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Desperate Housewives 7×14 e 7×15 – Flashback e Farewell Letter

Por: em 22 de fevereiro de 2011

Desperate Housewives 7×14 e 7×15 – Flashback e Farewell Letter

Por: em

Flashback acabou sendo um episódio bem morno, típico de meio de temporada. Sabe aqueles episódios em que os roteiristas precisam inventar histórias e “encher linguiça” para manter os 20 e poucos episódios encomendados? Foi isso o que senti assistindo ao 7×14.

No entanto, tivemos a conclusão de várias partes das tramas que estavam sendo desenvolvidas. A morte do marido da mãe da Lynette foi um deles. A história dos Scavo foi um claro filler, sem nada a acrescentar para a história, somente para manter a família com alguma função no episódio. E, para mim, foi a parte mais divertida, apesar de ser também a mais boba e sem noção. Como assim, o cara morre do nada, na hora de tirar uma foto familiar? Me diverti demais com a Lynette assustando o Tom!

A Bree finalmente contou a verdade sobre o filho do Keith e aqui temos o início de uma nova trama: como a ruiva vai lidar com a mentira que escondeu. Só espero que, se for para o Keith continuar na trama, a Ambar não apareça para tentar seduzir o ex-namorado, porque isso já cansou.

Me diverti também com o tratamento da Gabi, ou melhor, com a reação do Carlos ao descobrir que a esposa gastava o dinheiro da terapia no spa. Acho ótimo que eles foquem um pouco na vida dramática que a Gabi teve, para tirá-la um pouco do estereótipo de ex-modelo fútil.

Mas, de novo, a Susan foi a dona-de-casa com a trama mais chatinha. Ela ter um stalker que doaria um rim em troca de algo a mais? Boring!

A única coisa realmente boa de Flashback foi a história do Mike, por incrível que pareça. Foi algo curto, somente ele indo ao encontro do Zack, mas essa é a nossa ligação com o grande final da temporada. Às vezes, me pergunto: os roteiristas não estariam se perdendo um pouco nisso também? A Beth e a Felícia sumiram da trama para dar espaço ao Zack. Como esse trio doidinho vai conseguir alcançar o objetivo comum?

Em Farewell Letter, o Zack sai de cena e dá lugar à Beth. O Paul, sem querer, abriu caminho para a doida da Beth se voltar de vez contra ele. Até este momento, ela iria ajudá-lo em sua vingança. E agora, para onde ela vai? Minha aposta é a casa da Bree.

Fora da esfera dos vilões, o episódio já começa com a Lynette tendo que aguentar os filhos mais velhos agindo como se vivessem em uma república estudantil. Sempre gosto de ver a Lynette dando bronca nos filhos, porque isso faz parte da vida de uma mãe (o que os seriados parecem ignorar na maioria das vezes) – e nem sempre ser um pai é padecer no paraíso. Quando os gêmeos anunciaram ter encontrado uma casa para morar, já era de desconfiar que tinha alguma coisa ali.

Embora a Lynette tenha cometido um erro importante na criação dos filhos (e eles tenham tido a coragem de apontar o que aconteceu), eles claramente estavam só se aproveitando da situação. Já que sabiam tão bem que a mãe não deixava eles se virarem e dizem que a culpa é só dela, porque então não fizeram os ovos sozinhos, sem precisar acordá-la no meio da noite para perguntar onde está a comida?

Por outro lado, a Susan é a personagem que eu menos gosto de ver em tela. Além de ela não ter nenhuma boa trama há um tempo, tem atitudes que eu considero mais do que desagradáveis. Usar a diálise como desculpa para o filhinho mimado parar de encher o saco porque quer ir para casa ver TV? E para todo o resto na vida dela? Que baixaria! Merecida a bronca que levou no restaurante.

Confesso que passei o episódio todo torcendo para que acontecesse logo a despedida do Keith. Não gosto do casal, acho-os diferentes demais e sem química, e, se a Bree não queria casar com o namorado por achar cedo demais, não ia querer ter uma segunda família tão cedo. No caso, não acredito que seja a diferença de idade que estragou o relacionamento deles, mas a incompatibilidade de gostos mesmo. É difícil para alguém que quer ter um filho ficar com alguém que não quer mais um. São objetivos de vida distantes e grandes demais para um dos dois lados abrir mão.

E, por fim, a história que deu um ar diferente ao episódio. A Gaby voltou à sua cidade natal para tentar enterrar os fantasmas do passado. Achei muito normal ela ter virado uma celebridade no local e ter “esquecido” o que foi fazer ali. É típico da Gaby. Mas o que gostei mesmo foi da conversa entre ela e a freira, que escancarou a realidade de muitas pessoas que sofreram abusos, principalmente na infância. Que absurdo um adulto dizer que a criança estava inventando o abuso e só acreditar na versão do agressor – esse sim capaz de inventar qualquer história para não ser o vilão da história. Como a Gaby disse: eles eram os adultos e tinham a obrigação de protegê-la.

Gostei também da crítica feita à hipocrisia da Igreja, que tapa os olhos para os abusos (principalmente os cometidos pelos padres) em troca da “moral”, dos “bons costumes” e do dízimo que precisam receber todos os meses para que esta instituição continue se sustentando.

Desperate Housewives faz uma pausa rápida e volta no dia 6 de março. Até lá!


Bianca

Feminista interseccional, rata de biblioteca, ativista, ama filmes, séries, cultura pop e BTS. Twitter sempre vai ser a melhor rede social.

São Paulo - SP

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Lost

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