Cada vez mais eu me divirto com o rumo que Desperate Housewives está tomando nesta (última) temporada. Não desejo que a série seja salva e tenha mais temporadas porque acredito que os produtores estão dando um final muito digno, odeio ver um programa querido acabar se arrastando atrás da audiência e criatividade perdidas (cof cof House cof cof). Fechar algo com chave de ouro, com o perdão do clichê, é a melhor forma.
Susan, Susan, Susan! Alguém dê uma coisa para essa mulher fazer antes que ela mesma vá até a polícia se denunciar? Algum curso, um trabalho, a coleção inteira dos livros do Stephen King, qualquer coisa! Mas alguém dê um jeito de impedi-la de sair pelo mundo tentando limpar a consciência dela pela morte do Alejandro. Até o Mike já disse que não importa o que ela faça, vai ter que conviver com essa marca.
Não me entendam mal; foi ótimo ela ter dado um pouco de conforto à Marisa (Daniela Bobadilla, a Emma de Awake), que, assim como a Gaby, também sofria abusos do padrasto. Mas para o mundo, o Alejandro ainda está sumido e as donas de casa junto do Carlos cometeram um crime – se bem que acho que se tivessem entregado-o no começo, seriam julgadas somente por legítima defesa e não por ocultação de cadáver ou algo parecido e não estariam nessa enrascada. E pelo final do episódio, a Claudia (Justina Machado, de ER) vai atrás do que aconteceu com o marido.
Outra dona de casa que está tirando os dias para fazer algumas bobagens é a Bree. É ótimo que ela esteja se soltando, decidindo fazer coisas que não fazia antes, mas uma alcóolatra carente-semi-depressiva sair para beber ou em locais onde são vendidas bebidas alcóolicas não me parece algo muito saudável (ou verídico). Bad Renee! Deixo passar essa licença poética porque os momentos dela são bem divertidos, como ela saindo da piscina tentando se cobrir.
Nem consigo culpá-la por esses atos amalucados, já que ela ainda estava bem desamparada pelas amigas (que besta a Lynette e a Gaby decidirem ainda estar bravas com a Bree e ainda acusá-la de ter forjado as cartas). Falando nas nelas, me deu uma baita vergonha alheia da Gaby tentando se virar no jantar de negócios. Entendo a Lynette dizer que a amiga precisava aprender os termos chatos (e importantes) ao invés de confiar só no seu charme e na beleza, mas colocar a Penny sabendo o significado dessas coisas só para mostrar que são importantes em nossas vidas foi bem forçado. E acho que só piorou a rejeição da Gaby.
Por outro lado, a Lynette tinha algumas lições a aprender. Como o Tom disse no 8×10, ela é a esperta do grupo, portanto é normal ela sempre parecer ser a sabe-tudo, mesmo quando não sabe. Gostei da evolução dela no caso, de não saber como consertar um probleminha básico na casa a ter que admitir que o marido é que sabia arrumar. Embora fosse o mais fácil e lógico ter chamado um eletricista desde que o lustre começou a piscar, independente da presença do Tom na casa.
O Ben está se saindo muito bem para um cara bem misterioso. Desta vez, parece que o novo vizinho não é o cara que vai tocar o terror na vizinhança; não acho que ele seja uma pessoa ruim (até acho que ele pode ter sido capaz de atropelar o Chuck) e não acho que seja ele o mandante das cartas, mas algo não encaixa na história. Claro que ele não é um santo: querer usar a Renee para financiar o próprio trabalho sem pedir para ela o dinheiro, como foi a impressão, não é algo que gente honesta faz.
Como a Mary Alice disse, há alguém acompanhando os passos da Bree. Já foi anunciado que alguns personagens voltarão para algumas participações especiais, então quais são as apostas de vocês?
