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Desperate Housewives – 8×13 e 8×14 Get Out of My Life

Por: em 20 de fevereiro de 2012

Desperate Housewives – 8×13 e 8×14 Get Out of My Life

Por: em

Os produtores de Desperate Housewives já tinham avisado que teríamos vários personagens queridos (e alguns não tão queridos assim) retornando à Wisteria Lane e finalmente a hora deles chegou.

A Susan teve a maior surpresa da vida ao ver que a Julie ficaria com ela por alguns meses somente para descobrir que a filha está grávida e pretende colocar a criança para a adoção. Eu penso que se um filho não era esperado desde o começo, o primeiro pensamento é abortar, mas o plot é interessante. Apesar de ser uma das opções oferecidas pelos médicos norte-americanos quando dão a notícia de uma gravidez para uma paciente, esse assunto não é o mais comum nas séries.

Da forma como o processo é feito, com os pais (ou a mãe, no caso) escolhendo possíveis pais preparados para a criança, com acompanhamento de uma agência, parece ser uma opção muito viável e boa para o bebê. Me soa muito razoável a Julie não querer ter um filho e escolher os melhores pais (afinal, não é porque você não pretende cuidar da criança que vai entregá-la a qualquer um na rua).

Me incomodou muito a insistência da Susan em querer ter um neto quando a Julie já tinha decidido o que fazer. Tudo o que ela disse no 8×13 e no 8×14 também me soou quase hipócrita (ainda mais depois da versão da Julie para o processo que a mãe passou enquanto ela crescia) e uma grande chantagem emocional. Ela quer ter um neto antes de pensar nas necessidades e vontades da filha. Seria muito esquisito ter a mãe cuidando do neto como se fosse o próprio filho e a mãe biológica da criança ali por perto.

Mas não achei tão ruim a Susan ter se escondido no café e ido atrás da Julie para saber quem é o pai. O Porter descobriu a gravidez da Julie por um acaso, ouvindo uma conversa da Susan com a Lynette, o que é muito diferente da Susan ter ido pessoalmente encontrar o moleque para dizer que ele seria pai. Foi bonitinho ver que o Porter estava disposto a criar o bebê, ver a Lynette surtando (primeiro com a chegada dos filhos mais velhos e depois com a notícia do ano). E cria uma história interessante para a Susan.

Continuando a falar sobre os personagens envolvidos nessa trama, a Lynette continua tentando superar o Tom e o fim do casamento. Não esperava que ela fosse sair de novo com o Frank, depois do primeiro encontro fracassado. No final, só serviu para que ela se desse conta de que ainda não está preparada para um relacionamento e pela conversa das mulheres na varanda sobre sexo.

A Bree foi a personagem de destaque do 8×13. Todos na vizinhança já perceberam que há algo de errado na ruiva, na quantidade de homens diferentes que ela leva para casa todas as noites e como isso foge do comportamento padrão dela. Estava mais do que na hora das amigas discutirem um pouco o que anda acontecendo com a Bree.

Já que ela ia sempre no mesmo bar caçar homens, era de se esperar que, uma hora, ela esqueceria quais caras já pegou e que a má fama começasse a chegar antes dela. Com isso, a “sorte” foi que o Orson estava por perto para salvá-la. Porém, aconteceu o que já desconfiávamos: ele era o stalker da Bree, a tal pessoa misteriosa que observava-a enquanto ela saía do bar acompanhada e bêbada.

E, como alguns de vocês adivinharam, ele era o mandante das cartas misteriosas e não quer o bem da ex-mulher, conseguindo separar a Bree das amigas. No flashback do Orson contando como a vida dele mudou depois que aprendeu a dirigir, faltou uma coisa: foi ele quem atropelou o Chuck? Apesar de não termos motivos para duvidar disso, essa cena não foi mostrada, o que significa que podemos ter mais alguém querendo o mal das donas de casa.

Apesar de tudo estar a favor do Orson, acredito que Lynette, Susan e Gaby devem interferir no plano aparentemente perfeito do dentista e voltarem a ser amigas da ruiva.

Por fim, a Gaby teve de lidar com a paixonite da Juanita por um colega de escola, o que foi incrivelmente fofo e com o Roy sendo chutado da casa da Mrs. McCluskey. Com o Carlos ainda na rehab, a Gaby não consegue controlar as próprias filhas. Adorei a cena em que o Roy manda as meninas se arrumarem para a escola contando a história sobre quantos homens matou na Guerra da Coreia.

Embora seja uma subtrama que (a priori) em nada acrescenta à trama principal, é triste ver que o câncer voltou e a Mrs. McCluskey prefere terminar o namoro do que contar ao Roy que ela está com os dias contados e viver feliz com ele o tempo que resta. Mas é compreensível que ela não queira vê-lo sofrer de novo pela morte de um amor, ainda mais na idade em que eles estão. Só que esse tipo de coisa não fica muito tempo sem ser comentado e não vai demorar até que as más notícias cheguem aos ouvidos dele.

P.S.: Nunca entendi essa coisa de respirar em um saco para recuperar o fôlego.


Bianca

Feminista interseccional, rata de biblioteca, ativista, ama filmes, séries, cultura pop e BTS. Twitter sempre vai ser a melhor rede social.

São Paulo - SP

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Lost

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