.

Em uma casa menos sexual (bom, pelo menos agora que eles estão ocupados criando os cinco filhos), a Lynette teve a visita da sogra para a ajudar a cuidar da Paige. E como muitas mães com filhos crescidos, a Alice faz de tudo para mimar o filho e os netos. A cena do jantar na casa dos Scavo só faz aumentar o meu amor pela Lynette e suas atitudes feministas. Não consigo concordar com a ideia de que as mulheres estão no mundo para servir os homens, sejam eles os filhos, netos, irmãos ou marido. Os moleques têm boca para pedir e pernas para fazer o desejo deles se realizarem. Acho o cúmulo quando vejo as mães colocando as meninas para lavar suas calcinhas e não fazem com que os meninos lavem suas cuecas. E achei o fim da picada o Tom e o Porter (ou o Preston? Sempre confundo os dois) baterem no copo para sinalizarem querer mais bebida. Mereciam levar a bebida na cabeça, isso sim.

Falando do episódio de Halloween, achei que o drama da Alice se desenvolveria mais lentamente, com a família aos poucos percebendo que a matriarca estava com problemas. Afinal, só tivemos alguns indícios no 7×05 e a Alice poderia ficar mais um ou dois episódios, até para poderem explorar melhor a trama.

Fico me perguntando se os roteiristas não aceleraram um pouco esta história para que a Lynette se envolva mais com a trama da Susan, agora que o Paul está chantageando-a. A Lynette é a única das donas de casa que sabe da vida paralela da professora e todo mundo sabe que não dá para confiar no Paul. Ou na Beth.

Não gostei muito de terem colocado a Beth como uma virgem de 30 anos para justificar a estranheza dela no casal. Acho isso a saída mais besta que tem para justificar os problemas no casamento. Não digo que a Beth deveria ser a mulher mais “rodada” do planeta, mas colocá-la tão esquisita e virgem é reforçar estereótipo. E tenho mais medo do que ela pode fazer do que do que o Paul irá fazer.

P.S.: Adorei a decoração de Halloween da rua! Queria morar lá!


Bianca

Feminista interseccional, rata de biblioteca, ativista, ama filmes, séries, cultura pop e BTS. Twitter sempre vai ser a melhor rede social.

São Paulo - SP

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Lost

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